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Retrospectiva 2023: o ano da Polygon (MATIC)

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

Após um primeiro semestre conturbado, a Polygon (MATIC) conseguiu dar a volta por cima nos últimos meses. Confira a seguir os maiores acontecimentos em torno do projeto em 2023.

Com um valor de mercado de cerca de US$ 9,3 bilhões, a MATIC ocupa atualmente a 14º posição no ranking de capitalização cripto do CoinGecko.

Apesar de ter caído algumas posições em relação a 2022, a rede de escalabilidade do Ethereum (ETH) continuou sendo um dos principais destaques do mercado, o que a deixou na mira de alguns reguladores. Vamos relembrar os principais desenvolvimentos em torno da Polygon este ano.

Hard fork e suas polêmicas

Logo em janeiro, a Polygon passou pelo hard fork Delhi, que visava, entre outras coisas, reduzir os riscos de a rede enfrentar grandes picos nas suas taxas de transação. No entanto, a atualização gerou controvérsia entre a comunidade, visto que apenas 15 validadores participaram do seu processo de votação.

Mesmo com as discussões de uma possível centralização, o fork foi implementado com sucesso. Na sequência, a rede firmou parceria com a BitGo para fornecer staking da MATIC. Já em maio, uma nova parceria foi firmada, dessa vez com a De.Fi, para integrar um novo antivírus capaz de deixar sua blockchain menos vulnerável à hacks.

Polygon atrai empresas

A rede de segunda camada conseguiu em 2023 dois grandes feitos quando o assunto é adoção. Em abril, a Polygon firmou parceria com o Google Cloud para expandir o uso de seus protocolos. Com isso, ela passou a ser mais usada por desenvolvedores e criadores de produtos voltados a web3.

Já em junho, foi a vez da Nike e a EA Sports usarem a rede. Ambas as companhias se juntaram para lançar uma nova coleção de tokens não fungíveis (NFTs), o que acabou surtindo um grande efeito positivo na MATIC na época.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

MATIC é um valor mobiliário?

O maior destaque negativo em torno da Polygon em 2023 ocorreu em junho. Na ocasião, seu token nativo foi citado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) como um valor mobiliário. A classificação trouxe pânico aos investidores, que temeram uma maior repressão regulatória em torno do ativo.

Somente naquele mês, o preço da MATIC chegou a cair mais de 50%. Além disso, a criptomoeda foi retirada de importantes plataformas de negociação, como o Robinhood.

Versão 2.0 é lançada

Em resposta a repressão da SEC, a Polygon anunciou uma nova versão de seu token MATIC. Batizado de POL, o ativo pretende ser uma versão 2.0 da criptomoeda. O BeInCrypto analisou os principais pontos de mudança e como será feito o modelo de economia do ativo.

Em outubro, a equipe responsável pelo projeto anunciou que contratos do POL haviam sido implementados com sucesso na rede Ethereum.

O que esperar para 2024?

Apesar de ter se recuperado nos últimos meses, fechando seu terceiro candle mensal de alta consecutivo em dezembro, a MATIC foi uma das poucas criptomoedas que não renovou a sua máxima anual este mês.

O ativo iniciou 2023 cotado a US$ 0,75 e atingiu seu maior nível no ano no mês seguinte em US$ 1,55. Desde então, seu preço desabou 70% até formar um fundo em US$ 0,50 em setembro. Apesar de ter dobrado de valor desde então, sua movimentação parece discreta quando comparada com outras criptomoedas de grande porte.

Os primeiros meses de 2024 serão cruciais para vermos se a MATIC será capaz de acompanhar a movimentação geral do mercado, especialmente se as aprovações de ETFs e o halving do Bitcoin iniciarem uma nova bull run. Também será preciso ficar de olho no token POL, para verificar se o ativo será capaz de atrair adoção do mercado.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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