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OpenSea registra queda de vendas em meio à recuperação do setor NFT

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

O setor NFT está em alta, mas o mesmo não se pode dizer de seu maior mercado, a OpenSea.

A plataforma sofre com uma queda acentuada de atividade, que resultou no menor nível de vendas em três anos.

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Vendas de NFTs em alta, mas em baixa na OpenSea

Em fevereiro, a OpenSea registrou 199.000 vendas de NFTs. Esse número representa uma queda de 33% do valor de janeiro, que foi de 297.000. A última vez que a OpenSea registrou números semelhantes foi em maio de 2021.

Essa redução é mais acentuada do que a que ocorreu no mercado NFT global. O número de transações em janeiro de 2024 foi de 11.193.464, um número 9% maior do que o de fevereiro, quando houve 10.260.737 transações. Os números são do CryptoSlam.

Ao mesmo tempo, o número de usuários ativos na plataforma caiu 18%, para 103.000, em comparação aos 125.000 de janeiro. Este é o resultado mais baixo desde julho de 2021.

Por outro lado, o volume de vendas cresceu 5% no período, atingindo US$ 153 milhões. Essa tendência segue o mercado geral, que registrou US$ 1.184.717.064,85 em vendas em janeiro, número que cresce 4% e atingiu US$ 1.234.516.026,85 no mês seguinte.

Um novo paradigma NFT?

Há vários pontos a se considerar para entender o que aconteceu com a OpenSea.

Em primeiro lugar é necessário entender as mudanças no setor de NFTs. O cenário da indústria virou de ponta cabeça no início de 2023, com a criação do Ordinals, um protocolo que permite a inscrição de conteúdo diferente de transações financeiras na blockchain do Bitcoin (BTC).

A tecnologia, em suma, permite a criação de algo que, embora tenha uma operação diferente por trás dos panos, age essencialmente igual a um NFT. O protocolo atraiu tantos interessados que a rede do BTC congestionou não uma, mas duas vezes.

Muitos mercados NFT, como o da Binance e o da OKX, lançaram suporte ao formato, oferecendo uma alternativa a quem não podia negociar inscrições na OpenSea.

Além disso, o mercado optou por não mais obrigar o pagamento de royalties aos criadores de NFTs. Na prática, uma parte do dinheiro pago a cada transação é enviada ao criador do token.

Por exemplo, quando um investidor vende um NFT Bored Apes para outro, uma parte do dinheiro sempre é paga à Yuga Labs.

Por falar em Yuga Labs, a empresa – criadora das maiores coleções NFT disponíveis no mercado – não ficou feliz ao saber dessa decisão da OpenSea. Em resposta, ela proibiu o comércio de todos os seus tokens em mercados que não obriguem o pagamento de royalties.

Na prática, essa decisão forçou o público-alvo dessas coleções a procurarem novos mercados. Conforme o CryptoSlam,7 dos 10 NFTs mais caros vendidos nos últimos 30 dias eram de coleções da Yuga Labs. E a OpenSea não viu um centavo desse dinheiro.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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