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O dia em que um evangelista do Bitcoin concordou com a SEC sobre o Ethereum

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Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • A SEC enfrenta debates sobre a classificação do Ethereum (ETH) como título.
  • Max Keiser, evangelista do Bitcoin, concorda com a posição do órgão regulador.
  • A Consensys, criadora da carteira cripto Metamask, enviou um pedido de amicus curiae ao tribunal em apoio ao Ethereum
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A mais nova batalha da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) no mundo cripto é a tentativa de classificar o Ethereum (ETH) como um título. E essa luta ganhou um aliado inesperado: o evangelista do Bitcoin (BTC) Max Keiser.

O pano de fundo dessa disputa é um aviso de Wells que a SEC enviou ao protocolo de finanças descentralizadas Uniswap (UNI). Ele gerou (mais) um debate sobre a natureza das criptomoedas em toda a comunidade cripto.

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Entendendo a natureza do Ethereum

Esta não é a primeira vez que a SEC se envolve em debates sobre a natureza do Ethereum. Durante o embate entre o órgão regulador e a Ripple (XRP), surgiram documentos ligados a um ex-diretor da agência, William Hinman. Nele, o executivo afirma considerar o ETH como um valor mobiliário.

Muita coisa aconteceu desde então, incluindo a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista.

Em seguida, no início de abril de 2024, o protocolo DeFi UniSwap recebeu um aviso de Wells da SEC. Em suma, o documento afirma a intenção da agência de processar a entidade por alguma irregularidade.

Embora não se saiba com clareza o motivo do aviso, especula-se que ele ocorra devido a supostas negociações de títulos não declarados. Esse é o mesmo argumento que o órgão usou para acionar na Justiça outras empresas, como a própria Ripple e a Coinbase.

Depois disso, a Consensys, criadora da carteira cripto Metamask, enviou um pedido de amicus curiae ao tribunal. Entidades recorrem a este tipo de ação quando não estão envolvidas diretamente em um processo, mas acreditam que seu desfecho vai impactar em suas operações.

“O objetivo disso é garantir que o Ethereum continue a ser uma blockchain vibrante e indispensável e a preservar o acesso a inúmeros desenvolvedores, participantes do mercado e instituições que tem participação na segunda maior blockchain do mundo”, disse a Consensys.

O dia em que um entusiasta do Bitcoin concordou com a SEC

A decisão da SEC de mirar entidades que ofereçam negociação de Ethereum (ETH), como esperado, virou assunto na comunidade cripto.

Em uma entrevista à CNBC, o âncora perguntou diretamente ao diretor da agência, Gary Gensler, se o ETH é ou não um título. Gensler tentou se desviar da resposta.

“A verdadeira questão é como garantir se os investidores estão protegidos. E, no momento, eles não recebem os alertas necessários para atuar nesse mercado descentralizado”, afirmou Gensler.

Esse trecho do vídeo ganhou as redes sociais. No Twitter (X), por exemplo, essa opinião recebeu um aliado de peso: o evangelista do Bitcoin (BTC) Max Keiser.

Keiser é conselheiro do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e defensor do Bitcoin. Ele classifica todas as outras altcoins – incluindo o Ethereum – como shitcoins. Portanto, não é surpreendente que ele concorde com a posição de Gensler.

“Gary [Genlser] tem razão! Eu digo há anos que a SEC deve – e provavelmente vá – classificar o ETH como um título. É assim que nós o vemos em el Salvador e como obtemos benefícios. Mas a luta continua. Os shitcoiners tem grandes orçamentos e a determinação de um câncer para destruir”, explicou Keiser.

A comunidade não recebeu a opinião de Keiser com bons olhos. Ela acredita que a visão do evangelista de aceitar apenas o Bitcoin como criptomoeda verdadeira é limitada.

Além disso, um usuário acrescentou que, conforme Keiser e a SEC, o próprio Bitcoin deveria ser reclassificado como título. Isso ocorre porque, graças ao Ordinals, criou-se a tecnologia para criar shitcoins e NFTs na blockchain do BTC.

Esse é um dos motivos pelo qual a SEC considera o ETH como um título em primeiro lugar.

Enquanto isso, o debate entre as empresas cripto e a SEC sobre a natureza do ETH continua, sem sinal de terminar tão cedo.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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