A Visa pretende incluir como forma de pagamento no país o real digital, moeda que está sendo desenvolvida pelo Banco Central.
Em entrevista cedida ao site Tele Síntese, o Vice-presidente de Novos Negócios da Visa no Brasil, Eduardo Abreu, afirmou que o real digital, a moeda digital do Banco Central (CBDC), está na fila para ser adicionada à rede de liquidação direta da empresa após o USDC.
Para Abreu, as moedas emitidas pela instituição possuem a vantagem de ter a segurança de um órgão regulador e maior estabilidade, o que geraria mais benefícios e atratividade para os seus clientes.
A gigante de pagamentos já tinha anunciado recentemente o lançamento de um cartão compatível com diversas criptomoedas, que deve estrear no país ainda em 2021. Porém, até então a empresa não havia mencionado quais criptoativos entrariam no rol de moedas aceitas.
O Presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, afirmou recentemente que o projeto do real digital estaria avançado, mas ainda não se sabe quando poderia ser a data de lançamento.
Por ora, os técnicos do BC trabalhariam com um prazo que iria até 2022, mas não se sabe se a recente nomeação de Campos Neto para um mandato até 2024 interferiria nos planos.
Visa planeja replicar experiência com USDC nos EUA
A intenção da companhia é realizar com o real digital, algo que já tem acontecido nos Estados Unidos, através da USD Coin (USDC) – stablecoin lastreado no dólar que realiza transações na rede Ethereum. A Visa converte de forma instantânea o valor de uma transação feita na criptomoeda para o dólar, através de uma parceria com a plataforma Crypto.com.
Apesar de possíveis entraves regulatórios apontados por especialistas, a empresa pretende trazer uma experiência parecida no Brasil.
Segundo Abreu, a Visa atuaria como a responsável por fazer a conversão instantânea de uma moeda pela outra, uma vez que muitos bancos e instituições brasileiras não dispõem de brokers especializados em fazer essas operações para os seus clientes.
“Estamos com equipe e estrutura para atuar fortemente no mercado de criptomoedas no Brasil, respeitando a regulação como ocorre nos Estados Unidos” – afirma Eduardo Abreu.
Ainda segundo a matéria, a entrada de bancos nacionais como o Itaú e o Banco Safra no mercado de criptoativos contribuíram para reforçar o movimento e adesão destes ativos em território nacional.
Nesse sentido, a Visa já possui iniciativas com diversos bancos digitais, para viabilizar a compra, venda e custódia de criptomoedas no Brasil. Além disso, a empresa pretende reforçar programas de cashback em criptomoedas como o oferecido em parceria com a fintech Alter.
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