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Real Digital e economia tokenizada são destaques da Febraban Tech 2023

4 mins
Atualizado por Aline Fernandes

O coordenador do Real Digital, Fábio Araujo, do Banco Central, Jayme Chataque, (Santander Brasil), Larissa Moreira (Itaú Unibanco), Leandro Vilain (Oliver Wyman), Thamilla Talarico (EY Brasil e João Borges (Febraban) estiveram na trilha: Economia tokenizada já é realidade?

Ouviu-se muito falar, durante a Febraban Tech 2023, sobre tokenização, criptoativos e CBDC. O painel citado acima foi o principal sobre o tópico, e os participantes debateram sobre desafios. Houve, no entanto, um consenso: para a adoção em massa, é necessário tornar a tecnologia palatável para o consumidor comum.

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Fabio Araújo, que está à frente do piloto da CBDC brasileira, ressaltou a questão da privacidade e programabilidade.

“Agora estamos com 16 pilotos e vamos integrar na próxima semana os projetos. Queremos focar em privacidade e programabilidade” disse no palco da Febraban Tech 2023.

O BC havia selecionado 14 projetos, após uma reavaliação, incorporou mais dois que haviam sido rejeitados no Lift.

O economista, que está há 25 anos no BC, assim como todos os presentes, destacaram a importância da educação financeira para haver melhor entendimento do que se trata e como utilizar o Real Digital.

“O aprendizado dessas novas tecnologias é fundamental. O BC tem cerca de 200 desenvolvedores em Web2, mas quando a gente vai para esse ambiente descentralizado, tudo muda. Então, não adianta entender o sistema financeiro e blockchain e sim entender como a tecnologia vai de fato trazer mudanças efetivas para sociedade”, destacou Araújo.

Para ele, o desafio do mercado e do regulador é encontrar o equilíbrio. E a inclusão só vai acontecer com a democratização de acesso aos serviços financeiros.

Fábio Araújo (Banco Central) / Divulgação

A advogada da EY Brasil, Thamilla Talarico, lembrou de um dado importante do mundo de hoje:

“Mais de 95% do PIB mundial está estudando CBDCs”, comentou Talarico. Reiterando que “o mercado se desenvolveu em cima de uma autocustódia, precisamos de educação financeira. As pessoas não precisam entender a tecnologia por trás e sim usar de forma fácil e integrada”.

Para a coordenadora para CBDC e Cripto do Itaú, Larissa Moreira, a priorização de casos de uso é o ponto-chave da atual fase do piloto do Real Digital.

“Precisamos testar os cenários para entender melhor. Vamos testar pontos críticos como privacidade, sigilo bancário e liquidação. O ponto-chave é testar toda cadeia – desde as operações interbancárias até para os clientes.”, explicou Moreira.

A executiva também falou sobre a curva de adoção de tecnologia estar ainda muito no início. “Muitas coisas, que ainda nem sabemos, vão acontecer.”

Larissa acredita que, se os envolvidos não melhorarem a usabilidade, a experiência do consumidor, a adoção não será fácil. Para ela, a percepção sociedade também tem um papel fundamental para o sucesso do projeto.  

Larissa Moreira, coordenadora para CBDC e Cripto do Itaú. / Divulgação

“O que vai mudar de fato? Qual o benefício que traremos para as pessoas?  A educação tem que estar desde o início. Passamos isso no pix e no open finance, e vamos seguir nessa nova jornada”, concluiu Larissa.

Leandro Vilain, Partner da Prática de Finance Service da Oliver Wyman Brasil, disse que se deve analisar os casos conforme a demanda, na prática. “Precisamos sair dessa questão de tecnologia e ir para parte de identificar os casos de uso para sociedade”.

Moody’s e Microsoft desenvolvem soluções alimentadas por IA generativa

A Microsoft, anunciou uma parceria estratégica com a Moodys para integrar soluções com IA. A empresa de Bill Gates está envolvida no piloto do Real Digital e já tem uma tecnologia para prever ataques quânticos ao Real Digital.

A parceria estratégica envolve soluções de próxima geração construídas no Microsoft Azure OpenAI Service, Microsoft Fabric e Microsoft Teams e dados proprietários da Moody’s para capacitar serviços financeiros, mercados de capitais e muito mais.

O anúncio aconteceu nesta quinta-feira, em Nova York. O intuito é fornecer dados, análises, pesquisas, colaboração e soluções de risco de última geração para serviços financeiros e conhecimento global para os interessados nos temas.

Construído em uma combinação de dados robustos e capacidades analíticas da Moody’s e o poder e escala do Microsoft Azure OpenAI Service, a parceria cria ofertas inovadoras que aprimoram insights sobre inteligência corporativa e avaliação de risco. Estas, alimentadas pela Microsoft AI e ancoradas pelos dados proprietários da Moody’s, análises e pesquisa.

Destaques da parceria estratégica

• O “Moody’s CoPilot”, uma ferramenta copiloto interna, agora está disponível para os 14.000 funcionários globais da Moody’s e combinará dados, análises e pesquisas proprietárias da Moody’s com os mais recentes modelos de linguagem ampla (LLMs) e a tecnologia de IA generativa de classe mundial da Microsoft para impulsionar empresas -ampla inovação e melhore a produtividade dos funcionários em uma caixa de proteção digital segura e protegida.

• Para uso interno e co-inovações, a Microsoft está aproveitando a ampla gama de soluções da Moody’s, incluindo o banco de dados Orbis da Moody’s – um dos bancos de dados mais poderosos do mundo sobre empresas – com aplicativos que incluem dados de referência de terceiros, avaliação de risco de contraparte e cadeia de suprimentos gerenciamento.

• A Microsoft e a Moody’s colaborarão na oportunidade de fornecer dados para seus clientes compartilhados por meio do Microsoft Fabric, uma nova plataforma de análise para gerenciamento de dados de ponta a ponta.

• A Moody’s se compromete a usar a plataforma de nuvem Azure da Microsoft para potencializar seu conjunto crescente de recursos de IA generativa e aplicativos baseados em nuvem.

Para o presidente e diretor-executivo da Moody’s Corporation, Rob Fauber,

“A IA generativa representa uma oportunidade única em uma geração para aprimorar a maneira como as empresas navegam no mundo em constante evolução do risco exponencial.”

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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