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Financiamento de terrorismo com criptomoedas quadruplicou, diz ONU

2 mins
Por Nicholas Pongratz
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • As criptomoedas estão sendo cada vez mais usadas para financiar atividades terroristas, relata um oficial da ONU.
  • Embora o dinheiro continue sendo o principal facilitador dessas atividades, os terroristas usam criptomoedas quando não há outros meios.
  • A autoridade destacou as recomendações regulatórias emitidas por órgãos internacionais, mas disse que elas não foram cumpridas pela grande parte dos países.
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Evidências crescentes sugerem que o terrorismo está sendo cada vez mais financiado por criptomoedas, de acordo com um funcionário das Nações Unidas (ONU).

A prevalência de cripto-financiamento em atividades terroristas pode ter quadruplicado nos últimos anos, segundo Svetlana Martynova em uma conferência recente.

A oficial jurídica sênior da Diretoria Executiva do Comitê de Combate ao Terrorismo da ONU estima que 20% dos ataques terroristas foram financiados por criptomoedas. Ela relatou que esses números pareciam ter aumentado à medida que o combate ao uso ilícito desses ativos se intensificou.

As atividades criminosas associadas às criptomoedas atingiram um recorde no ano passado, de acordo com o relatório mais recente da Chainalysis. O número quase dobrou, de US$ 7,8 bilhões em 2021, com endereços associados ilicitamente recebendo US$ 14 bilhões em 2022. A empresa ainda destacou várias organizações militantes que fizeram esforços para financiar suas operações com criptomoedas.

Criptomoedas e o terrorismo

No entanto, Martynova apontou que os pagamentos em dinheiro ainda facilitam a grande maioria do terrorismo em todo o mundo. Ela também destacou o uso de um sistema informal de transferência de valor conhecido como hawala. Na prática, ele envolve o uso de corretores, segue os princípios islâmicos e é comumente utilizada no Oriente Médio.

A funcionária das Nações Unidas explicou que os terroristas muitas vezes adaptam seus métodos de captação de recursos para atender às restrições impostas por seu ambiente. Por exemplo, “se eles quiserem coletar dinheiro de um território que usa pagamentos móveis como uma forma comum de pagar por coisas, eles abusarão desse mecanismo”, disse ela.

Mas se os terroristas se encontram efetivamente excluídos do sistema financeiro formal, é mais provável que recorram as criptomoedas.

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Estados-Membros vão acelerar o combate

Um maior escrutínio das transações criptográficas seguiu-se aos esforços internacionais para combater seu uso para fins ilícitos. Martynova se referiu a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que pede aos estados membros que intensifiquem sua regulamentação cripto.

Ela também fez referência aos padrões globais recomendados pela Força-Tarefa de Ação Financeira, que se concentra no rastreamento de transações blockchain entre jurisdições. Infelizmente, Martynova lamentou que a aplicação desses regulamentos ainda seja lamentavelmente abaixo do esperado.

Apenas 27 das 98 jurisdições em uma pesquisa recente relataram que começaram a criar uma estrutura regulatória para as criptomoedas. Consequentemente, menos ainda estão em posição de aplicá-las.

Uma atividade criminosa associada às criptomoedas que vem crescendo em destaque são os ataques de ransomware. Esta semana, o governo Biden está sediando uma cúpula global, com autoridades de todo o mundo, para enfrentar o problema. Um funcionário da Casa Branca disse que o objetivo da reunião seria estabelecer uma abordagem globalmente coordenada para a questão.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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