Fundador da Stone Ridge, empresa que investe em Bitcoin desde 2017, explica o que estaria levando fundos conservadores a apostarem no ativo.
O fundador da gestora de ativos Stone Ridge, Ross Stevens, disse na última quarta-feira (3) que “o Bitcoin não oferece risco”. Em conversa com o CEO da Microstrategy, Michael Saylor, durante o evento World.Now, Stevens explicou como a análise de risco do Bitcoin mudou ao longo dos anos e, dessa forma, já convenceria até mesmo os investidores mais conservadores.
Segundo o executivo da Stone Ridge, a ideia de que o Bitcoin pode um dia ir a zero já é coisa do passado.
Quando eu conversava com investidores institucionais alguns anos atrás, recebia a pergunta “qual a chance do Bitcoin ir a zero?”. Há alguns anos essa era uma conversa interessante. Semana passada um cliente me perguntou qual seria a chance do Bitcoin ir a zero. Eu disse: ‘qual a chance do cristianismo ir a zero?’ Simplesmente não vai.
A Stone Ridge é uma antiga investidora em Bitcoin. Ela é a empresa-mãe da NYDIG, uma gestora de ativos digitais que surgiu em 2017 após o interesse da empresa pelo ativo circular entre clientes em Nova York.
A empresa então comprou US$ 50 milhões em Bitcoin e começou a ganhar tração no setor. Além disso, atualmente ela também faz custódia de criptomoedas – inclusive de XRP de um dos fundadores da Ripple. Em outubro, a Stone Ridge revelou uma alocação de US$ 115 milhões em Bitcoin.
O que faz o Bitcoin não ter chances de chegar a zero, segundo o fundador da Stone Ridge
Stevens detalha que há pelo menos três fatores que removeriam completamente o risco de investir em Bitcoin. Eles estão diretamente relacionados ao valor de mercado, à base de usuários e à qualidade da rede.
Para nós conservadores, o Bitcoin não oferece risco. Por que? Quando eu olho para o Bitcoin eu vejo um valor de mercado de US$ 500 milhões, eu vejo milhões de pessoas usando todos os dias e uma linha clara para dezenas de milhões usando todos os dias. E então bilhões. Eu vejo 12 anos de operação segura e ininterrupta da rede. Quando olho tudo isso, a chance de ir a zero desaparece.
O segundo capítulo da história da criptomoeda começa agora, diz executivo
Stevens está no time dos gestores que acreditam que o Bitcoin é uma proteção contra a inflação do dólar. Dessa maneira, a criptomoeda surgiria como uma valiosa reserva de valor alternativa. No entanto, o executivo explica que esse é apenas o primeiro capítulo da história do ativo.
No papo com Michael Saylor, o fundador da Stone Ridge explica que a segunda etapa de adoção do Bitcoin não tem nada a ver com política expansionista ou ativo de refúgio. Além disso, ele garante que esse novo capítulo já estaria começando agora.
O capítulo dois se baseia na noção do Bitcoin como ativo e adiciona a ideia do Bitcoin como rede. O Bitcoin como rede é impulsionado pela propriedade de ser um código aberto de rede monetária. No capítulo um alcançamos milhões. No capítulo chegaremos a bilhões, e acontecerá muito rápido.
Stevens menciona, por exemplo, a possibilidade de o Bitcoin funcionar como uma rede para transferência de dinheiro fiduciário com baixo custo. Nesse caso, no entanto, a gestora aposta na Lightning Network para acelerar e derrubar o preço das transações.
US$ 25 bilhões em Bitcoin até o fim do ano
Segundo o executivo da Stone Ridge, esses argumentos têm sido suficientes para convencer fundos conservadores a apostar as fichas no BTC. A NYDIG já teria no livro de ordens US$ 25 bilhões posicionados para comprar Bitcoin até o final do ano.
Os investidores mais conservadores, sofisticados e cuidadosos do mundo, como empresas de seguros de vida, de seguros de propriedade e acidentes, têm hoje mais de US$ 500 milhões de exposição em Bitcoin na NYDIG. E eles estão apenas começando.
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