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No Lift, Visa apresenta plataforma programável focada no mercado agrícola

4 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • Visa apresenta plataforma financeira programável projetada para PMEs agrícolas. Setor movimenta mais de 25% do PIB brasileiro.
  • Santader, IBM, Cielo, Mercado Bitcoin, Itaú, Aave junto com Polygon e FireBlocks também apresentaram inovações envolvendo o ecossistema de web3.
  • Em cinco anos, projetos do Lift já receberam mais de R$ 400 milhões em investimentos.
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A provedora de pagamentos apresentou nesta terça-feira no Lift Day Real Digital, promovido pelo BC, uma plataforma financeira programável projetada para PMEs agrícolas. A proposta é aproveitar a tecnologia blockchain que permite maior acesso aos mercados de capitais globais.

O projeto quer facilitar a interoperabilidade entre moedas, melhorar os processos operacionais e revelar novas oportunidades de crescimento para agricultores brasileiros. O setor movimenta mais de 25% do PIB do país. A solução foi desenvolvida junto com a Microsoft, Agrotoken e Sinqia.

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A apresentação da Visa é uma das nove soluções inovadoras do LIFT Challenge Real Digital 2022 detalhadas hoje no auditório do BC. Outros oito finalistas do LIFT Lab também exibiram iniciativas para melhorar e modernizar o sistema financeiro nacional.

 “O grande destaque desta edição do LIFT Day é a apresentação conjunta de projetos no mesmo dia e local, com possibilidade de discutir o futuro do sistema financeiro tanto do ponto de vista das fintechs, Instituições Financeiras e da academia”, afirma o líder de Inovação da Fenasbac, Rodrigoh Henriques. 

Real Digital x IOT

A TecBan, empresa de soluções financeiras por trás do Banco 24 horas, e o Capitual, banco digital especializado em blockchain e criptoativos, apresentaram uma solução que envolve Real Digital e internet das coisas (IOT). É o projeto de Armários Inteligentes.

O piloto criado pelas duas empresas testa a tecnologia do Real Digital em conjunto com IoT. Isso permite que as transações financeiras sejam efetuadas apenas quando o comprador retira o produto e conclui a operação.

Ou seja, os armários inteligentes atuam como uma espécie de cofre, que só libera o pagamento quando o usuário insere o código da compra e pega a encomenda. Um dos maiores aprendizados no projeto das duas empresas foi mostrar que seria possível facilitar a chegada de mercadorias em locais de difícil acesso.

Segundo o Gerente de Plataformas Digitais na TecBan, Luiz Fernando Lopes, para demonstrar a utilização dos Armários Inteligentes no processo de intermediação financeira do Real Digital, foi criada uma estrutura de testes com dois armários exclusivos para o projeto Lift Challenge. Sendo um em São Paulo (TecBan) e outro em Brasília (Fenasbac). Ambos contam com uma rede privada de Blockchain Ethereum para criação de contratos inteligentes integrados.

“Um dos principais aprendizados que tivemos nessa jornada do Lift Challenge foi trabalhar com a modularização de contratos inteligentes, integrados aos armários. Notamos que isso aumenta a eficiência de processos logísticos e garante a entrega do valor financeiro negociado mediante à validação e finalização da entrega, que neste caso é representada pelo fechamento da porta do armário”, explica Lopes.

De acordo com o CTO e co-fundador do Capitual, Jefrey Santos, os princípios da criptografia adotados no projeto garantem a segurança das movimentações. Essa segurança soluciona o problema de confiança nos sistemas de intermediação em compras de produtos online.

“Para nós tem sido uma experiência rica e importante para desenvolvermos novas aplicações do real digital na vida das pessoas, nos processos B2B e B2C, agilizando com segurança as operações”, afirma.

Santader, IBM, Cielo, Mercado Bitcoin, Itaú, Aave junto com Polygon e FireBlocks também apresentaram inovações envolvendo o ecossistema de Web3.

Projetos do Lift já receberam mais de R$ 400 milhões

O LIFT Day 2023 apresentou os projetos da edição regular do LIFT Lab 2022. Com temas que incluem microcrédito, interoperabilidade do Real Digital com outras redes e funcionalidades direcionadas ao Pix, como NFC, QR Code Offline e Crédito.

O evento também foi focado no LIFT Lab, direcionado para casos de uso para o Real Digital. Conforme explica o chefe-adjunto do Departamento de Tecnologia da Informação (Deinf), Aristides Cavalcante.

“Nesta seção, tivemos projetos como compra e venda de ativos financeiros, não-financeiros e criptoativos, bem como de finanças decentralizadas, internet das coisas, remessas internacionais e pagamentos off-line.”

O chefe de divisão no Departamento de Tecnologia da Informação do BC, André Siqueira, destaca que os projetos do LIFT Challenge mostram como uma moeda digital de banco central pode favorecer o surgimento de novos modelos de negócio. No caso do Brasil, o Real Digital é a moeda sendo desenvolvida pelo Banco Central.

“Além disso, esses projetos propiciaram um aprendizado extremamente importante para que o Banco Central realizasse aprimoramentos nas diretrizes para o Real Digital, bem como identificasse os desafios e delimitasse o escopo para o piloto do Real Digital”, explica Siqueira.

Agenda de inovação do Banco Central promete pioneirismo

Os projetos do LIFT Lab trouxeram aprendizados valiosos em outros temas da agenda de inovação do BC. “Em relação ao Pix, por exemplo, foram exploradas soluções que permitam o pagamento off-line, trazendo uma visão alternativa a esse tipo de pagamento com o Real Digital”, conta André. Além disso, complementa, foram explorados projetos para tornar o microcrédito mais acessível à população, bem como a possibilidade de integração do Real Digital com outras redes de ativos não-financeiros.

Esse conjunto de iniciativas (LIFT) representa a prova concreta de que é possível construir, utilizando o conceito da tripla hélice de inovação, um espaço público e democrático que nos ajuda a transformar o sistema financeiro nacional pela aproximação do inovador com o regulador”, contribui Rodrigoh, da Fenasbac. 

LIFT em números

Com cinco anos de existência o Lift já recebeu 256 propostas de projetos submetidas  desde a primeira edição, sendo 91 selecionados. Setenta e seis deles chegaram ao final ao longo desses 5 anos. E 37% dos projetos finalistas do LIFT Lab receberam investimentos do setor privado durante ou logo depois da aceleração, totalizando um montante superior a R$ 400 milhões.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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