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SSD usado para mineração perderá garantia, ameaça fabricante

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Mineração de criptomoedas levará a perda de garantia de SSD, dia fabricante.
  • Para Galax, mineração é "operação anormal" e pode resultar em estresse não previsto para equipamento.
  • Causa é a a criptomoeda Chia, que já provoca corrida por SSDs.
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Consumidores que usarem SSD da marca Galax para minerar criptomoedas poderão perder a garantia de fábrica. O alerta veio da própria fabricante em meio a uma corrida por dispositivos de armazenamento para minerar um novo criptoativo.

A fabricante de eletrônicos Galax adicionou um aviso na loja oficial chinesa que a garantia de SSDs da marca não irá cobrir defeitos se o equipamento for utilizado para mineração de criptomoedas. O aviso considera a mineração ou farming de criptoativos como uma “operação anormal”.

“Se os usuários usarem nossos produtos SSD para mineração/farming e outras operações anormais, o volume de gravação de dados será muito maior do que o padrão de uso diário e o SSD ficará lento ou será danificado devido ao volume excessivo de gravação de dados”, diz o comunicado.

Segundo a empresa, a assistência técnica poderá testar e constatar o uso do SSD para mineração e, dependendo dos resultados, poderá agir “de acordo com os regulamentos” e recusar a prestação de serviços de garantia.

Mineração de Chia

O alerta não menciona uma criptomoeda específica, mas é direcionado para mineradores da Chia, um criptoativo lançado em março que utiliza um novo método de consenso que envolve o espaço em disco na máquina. Na prática, recebe mais criptomoedas o minerador que tiver mais memória livre.

O procedimento de mineração da Chia, no entanto, também consiste na gravação e leitura de muitos dados no dispositivo como método de conferência do espaço livre.

Daí a preferência por SSDs, tipo de armazenamento que oferece maior desempenho do que o HD – quanto mais rápido o processo, maiores as chances de o minerador conseguir inserir seu bloco e obter a recompensa.

Segundo a Galax, portanto, o uso de seus SSDs para esse procedimento estressa o equipamento de forma não prevista pela fabricante.

O posicionamento vem após o aumento da popularidade da Chia na Ásia. Por enquanto, Chia Coin não é negociada no mercado, portanto a mineração é a única maneira de obtê-la.

Por isso, entusiastas do projeto já vêm provocando uma corrida por HDs e SSDs no mercado, repetindo o fenômeno de escassez visto até então apenas com placas de vídeo. Mesmo com menos de um mês de vida, a rede da Chia já conta com mais de 950 petabytes distribuídos em parcelas de 101,4 GiB.

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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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