O Banco Central anunciou em coletiva na noite da última quinta-feira (29) o Pix Cobrança, função do Pix que servirá como substituto direto do boleto. A novidade vem dias antes do soft launch do sistema de pagamentos instantâneos, marcado para a próxima terça-feira (3).
O Pix já era visto como possível sucessor do boleto tradicional. Entre outros motivos, a substituição se daria pela expectativa do crescimento das transferências no lugar do usual pagamento de fatura com código de barras.
No entanto, até então não estava claro como o Pix lidaria com todas as particularidades do boleto. O Pix Cobrança visa justamente preencher essa lacuna.
A nova função permite que lojistas e empresas em gral criem QR Code dinâmico contendo informações para além do valor, como juros, multa, descontos e uma data específica e vencimento, entre outras comumente encontradas em boletos.
Dessa maneira, um estabelecimento poderá gerar um código com esses dados e emitir uma cobrança ao cliente para um pagamento pontual. A cobrança, por sua vez, poderá ser feita tanto digitalmente quanto por papel, com o QR Code impresso.
Concessionárias de luz e água, por exemplo, poderão usar essa modalidade para aceitar pagamentos via Pix em faturas enviadas por e-mail ou correspondência. Eventualmente, a compra de Bitcoin com boleto também poderia mudar em exchanges que planejam aceitar Pix.
Bancos ganham queda de braço e Pix poderá ser cobrado a partir de 30 transações
O Banco Central também definiu especificamente quando clientes poderão ser tarifados pelo uso do Pix. A instituição já havia liberado a cobrança de taxa para casos que caracterizam atividade comercial. No entanto, ainda não havia um critério claro para definir, por exemplo, quando uma transferência era proveniente de uma venda. Agora, fica definido que toda transação por QR Code dinâmico pode ser tarifada. Dessa maneira, o uso do Pix Cobrança seria passível de taxa nos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, têm o poder de decidir se e quanto cobram do cliente. Além disso, ao contrário do que havia sido divulgado antes, clientes pessoa física poderão ser cobrados ao ultrapassar 30 transações no Pix por mês. O BC, dessa forma, cede ao pedido de bancos, que haviam manifestado interesse em impor um teto de transferências grátis. Segundo a Febraban, 99,7% dos brasileiros realizam menos de 30 TEDs e DOCs mensais e, portanto, não devem ser tarifados. Porém, a entidade não considera na conta o provável aumento do volume dada a gratuidade do novo sistema de pagamentos na maioria dos casos. O Pix inicia sua liberação gradual na próxima terça-feira (3). No entanto, só estará disponível para todos no dia 16 de novembro.Isenção de responsabilidade
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Paulo Alves
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
Sou jornalista e especialista, pela USP-SP, em Comunicação Digital. Já trabalhei em rádio e impresso, mas boa parte da minha experiência vem do online. Colaborei entre 2013 e 2021 com o Grupo Globo na área de tecnologia, onde já cobri assuntos diversos da área, de lançamentos de produtos aos principais ataques hackers dos últimos anos. Também já prestei consultoria em projetos do Banco Mundial e da ONU, entre outras instituições com foco em pesquisa científica. Entrei no mundo das...
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