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Yuga Labs abandona mudanças no CryptoPunks após reação da comunidade

2 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • O objetivo do Yuga Labs é educar os colecionadores de arte tradicionais sobre Web3, NFTs e propriedade digital.
  • A nova coleção apresenta 195 avatares 3D exclusivos inspirados no CryptoPunks e no trabalho de Abney.
  • O projeto sofreu reações negativas por seu estilo de arte e foco em raça e gênero, gerando controvérsias.
  • promo

O CEO da Yuga Labs, Greg Solano, anunciou que a empresa vai abandonar as mudanças no projeto CryptoPunks. Isso aconteceu após uma intensa reação da comunidade.

Na segunda-feira (20), a conta oficial do CryptoPunks revelou o Super Punk World, uma nova coleção NFT com 500 esculturas 3D hibridizadas criadas pela pintora Nina Abney, de Nova York.

Comunidade rejeita projeto da Yuga Labs

A coleção apresentava avatares escolhidos a dedo, inspirados nas características do CryptoPunks e nos trabalhos anteriores de Abney, selecionados para criar 195 atributos 3D exclusivos. Assim, esses avatares refletiam a estética de Abney e honravam o espírito irreverente do CryptoPunks.

Ao colaborar com a artista, a Yuga Labs pretendia apresentar aos colecionadores de arte tradicionais a propriedade digital por meio de carteiras, arte generativa, Web3 e NFTs.

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“Estamos tentando levar o CryptoPunks para as massas, mas também ajudá-las a entender a importância da propriedade digital”, disse Nathalie Stone, gerente geral e líder de marca da CryptoPunks.

Mas as coisas não saíram como planejado. A principal razão para isso foi o foco de Abney nas disparidades de preço nos NFTs com base em gênero e cor, desafiando as percepções públicas de valor e preconceito implícito.

Super Punk World NFT
NFTs do Super Punk World. Fonte: Cryptopunks

A comunidade cripto, apaixonada pelo CryptoPunks, reagiu contra a coleção Super Punk World. Os críticos atacaram o estilo de arte, a tentativa de reimaginar um projeto icônico e sua ênfase em raça e gênero.

Alguns membros afirmaram que a Yuga Labs havia destruído a CryptoPunks, enquanto outros ameaçaram vender seus NFTs. Um influenciador pseudônimo perguntou se a conta havia sido hackeada. Outro trader de NFTs pediu à comunidade que bloqueasse a Yuga Labs e seguisse em frente.

Emprea abandona Super Punk World

Em resposta às severas críticas, Solano anunciou que a Yuga Labs não alterará mais a coleção CryptoPunks. Assim, o projeto permanecerá descentralizado e preservado no blockchain. Ele compartilhou um plano para ações futuras em uma publicação em redes sociais.

“Nosso plano é colocar a mais recente coleção de Nina nas mãos daqueles apoiam seu trabalho nesse espaço, disponibilizando-a apenas para os detentores do SuperCoolWorld. A ideia atual é fazer um airdrops aleatório. E quanto aos punks? A Yuga não tocará mais nos punks”, afirmou Solano.

A empresa planeja apoiar museus e instituições na aquisição de NFTs CryptoPunk e educar seu público sobre a coleção. Além disso, a coleção de Abney pode ser airdrops para os detentores do SuperCoolWorld.

Volume de negociação de CryptoPunks.
Volume de trading da CryptoPunks. Fonte: Opensea

Apesar da queda nos volumes de trading de NFTs, a coleção ressurgiu em março com duas vendas recordes. No dia 4 de março, por exemplo, um CryptoPunk alienígena foi vendido por 4.500 ETH, cerca de US$ 16 milhões, marcando o segundo maior preço de venda de um CryptoPunk. Esse recorde foi superado no dia 20 de março, quando outro CryptoPunk foi vendido por 4.850 ETH, no valor de cerca de US$ 16,4 milhões.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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