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6 startups Web3 para ficar de olho em 2025

7 Min.
Atualizado por Luís De Magalhães

Resumo

  • Startups Web3 estão resolvendo dores reais com modelos sustentáveis.
  • Games Web3 ganham escala com capital eficiente.
  • Expansão na América Latina exige adaptação cultural.
  • promo

Com mais de 3 mil startups ativas e uma taxa de crescimento anual acima de 28%, segundo o estudo Web3 Industry Report 2025, da StartUs Insights, o ecossistema Web3 vive um novo ciclo de expansão em 2025.

De acordo com relatórios da KPMG e Alter Domus, apenas a rodada de US$ 40 bilhões da OpenAI representou cerca de um terço de todo o capital de venture capital movimentado no primeiro trimestre do ano, evidenciando a dominância da IA nas prioridades dos investidores. Ainda assim, entre rodadas milionárias, casos de uso reais e aquisições estratégicas, surgem projetos promissores que devem liderar a próxima fase da internet descentralizada.

Nesta matéria, o BeInCrypto seleciona startups Web3 para ficar de olho nos próximos meses, de oráculos e infraestrutura a gaming, tokenização e impacto socioambiental.

Everminer e sua “mineração de Bitcoin infinita”

Entre as startups mais promissoras da web3, está a Everminer, que é a primeira empresa a oferecer um fluxo perpétuo de Bitcoin por meio da mineração. Além disso, é o primeiro contrato de mineração de Bitcoin pré-pago para a vida toda. Você paga uma única vez e recebe Bitcoin para sempre. E ainda pode vender sua capacidade de mineração — os ‘Everhashes’ — a qualquer momento, no nosso marketplace interno.

“É parecido com cloud mining, mas com uma diferença fundamental: não há limite de tempo. Cada Everhash equivale a 1 TH/s para sempre. Você compra quantos quiser, e eles continuam minerando indefinidamente. Além disso, ao contrário da maioria dos contratos de mineração em nuvem, os Everhashes são ativos negociáveis, com liquidez no nosso próprio mercado”, afirma o fundador Max Matriniski.

Plataforma tem acesso simplificado para “não especialistas”

Além disso, Matriniski afirma que o foco é tornar a mineração acessível para qualquer pessoa, sem conhecimento técnico.

“Nosso modelo de negócio é sólido. Quando vendemos um Everhash, usamos os recursos para comprar mais equipamentos e aumentar nossa reserva de mineração. Essa reserva — que chamamos de ‘Bitcoin buffer’, ou agora ‘reserva de Bitcoin’ — cresce mais rápido do que nossas obrigações. Isso garante sustentabilidade a longo prazo. Essa reserva é pública. Qualquer pessoa pode verificar na blockchain quanto Bitcoin acumulamos. Hoje temos mais de 1,5 BTC em nossa reserva, e isso é só o começo. Também tornamos público o nosso hash rate via FT Pool, nossa mining pool parceira — uma camada extra de transparência”, completa o fundador.

Marsbase: a “Nasdaq” dos ativos Web3

A Marsbase é uma plataforma de liquidez e rendimento que atua como agregadora de mercados secundários Web3. Ela permite que investidores e projetos negociem ativos ilíquidos como SAFTs, SAFE, tokens bloqueados e ativos do mundo real (RWAs) de forma descentralizada e segura. Com mais de $1,8 bilhão em ativos listados e $60 milhões em volume de negócios, a Marsbase está se consolidando como uma infraestrutura essencial para o ecossistema Web3.

“Ajudamos empresas que já são grandes, mas que ainda não têm tamanho ou estrutura para fazer um IPO tradicional. Se elas ainda não têm token, oferecemos uma forma de levantar capital por meio de IPOs tokenizados na blockchain. Nosso foco está em tokenizar, levantar recursos, permitir negociação e também empréstimos contra esses ativos — ações tokenizadas e ilíquidas. Hoje, atendemos tanto empresas Web2 quanto Web3 com ações próprias, mas também conseguimos tokenizar outros ativos, como metros quadrados, por exemplo”, explica Denis.

Ele ainda acrescenta que a Marsbase tem o objetivo de criar uma ponte entre o mercado tradicional (TradFi) e o Web3.

Nossos clientes atuais são diversos. Muitos são fundos que querem fazer saída parcial antes do fim do período de vesting. Outros são fundadores que buscam liquidez estratégica ou investidores institucionais. Cerca de 70% das nossas tokenizações envolvem negociações OTC. Os 30% restantes vêm de setores como incorporação imobiliária e infraestrutura — com clientes nos Emirados Árabes, Ásia e pedidos em áreas como cinema (incluindo estúdios ligados à Marvel e Bollywood) e games (como um estúdio no Oriente Médio apoiado pela Epic Games e Steam), revela.


AirBTC e sua hospedagem descentralizada com pagamento em Bitcoin

O AirBTC é uma plataforma de hospedagem peer-to-peer que permite aos usuários reservar acomodações pagando exclusivamente com Bitcoin. Com cerca de 500 propriedades listadas globalmente, sendo 15% delas em El Salvador, o AirBTC está promovendo a adoção do Bitcoin no setor de turismo.

“Estamos resolvendo problemas reais que muitas pessoas enfrentam ao viajar internacionalmente, eliminando custos como taxas de câmbio e altas tarifas bancárias. O processo é instantâneo e muito simples”, explica Seifert.

De acordo com o fundador, futuro a empresa pretende ampliar sua atuação, aceitando cartões de crédito e stablecoins, além do Bitcoin.

Nosso público-alvo vai além dos nômades digitais, embora esse seja o grupo mais evidente. Queremos também atender famílias que viajam com filhos e desejam usar Bitcoin em vez de moeda fiduciária. Acreditamos que conseguimos resolver diferentes dores para pessoas de diferentes perfis. Por exemplo, alguém na Rússia tem dificuldade para usar o Airbnb ou fazer transferências internacionais. Com o AirBTC, essa pessoa pode simplesmente usar sua carteira de USDT para reservar uma hospedagem com facilidade.

Nosso próximo passo é crescer especialmente no Brasil e na Colômbia, que consideramos mercados pouco explorados. Também vamos continuar focando em El Salvador, Costa Rica e México, além da República Dominicana, que atrai muitos nômades digitais do mundo todo, completa.


Startup de pagamentos cripto, Pin To Pay planeja expansão na América Latina

A Pin to Pay é a marca B2C do projeto UANT, uma empresa que oferece soluções financeiras para o mercado cripto e tradicional. Com duas frentes — uma voltada ao consumidor final e outra corporativa —, a startup entrega desde carteiras digitais dentro do Telegram até APIs white label para empresas que querem incorporar pagamentos sem depender de intermediários tradicionais como Visa ou Mastercard.

“Temos uma das soluções de pagamentos mais completas do mercado, seja para consumidores finais ou para empresas que buscam por tecnologias que atendam a demanda de seus clientes”, afirma Guntis Siugals, co-fundador da empresa.

De acordo com Siugals, a empresa mira sua expansão na América Latina. “Países como Brasil e México possuem mercados importantíssimos para o nosso crescimento. São economias dinâmicas, com grande adesão ao digital e um ecossistema financeiro em transformação. O PIX por exemplo é um benchmark global e algo que pretendemos incluir em nossos serviços, não tem como ficar de fora. Então, nosso objetivo é entrar com presença local, respeitando a cultura e as necessidades de cada país”, completa.

OWB quer deixar produção de games mais fácil, rápida e barata

Facilitar a vida de estúdios de games: esse é o objetivo central da One Way Block Studio. A empresa quer reduzir drasticamente o tempo e os custos envolvidos no desenvolvimento e na operação de jogos, oferecendo automação inteligente que substitui processos manuais e caros. Com uma equipe 100% remota, ferramentas de IA e um jogo próprio usado como laboratório, a startup quer se tornar referência em live ops para desenvolvedores independentes e grandes estúdios.

“Quando você lança um jogo e precisa operá-lo, geralmente precisa de uma equipe grande para manter tudo funcionando — fazer testes A/B, ajustar parâmetros, criar eventos para diferentes regiões. Isso custa caro e consome muito tempo. Com nossas ferramentas, você pode substituir essa equipe inteira por um sistema automatizado que custa muito menos e pode ter até mais impacto nos seus resultados,” afirma Slav Pankratov CTO e co-fundador da empresa.

Hoje, o carro-chefe da operação é o Clash of Coins, jogo de estratégia baseado em navegador com mais de 500 mil jogadores registrados e cerca de 30 mil usuários ativos por dia. Ele serve como plataforma de testes para produtos internos — como o AI Game Master, uma IA que age como designer de jogos 24/7, monitorando o comportamento dos jogadores em tempo real e criando eventos automáticos para manter o engajamento.

“Nosso primeiro produto B2B é o AI Game Master (AI GM) — uma espécie de game designer 24/7 baseado em inteligência artificial. Ele analisa eventos e métricas no jogo e, quando detecta que a jogabilidade está ficando monótona, aciona eventos automaticamente — como uma chuva de bombas ou um vírus, por exemplo”, completa Pankratov.

A empresa, que já levantou uma rodada pré-seed de US$ 750 mil, agora busca escalar a operação e expandir seu portfólio de ferramentas.

“Nosso próximo passo é captar uma rodada seed, seguir investindo no produto e lançar novas funcionalidades na plataforma. Estamos muito felizes de participar do bootcamp da Starknet aqui em El Salvador. O ambiente está repleto de builders e a adoção do Bitcoin aqui é inspiradora. Internamente, estamos discutindo caminhos para transformar essa estrutura toda em uma empresa unicórnio no futuro. Esse é o plano”, aponta o fundado.

Nebula3 GameFi quer transformar os maiores jogos indie em experiências Web3

A Nebula3 GameFi é uma plataforma multi-chain e multi-dispositivo que transforma jogos independentes de sucesso — já lançados na App Store, Play Store e Steam — em experiências Web3 com ativos digitais, economia de tokens e integração com carteiras. Com mais de 630 mil usuários e 191 mil carteiras conectadas, a startup já figura entre os 1,7% mais ativos globalmente no setor GameFi, de acordo com métricas de Unique Active Wallets.

“Esse resultado foi alcançado com apenas um jogo. Já temos mais 9 títulos em fase de adaptação para Web3, todos com histórico comprovado de performance no mundo Web2”, afirma o fundador da empresa, Jun Seo.

O modelo da Nebula3 é capital-eficiente: com apenas US$ 50 mil por título, a equipe reconstrói jogos web2 já validados, agora com camada Web3, aproveitando parcerias com estúdios de desenvolvimento em regime de co-development. O objetivo é escalar rapidamente uma biblioteca de jogos com mecânicas modernas de monetização e engajamento.

A equipe da Nebula3 já acumula US$ 13 milhões em receita gerada e 40 milhões de downloads no setor de jogos tradicionais. No universo cripto, os fundadores já passaram por empresas como BingX, CoinStore e SBI NFT. Entre os parceiros estratégicos estão KAIA, Immutable X, Internet Computer Protocol e Starknet. A empresa está em rodada pré-seed, com valuation FDV de US$ 20 milhões, token a US$ 0,02, oferecendo 10% por US$ 2 milhões, sem período de carência.

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Luís De Magalhães
Jornalista com mais de 15 anos de experiência, Luís de Magalhães esteve à frente de coberturas de alto impacto nas áreas de finanças e política na principais TVs do Brasil, como Globo e Band. Além disso, construiu sólida trajetória em gestão de reputação corporativa e construção de marca para empresas da nova economia no Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia.
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