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O Bitcoin pode acabar com a civilização?

3 Min.
Atualizado por Bruna Brambatti

Resumo

  • O historiador Yuval Harari compartilhou suas preocupações com a popularização do Bitcoin.
  • A evolução e popularização de tecnologias de “desconfiança” podem colocar em risco a civilização.
  • Bitcoiners saíram em defesa do Rei das criptomoedas.
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É o que pensa o historiador e best seller Yuval Harari. Harari publicou, na terça-feira (21), em seu perfil no Twitter (agora X), suas preocupações com a popularização do Bitcoin. Ele afirmou que o crescimento da criptomoeda pode vir a corroer as relações humanas como as conhecemos e talvez, o que para alguns, deu a entender que o Bitcoin pode acabar com a civilização. 

Harari se tornou mundialmente famoso pelos best sellers “Sapiens: Uma breve história da humanidade” e “Homo Deus: Uma breve história do amanhã”. Em “Sapiens” ele aborda o desenvolvimento dos seres humanos e alerta sobre os riscos da tecnologia substituir as relações entre as pessoas.

Bitcoin: um risco às relações econômicas e humanas

Harari frisou que o Bitcoin é visto como uma “moeda de desconfiança”, e que sua repulsa às instituições e ao conceito de dinheiro pode afetar as atividades econômicas e a colaboração entre os seres humanos.

Claro! Aqui está a frase mais clara:

Além disso, ele destacou que “o propósito do dinheiro é criar confiança entre estranhos” e que atualmente 90% das moedas, títulos e ações “são apenas dados em computadores”. Para ele, isso demonstra que o dinheiro já depende e funciona por meio de um sistema baseado na confiança entre estranhos.

Portanto, esses dispositivos financeiros foram desenvolvidos através da história para “gerar confiança entre milhões de estranhos”, possibilitando a reunião de conhecimento e recursos para a cooperação.

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Frente a argumentos tão distintos, ainda assim, o historiador pondera:

“Pode haver boas razões para não confiar nos bancos e governos que criam dólares, ienes e outras moedas – mas isso não muda o fato de que a preferência pelo Bitcoin se baseia em desconfiança nas instituições humanas.”

No entanto, Harari finaliza alertando que essa quebra de confiança pode colocar o destino da sociedade “nas mãos” de algoritmos:

“Humanos controlam o mundo, porque aprendemos a confiar uns nos outros e a cooperar uns com os outros. Se agora perdermos a confiança em instituições humanas, e no lugar colocar toda a nossa confiança apenas em algoritmos, então os algoritmos irão controlar o mundo”.

Bitcoiners saem em defesa

A publicação de Harari, mexeu com os maximalistas do Bitcoin que saíram em defesa do Rei das criptomoedas.

O Bitcoin evangelista Michael Saylor disparou, de certa forma negou que o BTC pode acabar com a civilização, que esta o criou:

“A humanidade encontrou uma maneira de criar instituições confiáveis, e chamamos isso de tecnologia #Bitcoin”

A estrategista de investimentos e entusiasta do Bitcoin, Lyn Alden disse:

“A criptografia é uma “tecnologia de desconfiança” e, ainda assim, é o que nos permite confiar nos sites e comprar online com segurança.

Da mesma forma, o Bitcoin dá às pessoas mais *escolha* em quem ou no que confiar, em vez de ficarem em dívida com qualquer monopólio do banco central sob o qual nasceram.”

Já o analista Willy Woo destacou a importância do Bitcoin como ouro digital:

“#Bitcoin gera confiança porque sua tecnologia não é confiável, o que significa que você pode verificar a verdade.

O Padrão Ouro trouxe prosperidade ao mundo por causa do mesmo princípio, você pode verificar a ciência da física, que os átomos não podem ser impressos do nada por um banco.”

Admirável mundo algorítmico

Em suma, o alerta do historiador também chama a atenção para o aspecto ilusório da descentralização. Pois se algoritmos controlam a sociedade, logo, quem define os algoritmos possuem maior poder e exerce maior controle sobre a sociedade.

Essa visão apocalíptica, do Bitcoin acabando com a civilização, pode ser ainda mais preocupante se somada ao crescimento da Inteligência Artificial (IA).

Conforme reportado anteriormente pelo BeInCrypto, o próprio Vitalik Buterin externou preocupações sobre um futuro totalitário com os avanços das IAs.

No ensaio “Meu tecno-otimismo”, Buterin elabora sobre o desenvolvimento acelerado de algumas tecnologias, principalmente sobre IA. Além disso, ele propõe que algumas tecnologias devam ter uma evolução mais lenta e controlada.

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No entanto, apesar de reconhecer o avanço que a tecnologia trouxe a humanidade em áreas como qualidade de vida, saúde, conveniência, acesso à informação entre outra, Buterin alerta:

“Algumas tecnologias como a IA representam riscos exclusivamente preocupantes. Isso inclui ameaças existenciais de IA avançada que potencialmente decidem eliminar a humanidade (todos nós vimos os filmes do Exterminador do Futuro).”

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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