Mais um desdobramento sobre uma das maiores pirâmide financeira do Brasil. Desta vez, três policiais e uma delegada foram presos. Eles são acusados de facilitar operações ilegais do esquema que movimentou R$ 38 bilhões. Autoridades estimam 300 mil vítimas de Glaidson Acácio dos Santos, que ficou conhecido como Faraó dos Bitcoins.
Além de perderem o cargo, a delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto e os policiais Roberto Nogueira Alves, Marcelo Meireles Pinto e Raphael Vasques Jorge Macedo, foram condenados a dois anos e oito meses de prisão, cada um.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve a condenação dos acusados, por meio de uma denúncia via Operação Novo Egito. Aliás, é um desdobramento da Operação Kryptos, responsável pela prisão do “Faraó dos Bitcoins”, em 2021.
Policiais facilitavam fraude e recebiam propina
Com base em interceptações telemáticas, registros financeiros e depoimentos, o MPRJ comprovou a participação dos réus em crimes como organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção passiva, resultando no reconhecimento judicial das acusações.
Daniela dos Santos recebeu, por exemplo, propina de Glaidson para favorecer o golpe. Enquanto os policiais civis auxiliaram nas operações ilegais da organização. Os acusados trabalhavam ironicamente na Delegacia de Defraudações (DDEF).
Mas afinal, quem é o Faraó dos Bitcoins?
Até 2014, Glaidson Acácio dos Santos era garçom em Búzios, ganhando pouco mais de R$ 800. Em apenas sete anos, tornou-se milionário, movimentando mais de R$ 2 bilhões com a GAS Consultoria Bitcoin, empresa acusada de operar um esquema de pirâmide. Aliás, Glaidson negou todas as acusações durante a CPI das pirâmides financeiras.
Prometendo 10% de lucro em investimentos no mercado de criptomoedas, a GAS atraiu milhares de clientes. No entanto, investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontaram que a empresa não realizava investimentos reais em Bitcoin.
Documentário sobre Faraó dos Bitcoins já está captando recursos
Preso desde 2021, a história de Glaidson pode ir para as telonas de todo país. Isso porque a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) revelou recentemente que há um documentário sobre o Faraó dos Bitcoins em produção.
O objetivo é contar o que está por trás de um dos mais famosos escândalos da indústria cripto no Brasil.
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