Foi registrado em novembro um aumento de 93% no volume de negociações em exchanges descentralizadas (DEX).
Novembro se mostrou um mês promissor para as DEXs, com o montante movimentado nessas plataformas praticamente dobrando dos US$ 34 bilhões vistos em outubro para US$ 65 bilhões em novembro, segundo dados de pesquisa do The Block.
Crise da FTX impulsiona DEXs
Para Lars Hoffman, da Block Research, isso se deve especialmente ao crash do Grupo FTX – evento de maior destaque no mundo cripto nas últimas semanas. O colapso de uma das maiores exchanges centralizadas do mercado abalou a confiança dos investidores, que visando proteger seus fundos, recorreram à plataformas descentralizadas.
Esse fenômeno já havia sido detectado nos dias que antecederam o crash das companhias de Sam Bankman-Fried. Projetos de finanças descentralizadas (DeFi) tiveram um grande salto de adesão, enquanto o preço do token nativo de uma carteira fria disparou.
Sobre as DEXs, o principal destaque vai para a Curve. O volume de negociações na exchange aumentou 371% durante o último mês. Com isso, ela se tornou a terceira maior DEX de toda a indústria cripto, tendo uma participação de mercado de 9,1% de acordo com o CoinGecko. Atrás dela estão a DODO com 10,9% e a Uniswap com 37,4%, respectivamente.
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Volume nas CEXs também aumentam
Apesar da crise da FTX abalar a confiança nas exchanges centralizadas, essas plataformas também viram um aumento no seu volume de negócios durante novembro. No período, foi registro um volume de US$ 673 bilhões, montante consideravelmente maior do que os US$ 543 bilhões vistos em outubro.
Grande parte das CEXs possuem justamente as taxas cobradas em negociações como uma de suas principais fontes de receita. Portanto, esse aumento é visto como um grande sinal de alívio, visto que o volume de outubro foi o menor registrado em quase dois anos.
Apesar disso, os grandes players desta indústria não estão poupando esforços para garantir a confiança dos seus clientes. O CEO da Coinbase rapidamente veio a público para garantir que a companhia não tinha exposição ao FTT, enquanto a Binance e outras exchanges divulgaram suas reservas financeiras.
As reservas das CEXs têm sido um dos focos de Vitalik Buterin. O cofundador do Ethereum (ETH) tem trabalhado com a Binance e discutido com a comunidade sobre como a comprovação de reservas das exchanges pode se tornar mais transparente.
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