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Telegram quer criar DEX e carteira de criptomoedas

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O fundador do Telegram anunciou a construção de uma DEX.
  • Ele também fez duras críticas ao processo de centralização da indústria cripto.
  • Durov quer devolver o poder às pessoas através da descentralização.
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O fundador do Telegram, Pavel Durov, anunciou os planos da plataforma para o futuro. Ele pretende investir em produtos descentralizados como uma DEX e carteira de autocustódia.

No anúncio feito em seu canal oficial do Telegram, Durov revelou que o foco do novo empreendimento é “corrigir” a excessiva centralização das entidades de criptomoedas

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“O próximo passo do Telegram é construir um conjunto de ferramentas descentralizadas, incluindo carteiras sem custódia e exchanges descentralizadas (DEX) para milhões de pessoas negociarem e armazenarem criptomoedas com segurança”, disse.

“Dessa forma, podemos corrigir os erros causados ​​pela centralização excessiva, que decepcionou centenas de milhares de usuários de criptomoedas”.

Acúmulo de centralização

Durov fez duras críticas ao atual ecossistema blockchain que, segundo ele, “se desviou” de seu principal fundamento, promover a descentralização. Para o fundador do Telegram, o incidente com a FTX não foi nenhuma surpresa, sendo uma consequência da “concentração do poder” em poucas mãos.

“A solução é clara: os projetos baseados em blockchain devem voltar às suas raízes – descentralização. Os usuários de criptomoeda devem mudar para transações trustless e carteiras auto-hospedadas que não dependem de terceiros”, acrescentou. 

Durov destacou a importância do trabalho dos desenvolvedores no processo descentralização, e convocou-os para criar produtos fáceis de usar para as massas.

“Nós, desenvolvedores, devemos afastar a indústria de blockchain da centralização, criando aplicativos descentralizados rápidos e fáceis de usar para as massas. Esses projetos são finalmente viáveis hoje.”

Ele também criticou as blockchains que ainda justificam a centralização, destacando a TON – blockchain inicialmente desenvolvida pelo Telegram – como modelo de blockchain capaz de cumprir a “missão principal”:

“Com tecnologias como a TON atingindo seu potencial, a indústria de blockchain deve finalmente ser capaz de cumprir sua missão principal – devolver o poder às pessoas”, concluiu.

Telegram no universo cripto

Recentemente o Telegram fez incursões no espaço cripto com diversos produtos. Hoje, os usuários da plataforma de mensagens podem comprar e vender criptomoedas sem sair do aplicativo usando a The Open Network (TON).

Em outubro, a plataforma anunciou que sua carteira estava apta a negociar Bitcoin. Outra novidade foi a Fragment, uma plataforma para leilões de nomes de usuários que movimentou US$ 50 milhões em menos de um mês, segundo Durov.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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