Subida do Ibovespa já próxima de superar previsão de bancos para fim de 2020

Embora ainda não tenha recuperado as perdas do crash de março, o índice já retorna a níveis do dia 9 daquele mês. Às 11:49, o Ibovespa marcava 93.525 pontos, alta de 2,47% em relação ao fechamento do dia anterior.

Nem o dado de retração de 18,8% da produção industrial brasileira segura a escalada do IBOV. Embora tenha sido o pior da história, foi menor do que o esperado pelo mercado. Segundo pesquisas, havia expectativa de recuo de 32,2%.

A subida já faz a bolsa nacional bater o preço-alvo de diversos bancos e corretoras. Em março, o Itaú previa 94 mil pontos para o fim de 2020. Além disso, em relatório recente, a XP Investimentos manteve o preço-alvo em 94.000 para o fim do ano.

Já o Santander era mais conservador, com projeção de 91 mil pontos para o fim do ano. No entanto, o banco chegou a mencionar que, “em um ambiente mais positivo, poderíamos ver o índice aos 105 mil pontos no final do ano”.

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Menor aversão a risco ajuda Ibovespa

Analistas apontam maior aceitação de risco por parte de investidores. No mundo inteiro, operadores se desfazem do dólar e voltam a apostar em mercados emergentes, como, por exemplo, o Brasil.

Com isso, moedas mais fracas também voltam a se valorizar frente à americana. O Real já cai a R$ 5,04 no final da manhã, e se destaca no índice DXY. A moeda brasileira ganha, neste momento, mais do que pares emergentes. O real sobe mais que Peso Chileno, Peso Colombiano, Rand, Peso Mexicano e o Rublo.

Ainda não se sabe, porém, se o movimento do IBOV será suficiente para compensar a debandada recente do investidor estrangeiro. Somente no mês de maio, a B3 registrou saque de 7,4 bilhões da bolsa brasileira.