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UE aprova Kill Switch para contratos inteligentes e preocupa indústria de criptoativos

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Por Bary Rahma
Traduzido Aline Fernandes

A União Europeia deu um passo marcante ao aprovar a nova “Lei de Dados”. O texto inclui uma controversa disposição Kill Switch para contratos inteligentes.

Esta disposição, parte da legislação que regulamenta o compartilhamento de dados, gerou intenso debate na indústria de criptomoedas.

UE aprova lei de dados com kill switch para contrato inteligente

A Lei dos Dados, acordada pelos deputados europeus e pelos Estados-Membros, quer estimular a inovação através da remoção de barreiras ao acesso aos dados.  Estabelece regras para a partilha de informações geradas por meio de produtos conectados ou serviços relacionados, como a Internet das Coisas e maquinário industrial.

A regra visa facilitar o desenvolvimento de novos serviços, especialmente em inteligência artificial, ao permitir que os usuários acessem os dados que geram. O seu objetivo também é tornar mais acessíveis os serviços pós-venda e as reparações de dispositivos conectados.

Em circunstâncias excepcionais, como inundações e incêndios florestais, os organismos do setor público podem ceder e utilizar dados detidos pelo setor privado. A legislação também protege segredos comerciais e impede transferências ilegais de dados.

Os deputados do parlamento europeu garantiram uma definição clara de segredos comerciais para evitar transferências ilegais e fugas de dados para países com regulamentações de proteção de dados mais fracas. 

Além disso, a nova lei facilita a mudança entre prestadores de serviços em nuvem e introduz salvaguardas contra transferências internacionais ilegais de dados.

Indústria cripto preocupada

No entanto, a inclusão do kill switch para contratos inteligentes na versão final da Lei de Dados levantou preocupações. A indústria de criptoativos teme que isso possa tornar ilegais a maioria dos contratos inteligentes.

Apesar dos esforços de lobby de organizações ligadas a blockchains como Stellar, Polygon, NEAR e Cardano, a versão final do texto ainda se refere amplamente a “contratos inteligentes” e impõe deveres aos “fornecedores” desses programas automatizados. Isto levou a preocupações sobre responsabilidades perpétuas e ilimitadas em cenários descentralizados sem um único vendedor.

“Rescisão e interrupção seguras: garantir que exista um mecanismo para encerrar a execução contínua de transações: o contrato inteligente deve incluir funções internas que podem redefinir ou instruir o contrato para parar ou interromper a operação para evitar futuras execuções (acidentais)”, diz o artigo 30 da Lei de Dados.

O texto final esclarece que as regras se aplicam apenas quando são utilizados programas para a execução automatizada de acordos de compartilhamento de dados. Contudo, o âmbito não se refere a redes privadas ou autorizadas, tornando-o mais amplo do que o solicitado pelos lobistas.

A legislação, que obteve 481 votos a favor contra 31 no Parlamento Europeu, aguarda agora a aprovação formal do Conselho Europeu.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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