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Traders movem mais de 80.000 BTC em meio à crise de confiança das CEXs

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Outros 140.000 BTC foram vendidos em duas semanas.
  • Stablecoins e ETH também foram retirados das exchanges.
  • A crise abre espaço para o crescimento do sistema DeFi.
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A turbulência causada pelo colapso da FTX gerou pânico e desconfiança, levando traders a moverem mais de 80.000 BTC de exchanges centralizadas (CEXs), apontam os dados da CryptoQuant. 

O analista de dados da CryptoQuant, @JA_Maartun, compartilhou em seu Twitter os dados on-chain das exchanges de criptomoedas mostrando a reação dos investidores poucas horas após o fiasco da FTX.

“Mais de 80.000 BTC saíram de carteiras de exchanges nas últimas 24 horas. Os investidores estão retirando seus Bitcoins para armazená-los em outros lugares que não uma exchange”, relatou Maartun.

A crise de liquidez da FTX provocou a segunda turbulência no mercado de criptomoedas em 2022 após o desastre do ecossistema Terra (LUNA), desencadeando uma retirada em massa de Bitcoin das CEX.

CEXs sob desconfiança

Na interpretação de Maartun, as retiradas evidenciaram que “as pessoas estão perdendo a confiança nessas empresas” devido a desorganização que a comunidade cripto viu nos últimos dias. “Como você está armazenando suas moedas? Elas estão armazenadas em uma exchange, em uma hardware wallet ou outra opção? Pode ser o momento certo para reavaliar ”, acrescentou o analista.

Só na Binance os investidores retiraram 81.712 BTC (US$ 1,35 bilhão), o equivalente a 15% do total de cerca de 500.000 BTC da exchange, em menos de uma semana. Somados às demais exchanges foram movidos o total de 130.000 BTC.

Traders movem mais de 80.000 BTC em meio à crise de confiança das CEXs
Fonte: Twitter

Além disso, 125.026 unidades de Ethereum (US$ 155 milhões) e US$ 1,14 bilhão em stablecoins também foram retirados da Binance. Coinbase, Gemini e Kraken também estão vendo declínios percentuais semelhantes. A reação da comunidade cripto é impulsionada pelo receio de um aprofundamento maior na queda do mercado.

O colapso ocorrido na semana passada causou a maior liquidação de longs no mercado contratos futuros desde o crash da LUNA.

Mineradores também foram afetados

Os dados da Santiment também mostraram que as baleias de Bitcoin com 1.000 a 10.000 BTC venderam cerca de 140.000 BTC nas últimas duas semanas, no valor de aproximadamente US$ 2,25 bilhões. O analista independente de criptomoedas @ali_charts, publicou dados dos mineradores e observou que a situação da FTX forçou-os a liquidar suas participações em BTC para reduzir o estresse causado pela queda dos preços.

“Os mineradores de Bitcoin parecem estar recebendo as notícias da FTX com cautela. Os dados on-chain mostram que as reservas de mineradores de BTC caíram cerca de 3.000 BTC nos últimos dois dias, no valor de cerca de US $ 48 milhões”, comentou Ali.

Traders movem mais de 80.000 BTC em meio à crise de confiança das CEXs
Fonte: Twitter

A crise de liquidez da FTX veio à tona após vazar um relatório que a SEC, a CTFC e outros reguladores estavam investigando sobre a composição das reservas da exchange e sua empresa de negociação quantitativa Alameda Research. A maior parte das reservas era composta por FTT, o token nativo da própria FTX.

O fundador do fundo de hedge, focado em criptomoedas, Pangea Fund Management, Ryan Watkins, publicou em seu Twitter críticas ao sistema centralizado.

“O colapso da FTX reafirma a necessidade de ir além dos sistemas opacos baseados em confiança mais do que nunca.”

Na opinião de Watkins, é a hora do DeFi assumir a liderança para evitar que entidades escondam insolvências e apropriam-se indevidamente de fundos dos depositantes. Ele concluiu afirmando que enquanto isso não ocorre um “sistema CeFi com prova de reserva é infinitamente melhor que o sistema atual”.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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