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Criminosos preferem dinheiro em espécie e não cripto em 2024, revela relatório

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O dinheiro em espécie é muito mais utilizado em atividades ilegais do que cripto em 2024.
  • Crypto ISAC destaca que registros públicos tornam criptomoedas mais fáceis de rastrear do que dinheiro para a aplicação da lei.
  • O relatório incentiva a colaboração global para reduzir ainda mais os crimes relacionados a cripto por meio de maior conformidade.
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Segundo a Fortune, um novo relatório afirma que o dinheiro é usado muito mais do que cripto em atividades ilegais em todo o mundo. Assim, as criptos ganharam uma reputação desfavorável desde o Silk Road, mas os números de crimes são pequenos em 2024.

Os autores do relatório afirmaram enfaticamente, portanto, que as criptos são ativos valiosos para a sociedade que respeita a lei.

Criptos são ativos para o crime?

O Centro de Compartilhamento e Análise de Informações de Cripto (ISAC), uma organização sem fins lucrativos que foca na segurança do ecossistema de ativos de cripto, divulgou um relatório sobre o crime no setor. Especificamente, apesar da reputação inicial da indústria como um centro de atividade ilegal, o relatório afirma que o dinheiro é muito mais popular em operações ilícitas.

“O dinheiro sempre será o rei. [As criptos] são amigáveis para a aplicação da lei no sentido de que possui um registro imutável e público. O dinheiro é muito mais difícil de rastrear,” afirmou o coautor Robert Whitaker, em uma entrevista.

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Assim, esta conclusão apoia dados anteriores da indústria sobre um declínio geral no uso de cripto em crimes. O Crypto ISAC teve como objetivo fazer uma análise abrangente da história dessa tendência como um meio de convencer formuladores de políticas, grupos de defesa, etc, de que a tecnologia blockchain é uma ferramenta valiosa para a sociedade que respeita a lei.

Qualquer análise da história do crime em cripto terá que começar com o Silk Road. Até o site ser fechado em 2013, quase 20% de todas as transações de Bitcoin passavam por ele. Na verdade, esse incidente infame é uma forte contribuição para a reputação inicial desfavorável do setor.

Pico de Transações de Bitcoin no Silk Road
Pico de Transações de Bitcoin no Silk Road. Fonte: Crypto ISAC

Uma ferramenta para a lei

Entretanto, o Crypto ISAC acrescenta que o dinheiro é usado para métodos extremamente sofisticados de lavagem de dinheiro e crimes semelhantes em taxas muito mais altas. Mesmo os casos mais divulgados de crimes relacionados à cripto, como evasão de sanções, são minúsculos comparados a esses mesmos crimes cometidos com dinheiro. Uma razão chave para isso, portanto, é o aumento das regulamentações em torno das criptos.

O relatório é enfático que registros públicos e imutáveis tornam as criptomoedas um local inóspito para transações ilegais. Além disso, regulamentações como as leis de Conheça Sua Transação (KYT) transformam os dados de exchange em um recurso valioso para a aplicação da lei. Como prova, o Crypto ISAC aponta a enorme diminuição no crime de cripto nos últimos anos.

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Transações Ilícitas de Cripto
Transações Ilícitas de Cripto por Ano. Fonte: Crypto ISAC

Por fim, o relatório termina com um chamado à ação, identificando maneiras de diminuir ainda mais as transações criminosas de cripto. O Crypto ISAC sugere, portanto, focar em padrões de conformidade globais. Tornando refúgios seguros para o crime mais difíceis de encontrar, por exemplo.

“Para criar o ambiente mais seguro possível, é necessário haver colaboração internacional com reguladores, aplicação da lei e participantes responsáveis dentro da indústria de cripto. Eles devem trabalhar juntos no desenvolvimento de padrões e melhores práticas para abordar e prevenir atividades ilícitas. É somente através… da colaboração que a indústria permanecerá um passo à frente,” concluiu o relatório.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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