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Lula e Haddad registram planos de governo em blockchain para evitar fake news

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Planos foram registrados para evitar adulteração.
  • Uso de blockchain facilita a verificação de autenticidade do documento, dizem candidatos.
  • Blockchain já é testado em elições nos EUA.
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Os planos de governo de Lula e Haddad, candidatos à presidência do Brasil e ao governo de São Paulo, foram registrados na blockchain Decred como forma de evitar fake news.

Em nota publicada no site do candidato Fernando Haddad na quarta-feira, 26, o Partido dos Trabalhadores (PT) disse que optou pela tecnologia para proteger de fake news e garantir a autenticidade dos documentos.

Planos de governo de Lula e Haddad são registrados em blockchain para evitar fake news
Fernando Haddad e Lula (Foto: Divulgação/PT)

Haddad já havia adotado a iniciativa já tinha sido adotada em 2018. O partido disse que os candidatos têm sofrido ataques constantes da “rede de ódio e mentiras” que estão adulterando digitalmente os documentos na tentativa de manipular os eleitores.

“Para evitar isso, o Plano de Governo do Lula e Haddad agora foram registrados em (…) blockchain, que também está por trás da moeda Bitcoin, e vem sendo apontado como solução para cidades inteligentes e governos transparentes”, diz a nota.

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A nota também cita os esforços de imprensa, redes sociais e TSE para desmentir as teorias e combater a rede de desinformação, mas destaca a insuficiência por não ter velocidade e alcance necessários.

Verificação de autenticidade dos Planos de Governo

Os desenvolvedores que assessoraram na iniciativa, Vinicius Russo e Fernando Henriques, explicam que é “muito simples” checar a autenticidade dos planos de governos:

“Basta subir o arquivo do Plano de Governo que você pode ter recebido por WhatsApp, e-mail etc, no site da Decred, e comparar o código que aparece (o “digest”) com o código disponível no site do Lula e do Haddad”. 

Ao transferir os planos de governos para a blockchain, os arquivos foram vinculados a códigos de identificação únicos (hashs) garantindo a autenticidade. Qualquer alteração feita no documento irá gerar um novo código comprovando que ele não é uma cópia do arquivo original.

Os hashs dos planos de Lula e Haddad são, respectivamente, 3b1196fd91ed9ddc093fe90ce29ecdceb4758fbd15f5943ba054e1a0bac34909 e
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Eleições e Blockchain

Durante a corrida eleitoral de 2018 o PT adotou a mesma iniciativa, inédita na época, para registrar o plano de governo de Haddad, então candidato à presidência, e proteger de adulterações. O registro na ocasião foi efetuado na blockchain Decred, a mesma utilizada agora. 

“Os Planos de Governo foram registrados em uma criptomoeda aberta, progressiva e autofinanciada com um sistema de governança baseado na comunidade integrado ao seu blockchain, a Decred, e podem ser baixados no TSE e conferidos no verificador da Decred.”

A nota destaca o ineditismo no uso da blockchain para registrar e proteger documentos públicos de campanha eleitoral e cita o avanço de parceria realizadas na União Européia para implementação da tecnologia nos setores governamentais. 

A utilização de blockchain em eleições não é nova, já sendo registrados e contabilizados os primeiros votos para eleições federais nos EUA. 

A primeira votação baseada em blockchain em uma eleição federal norte-americana foi lançada no dia 24 de março de 2018, dia da votação aberta nas primárias da West Virginia. E o primeiro voto em uma eleição geral foi registrado em blockchain em 21 de setembro daquele ano, num total de 13 votos computados em uma rede blockchain.

Já na eleição geral, 144 votos de eleitores americanos, residentes em diferentes países, foram computados em blockchain, dos 160 eleitores que se registraram para usar a tecnologia.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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