Após quase dois anos de espera, o plano de reestruturação da FTX foi finalmente aprovado pelo tribunal nesta segunda-feira (7). Os credores podem esperar receber seu dinheiro de volta, embora ainda existam algumas opiniões discordantes.
Em maio, a entidade que supervisiona a exchange cripto falida, FTX, anunciou seu plano de compensação. A entidade estimou que mais de US$ 16 bilhões em ativos serão recuperados com sucesso e devolvidos às vítimas.
Mais de US$ 16 bilhões em compensações
O Tribunal de Falências do Distrito de Delaware concordou em aprovar o plano de compensação de ativos da FTX. Segundo o plano, 98% dos credores e usuários afetados vão receber até 118% dos ativos que solicitaram.
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Os credores começarão a receber seus pagamentos dentro de 60 dias após a entrada em vigor do plano. O valor total da compensação, convertido em dinheiro, deve variar entre US$ 14,7 bilhões e US$ 16,5 bilhões. O plano já havia recebido o apoio de 94% dos credores e clientes da FTX.
“A confirmação do nosso Plano pelo Tribunal é um marco significativo em nosso caminho para distribuir dinheiro a clientes e credores”, afirma John J. Ray III, Diretor Executivo e Chefe de Reestruturação da FTX.
Essa soma é quase o dobro da do caso Mt. Gox e 4,5 vezes o montante da pressão de venda do governo alemão no último trimestre.
Uma vez que o reembolso não é em cripto, mas em dinheiro, muitos preveem que isso poderia impulsionar o mercado.
“Pagamento de US$ 16 bilhões a investidores de cripto. Muito otimista”, comentou o investidor Crypto Rover.
Entretanto, um representante dos credores, Sunil Kavuri, criticou o plano, chamando-o de distorção da verdade. Sua argumentação baseia-se no fato de que a recuperação de ativos da FTX é calculada com base nos preços de mercado atuais, enquanto a compensação para os usuários é calculada com base nos preços no momento da queda da FTX.
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Segundo Kavuri, isso significa que os usuários só receberão de 20% a 25% de seus ativos de volta. Além disso, apenas credores que reivindicam menos de US$ 50 mil podem esperar receber compensação até o final deste ano. Desse modo, reivindicações maiores provavelmente ficarão para meados do próximo ano.
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