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Blockchain, e a descentralização da identidade na web3

14 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Por que precisamos de uma identidade digital?
  • Identidade Digital Descentralizada como um conceito da Web3.
  • O papel do blockchain nas identidades auto-soberanas e na descentralização da identidade.
  • promo

A implementação de identidade em smartphones via blockchain está entre as tecnologias emergentes que sustentam uma economia digital que se expandiu à medida que mais pessoas trabalham em casa, fazem pagamentos sem dinheiro e exploram o metaverso.

Aproveitando que este assunto, vamos explorar os vários tipos de identidade (centralizadas, digitais, descentralizadas e auto soberanas) e entender por que a blockchain é a tecnologia ideal para viabilizar isto.

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Por que é necessário uma identidade digital?

Desde a digitalização da sociedade, com o surgimento da Internet, o ser humano está migrando parte da sua vida para o meio digital, em direção a um mundo phigital (que é a junção do mundo físico com o digital). 

Hoje, é difícil encontrar alguém que não tenha uma conta em alguma das redes sociais existentes (como Instagram, Facebook, LinkedIn ou Twitter), ou ainda, que não use algum aplicativo da Apple Store, Google, email, etc.; e tudo isto funcionando na Internet.

Só que as conexões online, atualmente, possuem um pequeno problema. 

Como a Internet foi construída sem uma camada de identificação, não é possível saber se do outro lado do computador realmente está uma pessoa, uma máquina, ou um robô (como um chatbot, que pode estar respondendo as suas perguntas sem você nem mesmo perceber).

E é aqui que a identidade digital descentralizada adquire sua importância.

Nesse passo, precisamos de uma identidade digital porque ela passa a ser o centro da vida dessa sociedade phigital e também da vida econômica que cada vez mais está migrando para o dinheiro digital.

É bom destacar que a vida física e a vida digital estão caminhando para ser uma coisa só. Muitas pessoas já leem livros através de um aplicativo, usam o celular para fazer transferências monetárias, marcam encontros com os amigos aplicativo de mensagens e festa de aniversários pelo Facebook, matam a saudade de um parente através de uma vídeo chamada.  

Atualmente, o que compõe uma identidade? 

No mundo atual, uma identidade não é composta apenas por aqueles dados no nosso registro civil, como nome, data, local de nascimento e filiação.

Nossa identidade, hoje, vai muito além, porque ela englobe também nossos dados e comportamento pessoal que está na internet, que muitas empresas usam para fins comerciais.

É importante mencionar que a identidade pertence ao indivíduo. Muitas pessoas dizem que vão tirar a identidade em algum órgão governamental. Mas na verdade, não é o estado que te dá uma identidade. Desde a antiguidade, o estado apenas valida algo que por direito fundamental já pertence, ou nos estados democráticos deveria pertencer, ao ser humano.

O surgimento da Internet e das novas tecnologias, ao possibilitarem o surgimento de uma identidade digital descentralizada, não é só uma inovação tecnológica que nos permitirá identificarmos uns aos outros com privacidade e segurança neste novo mundo phigital, devolvendo a propriedade da identidade ao seu verdadeiro dono, o ser humano. 

Até agora, terceiros gerenciavam nossa identidade. Nós não tínhamos como decidirmos quais dados de nossa identidade poderiam, ou não, ser compartilhados quando fazíamos alguma transação ou quando comprávamos um produto. 

Com a identidade digital descentralizada, agora isto será possível, pois ela permite às pessoas ter domínio sobre a sua identidade e seus respectivos dados na Internet.

Para compreender melhor, vamos usar um exemplo. Inúmeras vezes, quando compramos um produto de determinada empresa, é exigido que compartilhemos nosso numero de identidade, CPF, endereço, nome da nossa mãe, número de celular, telefone residencial. E todos estes dados que compõem nossa identidade ficam no banco de dados daquela empresa que, por ser centralizada, tem mais chances de ser hackeada. 

Mas você deve estar se perguntando por que uma identidade digital “descentralizada” (IDD) é necessária. 

A identidade digital descentralizada coloca os consumidores de volta no controle de suas informações pessoais enquanto as empresas ganham confiança de que as informações dos consumidores compartilhadas com eles são precisas e pertinentes à pessoa com quem estão transacionando, diminuindo assim a fraude.

Mas vamos entender isto melhor.

A identidade digital descentralizada (IDD) é um conceito emergente da Web3

A identidade descentralizada (IDD), também chamada de identidade auto-soberana, é um conceito emergente da Web3 baseado em uma estrutura de confiança para a gestão da identidade.

 Ela compreende uma estrutura de identidade baseada em padrões abertos que utiliza identificadores digitais e credenciais verificáveis que são próprios, independentes e permitem o intercâmbio de dados confiáveis.

Sendo própria e independente, a IDD permite o intercâmbio de dados confiáveis, sem tirar a propriedade destes dados do individuo.

Como seu gerenciamento e acesso é descentralizado, a IDD permite às pessoas gerar, gerenciar e controlar suas informações pessoalmente identificáveis (PII) sem um terceiro centralizado como um registro, provedor de identidade ou autoridade de certificação.

É esse gerenciamento e acesso descentralizado também permite a preservação da privacidade das pessoas. 

Quais informações pessoalmente identificáveis compõem uma identidade descentralizada?

Lembra que no começou do artigo alertamos para que nossa identidade hoje é muito mais abrangente do que constava em nossos documentos físicos?     

Pois bem, os PIIs, dados privados e sensíveis, referem-se ao conjunto de informações sobre indivíduos específicos que os identificam direta ou indiretamente.

Normalmente, ele combina nome, idade, endereço, biometria, cidadania, emprego, contas de cartão de crédito, histórico de crédito etc. Além do PII, as informações que formam uma identidade digital descentralizada incluem dados de dispositivos eletrônicos on-line, tais como nomes de usuário e senhas, histórico de busca, histórico de compras e outros.

Com uma identidade descentralizada, os usuários podem controlar seus próprios Dados de Identificação Pessoal e fornecer apenas as informações que são necessárias para serem verificadas.

Os problemas das identidades centralizadas

Provar que existimos normalmente é necessário para que os cidadãos tenham acesso a serviços essenciais como saúde, bancos e educação.

De acordo com dados do Banco Mundial, 1 bilhão de pessoas em nosso planeta ainda não possuem uma prova oficial de identidade. 

Contudo, uma parte considerável da população está em uma posição precária, incapaz de votar, abrir uma conta bancária, possuir propriedade ou encontrar um emprego. A impossibilidade de obter documentos de identificação limita a liberdade das pessoas.

Por outro lado, os sistemas tradicionais de identificação “centralizada”, além de dependerem da eficiência dos governos em identificar todos os seus cidadãos, são inseguros, fragmentados e excludentes. 

Os bancos de dados de identidade centralizados estão em risco, pois muitas vezes se tornam alvos privilegiados para os hackers. De tempos em tempos, ouvimos falar de hackeamentos e ataques a soluções de identidade centralizadas, nas quais milhares e milhões de registros de clientes estão sendo roubados dos principais varejistas.

 Além disso, os usuários que têm formas tradicionais de identidade digital ainda não têm total propriedade e controle sobre eles e geralmente não estão cientes do valor que seus dados geram. Em um cenário centralizado, o PII é armazenado e gerenciado por outros. Assim, torna-se mais desafiador, se não impossível, que os usuários reivindiquem a propriedade de suas identidades.

Como uma identidade digital descentralizada supera os atuais problemas de identificação tradicionais?

A identidade digital descentralizada aborda todas as questões que vimos no tópico anterior, proporcionando uma forma de utilizar a identidade digital em múltiplas plataformas participantes sem sacrificar a segurança e a experiência do usuário. 

Em uma estrutura de identidade descentralizada, os usuários precisam apenas de uma conexão à Internet e de um dispositivo para acessá-la.

Também, em sistemas descentralizados de identidade, as tecnologias de ledger distribuído (DLT) e a tecnologia blockchain, em particular, validam a existência de uma identidade legítima. 

Ao fornecer uma arquitetura consistente, interoperável e à prova de adulterações, as blockchains permitem o gerenciamento e armazenamento seguro de IPI, com benefícios significativos para organizações, usuários, desenvolvedores e sistemas de gerenciamento da Internet das Coisas (IoT).

Há quem diga que não é necessário blockchain para se ter uma identidade digital descentralizada, mas a verdade é que até hoje, foi a tecnologia blockchain que se mostrou mais viável para resolver todos os problemas que apontamos nos parágrafos anteriores.

Antes de explorar mais este assunto de IDD em blockchain, é preciso compreendermos alguns conceitos antes.

A identidade digital sob a ótica de empresas, indivíduos e dispositivos de IoT

Antes de refletirmos sobre os projetos blockchain de identidade digital e seu desempenho, é preciso aprender sobre o estado existente da identidade digital. 

Por isso, aqui está uma visão geral de como a identidade digital funciona para organizações, pessoas e dispositivos de IoT (Internet das Coisas).

As empresas têm que lidar com desafios na gestão da identidade digital, eis que obtêm informações sensíveis sobre seus usuários. 

Estas empresas normalmente armazenam os dados dos usuários junto com os dados comerciais de rotina. Ao mesmo tempo, as organizações precisam obedecer aos regulamentos relacionados à proteção de dados e privacidade. 

Todavia, as empresas mal conseguem utilizar os dados armazenados em bancos de dados altamente protegidos. E como resultado, as empresas não conseguiriam aproveitar ao máximo todo o potencial de suas capacidades de gerenciamento de identidade digital.

Este é o motivo pelo qual o conceito de identidade digital usando a blockchain só ganhou impulso depois de considerar a forma como as pessoas usam a identidade digital hoje em dia. 

A identidade é um dos elementos críticos e obrigatórios para garantir as funcionalidades de uma sociedade e de sua economia. Com um método adequado de autoidentificação e propriedade de ativos (como as criptomoedas), a identidade digital pode fomentar o crescimento de empresas e pessoas nas sociedades, bem como nos mercados globais. 

Além disso, como já mencionamos, as formas físicas de identificação não estão disponíveis para todos. Bilhões de pessoas em todo o mundo não têm nenhuma forma de reivindicar a propriedade sobre sua identidade. O que é, sem dúvida, um enorme problema numa época em que a tecnologia blockchain surgiu para possibilitar a Internet de Valor e a Era da Web3 que tem o ser humano como foco principal. 

Por fim, a identidade digital não é um conceito problemático apenas para empresas e indivíduos, mas também para dispositivos de IoT

O mundo terá mais de 10 bilhões de dispositivos conectados à Internet em 2020, e o número poderá crescer para 22 bilhões até 2025.

Porque uma identidade digital em blockchain é relevante para dispositivos de IoT? 

A maioria das tecnologias de Internet sem fio (wireless) não emprega recursos adequados de gerenciamento de identidade e acesso. Ao mesmo tempo, a segurança exige um passo a mais (como um “trade off) para implementar capacidades básicas de gerenciamento em dispositivos de IoT.

Agora que você já sabe o que é, o estado atual da identidade digital e as preocupações de empresas, indivíduos e dispositivos de IOT, vamos avançar mais e compreender os problemas existentes. 

Os desafios atuais da identidade digital?

Os desafios de identidade digital (que podem ser resolvidos pelos sistemas de gerenciamento de identidade em blockchain) compreendem a inacessibilidade e a segurança dos dados, e a fraude de identidade. 

Os problemas na segurança dos dados

Um dos problemas mais comuns nas informações de identidade armazenadas em bancos de dados governamentais centralizados são os contratempos na segurança.

Os bancos de dados são executados em softwares legados e apresentam múltiplos pontos únicos de falha. Portanto, os sistemas centralizados com informações pessoalmente identificáveis ou PII de múltiplas contas de usuários são comumente alvo de vazamento de dados e um pote de mel para os hackers. Quase todos os dias hackeamento de empresas e vazamento de dados de clientes viram manchetes nos jornais e na grande mídia.

De acordo com uma pesquisa recente, as informações pessoalmente identificáveis (PII) representavam uma grande parte dos dados vazados no caso de violações cibernéticas. 

De fato, o comprometimento de registros de dados dos consumidores resultaram em um custo aproximado de mais de $654 bilhões para as empresas só no ano de 2018.

A falta de acesso à identidade digital

A necessidade de soluções blockchain de identidade digital também se justifica na forma como a identidade digital atual ainda está inacessível para muitas pessoas. 

Geralmente, os sistemas tradicionais de identificação vêm com o peso de complicados processos burocráticos, acesso limitado e falta de conhecimento sobre identidade pessoal e despesas. Por esse motivo, um grande número de pessoas ainda não podem de ter uma identidade própria.

Nesse passo, a identidade baseada em blockchain pode ganhar impulso, pois a maioria das pessoas sem acesso à identidade digital tem acesso telefones celulares. Como resultado, ela pode ajudar a promover soluções de identidade baseadas em blockchain através de telefones celulares, resolvendo a falta de acesso à identidade digital dos cidadãos.

A fraude de identidades digitais

O cenário da identidade digital precisa de mais empresas de identidade digital em blockchain para revolucionar a forma como os usuários preservam sua identidade digital online. 

Atualmente, os usuários precisam fazer verdadeiros malabarismos para identificarem-se em sites e aplicativos, precisando memorizar ou anotar uma infinidade de nomes de usuário e senhas. Nesses casos, os usuários não têm uma abordagem padronizada para utilizar dados gerados em uma plataforma em aplicações em outra plataforma diferente. 

Além disso, a associação limitada de identidades digitais e físicas também facilita a criação de identidades falsas, o que gera muitas dores de cabeça para seus proprietários.  

O papel da blockchain nas identidades auto-soberanas

Identidade auto-soberana é um conceito que se refere ao uso de ledger (livros contábeis) distribuídos para gerenciar o PII.

A noção de identidade auto-soberana (SSI) é fundamental para a idéia de identidade descentralizada. 

Em vez de ter um conjunto de identidades através de múltiplas plataformas ou uma única identidade gerenciada por terceiros, os usuários de uma SSI possuem carteiras digitais nas quais várias credenciais são armazenadas e acessíveis através de aplicações confiáveis.

As identidades auto-soberanas possuem três componentes principais (conhecidos como os três pilares das SSIs): 

  • Blockchain
  • credenciais verificáveis (VCs) 
  • e identificadores descentralizados (DIDs).

Blockchain é um ledger digital descentralizado, um registro de transações duplicado e distribuído entre computadores conectados em rede que registra informações de uma forma que dificulta ou impossibilita a mudança, o hackeamento ou a fraude.

Já as credenciais criptografadas (VCs) são à prova de adulteração e de verificação que implementam a identidade auto-soberana (SSI) e protegem os dados dos usuários. Eles podem representar informações encontradas em credenciais em papel, como um passaporte ou licença e credenciais digitais sem equivalente físico, como, por exemplo, a propriedade de uma conta bancária.

E por último, mas não menos importante, as SSIs exigem os DIDs , um novo tipo de identificador descentralizado que permite aos usuários ter uma identidade digital descentralizada e verificável criptograficamente. Um DID pode identificar a qualquer coisa como uma pessoa, uma empresa, um conjunto de dados, uma entidade abstrata, etc., conforme determinado pelo controlador do DID. Eles são criados pelo usuário, de propriedade do usuário e independentes de qualquer organização. 

Projetados para serem desacoplados de registros centralizados, provedores de identidade e autoridades certificadoras, os DIDs permitem que os usuários comprovem o controle sobre sua identidade digital sem requerer permissão de terceiros.

Como funciona uma identidade digital descentralizada em blockchain?

Vamos usar o exemplo  de identidades digitais descentralizadas no Ethereum para encontrar essa resposta.

A tecnologia blockchain pode resolver as preocupações com a gestão da identidade com melhorias promissoras. 

A identidade digital que se utiliza do blockchain Ethereum se concentra em componentes importantes, como gerenciamento de identidade, identificadores descentralizados e criptografia integrada.

Os usuários têm que se inscrever em uma plataforma de identidade e dados de auto assinatura para criar e registrar um identificador descentralizado ou DID. 

O processo envolve a criação de um par de chaves públicas-privadas e os usuários podem armazenar as chaves públicas no cadeia (rede) ou mudar seu armazenamento para evitar riscos de segurança. 

O identificador descentralizado ou DID é um conceito importante para explicar o uso de soluções blockchain de identidade digital. 

Na verdade, estamos falando aqui de um identificador para determinado objeto, pessoa ou empresa específica, e uma chave privada que protege esse DID. 

Dessa forma, os indivíduos que possuem a chave privada podem provar a propriedade ou controle sobre uma identidade específica. 

Uma pessoa pode ter múltiplos identificadores descentralizados (DIDs), o que pode restringir o rastreamento de seu comportamento digital no seu dia a dia. Por exemplo, você pode ter um DID para o aplicativo de informação de crédito, e um DID para sua conta de games. 

Os identificadores descentralizados também possuem uma coleção de atestados ou credenciais verificáveis que identificam os traços específicos do seu DID. 

Geralmente, os emissores das credenciais verificáveis assinam as credenciais de forma criptográfica. E os proprietários de DIDs poderiam armazenar as credenciais por conta própria sem depender de um único prestador de serviços. 

Por outro lado, a criptografia ajuda a proteger as identidades descentralizadas, o que é particularmente fácil com a segurança oferecida por pares de chaves público-privadas. Para facilitar a compreensão, imagine que pares de chaves publico-privadas são, a grosso modo, um “par de senhas”.

A chave pública ajuda na verificação da identidade, enquanto a chave privada ajuda na decodificação da mensagem associada com a sua identidade. 

Você pode entender “o que é identidade digital em blockchain” compreendendo como as identidades descentralizadas são implementadas em casos de uso real. 

Imagine que você, para se identificar perante determinado site ou aplicativo, fornece um QR code como prova de sua identidade, a fim de acessar determinados serviços específicos. Dessa forma, essa site ou aplicativo (identificador) verificaria a prova de propriedade da sua credencial e verificaria se ela está relacionada com o seu DID (identificador descentralizado).  

Agora que você já sabe quais os problemas existentes nas identidades digitais, os principais componentes de uma identidade digital auto-soberana e como funciona uma identidade digital descentralizada em blockchain, vejamos por que como projetos de identidade descentralizada que usam a tecnologia blockchain são eficientes e resolvem a maioria dos problemas existentes.

Porque Blockchain é essencial à identidade na Web3?

Muitas inovações tecnológicas e projetos, incluindo automação de processos robóticos e machine learning, surgiram para resolver os problemas das identidades digitais. Mas estas novas soluções se tornam caras e menos eficientes quando implementadas em sistemas centralizados de gerenciamento de identidade digital. 

Em vez de atribuir o controle de dados de identidade a partes centralizadas, os projetos de identidade digital em blockchain podem fornecer agora uma resposta ideal para problemas de gerenciamento de identidade digital. 

A descentralização da identidade através da tecnologia blockchain, com identificadores descentralizados traz as seguintes vantagens para soluções de gerenciamento de identidade digital. 

Segurança

A segurança é um dos principais destaques para o crescimento das empresas de identidade digital blockchain. 

A Blockchain apresenta os elementos de manutenção de dados de forma imutável e criptografada. Ele também oferece o benefício da segurança através da criptografia na manutenção dos dados de identidade digital. 

Neste contexto, a Blockchain pode ajudar a garantir que a identidade digital seja segura. Além disso, os sistemas de identidade digital baseados em blockchain removem os problemas de vulnerabilidade devido à proteção por senha. 

Privacidade 

Outro valor importante trazido pela identidade digital baseada em blockchain refere-se à privacidade, uma vez que os reguladores estão alimentando debates sobre a salvaguarda das informações pessoais e sensíveis dos cidadãos. 

A eficiência da criptografia em blockchain, juntamente com a facilidade de assinaturas digitais, garante a eficácia da “Privacidade by Design”. Além disso, as assinaturas digitais associadas a todas as transações na Internet podem ajudar a torná-las imunes a adulterações. 

Integridade

O sistema de identidade digital baseado em blockchain proporcionaria flexibilidade para manter os registros de cada identidade em todos os nós da rede. Independentemente da distribuição dos dados em redes peer-to-peer, a verificação contínua da identidade e as atualizações a tornam digna de confiança. 

Além disso, como a rede em blockchain não possui um ponto único de falha, quando realmente descentralizada, os hackers encontram maior dificuldade para comprometer a integridade dos dados de identidade digital. 

Confiança

As vantagens dos sistemas de identidade digital baseados em blockchain também trazem melhorias sensíveis na confiança. Os sistemas baseados em blockchain mantêm os metadados de comunicação em um ledger distribuído, e mecanismos de consenso ajudam a verificar a autenticidade dos dados em múltiplos nós. A descentralização também oferece outro destaque promissor para as identidades digitais, especialmente com o uso de identificadores nacionais através de múltiplas agências. 

Simplicidade

O principal benefício das soluções blockchain de identidade digital também traz simplicidade ao processo de identificação. 

As estruturas blockchain tem a capacidade de simplificar os processos associados a cada parte interessada. As estruturas de gerenciamento de identidade baseadas em blockchain podem definir papéis claros para os emissores de identidade, proprietários de identidade e verificadores de identidade. 

Takeaway

Estamos caminhando para uma sociedade phigital, onde as fronteiras não só nacionais, mas também entre os mundos físico e digital tendem a desaparecer, com negócios e interações assumindo uma dimensão realmente global. 

Paralelamente a isto, vemos o movimento da Web3 tomando forma.

Neste contexto, a identidade digital descentralizada vem ganhando espaço e força, passando de uma simples idéia para tornar-se um dos principais focos no desenvolvimento da infraestrutura necessária para a Web3.

E você? Sabia das diferenças entre as identidade tradicionais e as identidades digitais? Compreendeu por que precisamos de uma identidade digital descentralizada nos dias atuais? 

Tinha ideia do que é uma identidade auto-soberana e como funciona uma identidade digital em blockchain? Concorda que blockchain resolve grande parte dos problemas existentes com as identidades digitais?

Conhecimento é poder. Nos vemos em breve!!

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Tatiana Revoredo
Tatiana Revoredo é membro fundadora da Oxford Blockchain Foundation. LinkedIn Top Voice em Inovação e Tecnologia. Estrategista Blockchain pela Saïd Business School, University of Oxford. Especialista em Blockchain Business Applications pelo MIT. Especialista em Artificial Intelligence & Business Strategy pelo MIT Sloan & MIT CSAIL. Especialista em Cyber-Risk Mitigation pela Harvard University. Convidada pelo Parlamento Europeu para a “The Intercontinental Blockchain Conference”....
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