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Urgente Tether congela fundos em USDT vinculados ao tráfico humano

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

A Tether, emissora da stablecoin USDT, congelou cerca de US$ 225 milhões na criptomoeda. Os fundos estavam vinculados ao tráfico humano.

A ação ocorreu em colaboração com a exchange OKX e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). O objetivo era bloquear o acesso de um sindicato relacionado ao tráfico humano à USDT.

Tether congela USDT

Em nota, a Tether explicou que os fundos estavam vinculados a carteiras de autocustódia do sindicado, localizado no sudeste da Ásia. Os criminosos também praticavam um golpe de “pig butchering”.

Conforme a empresa, a investigação ocorreu com o uso de ferramentas da companhia de análise de blockchain Chainalysis. A ação também marca o maior congelamento de USDT da história.

A Tether afirma que “as medidas proativas das duas empresas são um exemplo de como players de criptomoedas podem trabalhar junto de agências legais para deferir o uso criminoso [de criptomoedas]”.

O CEO da empresa, Paolo Ardoino, complementa:

“Nossa colaboração com o DoJ marca nossa dedicação para criar um ambiente seguro. Nós acreditamos em combinar tecnologia e relacionamentos, como nossa colaboração com a OKX, para encarar atividade ilegais de forma proativa e reforçar altos padrões de integridade na indústria”.

A investigação rastreou a localização de fundos ilícitos ao analisar o fluxo de fundos através da blockchain. Com isso, os EUA conseguiram emitir um pedido de congelamento, seguido de um congelamento voluntário pela Tether.

A empresa afirma que as carteiras congeladas estão no mercado secundário e não estão associadas a seus clientes. Além disso ela se garantiu a trabalhar com o DoJ para descongelar ativos de pessoas inocentes que possam ter sido abordadas por engano pela operação.

“Colaborar com players da indústria e agentes da lei é uma premissa chave de nossa abordagem para construir confiança e servir ao público”, disse o CIO da OKX, Jason Law.

Criptomoedas contra o crime

Esta não foi a única vez que a Tether congelou ativos nos últimos meses. No início de outubro, com a explosão do conflito entre Israel e o Hamas, a empresa congelou fundos ligados ao grupo terrorista.

Apesar disso, diversas pesquisas indicam que o verdadeiro financiamento do terrorismo não vem de criptomoedas e sim através de empresas de fachada. O motivo pera isso seria a rastreabilidade do blockchain, que dificulta a movimentação dos fundos.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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