Os NFTs são ecologicamente mais corretos do que o mercado de arte tradicional, mas enfrentam uma ‘narrativa distorcida’ da mídia convencional, de acordo com o chefe de comunicações do mercado NFTrade, Harrison Seletsky.
Os comentários de Seletsky foram feitos em uma entrevista exclusiva com a BeInCrypto na qual o chefe de comunicações da NFTrade abordou uma variedade de tópicos, incluindo o meio ambiente, arte, a percepção pública dos tokens não fungíveis (NFTs) e como o futuro do setor pode ser.
Conversamos com Seletsky sobre uma narrativa que prevalece principalmente entre os gigantes da imprensa, que se esforçam para enfatizar o impacto ambiental da indústria. É uma narrativa que Seletsky não acredita.
“Qual é o impacto ambiental de milhões, senão bilhões de libras de telas, pincéis, tintas, câmeras, etc., que são produzidos a cada ano para satisfazer o mercado de arte física?” disse.
“Criar arte e ativos digitais é infinitamente ecologicamente mais correto do que criar arte física, e há uma narrativa distorcida que realmente não aborda o problema em sua essência. Além disso, com o impulso para mecanismos de verificação de prova de participacao (PoS), os NFTs serão ainda mais ecológicos do que suas contrapartes físicas (arte, recibos, tickets, etc.) com nenhum impacto adicional do que ter apenas seu computador ligado e funcionando”.
Para os fãs de NFTs, os comentários de Seletsky oferecem um contrapeso bem-vindo à análise muitas vezes unilateral oferecida pelos principais meios de comunicação. No início de 2021, o co-fundador da Enjin, Witek Radomski, disse que a importância cultural dos tokens não fungíveis estava sendo “esquecida” no debate ambiental.
Seletsky agora adiciona sua própria linha de raciocínio para desafiar ainda mais a narrativa dos “NFTs ruins” que poluiu a percepção pública. Ele espera que a imagem pública dos NFTs melhore com o tempo, à medida que a tecnologia se torna mais familiar para o público.
“À medida que os NFTs se tornam mais integrados à nossa vida cotidiana por meio de vários casos de uso, essa imagem [pública] mudará inevitavelmente, de forma semelhante à indústria de criptomoedas em geral”, disse ele.
De olho no futuro
Com o ano se aproximando do final, perguntamos a Seletsky sobre suas projeções para o mercado em 2022.
“A próxima grande tendência dos NFTs já está começando a surgir – os jogos”, disse ele. “Tanto games no modelo jogue-e-ganhe (play-to-earn) quanto os baseado em NFT começaram a redefinir a indústria de games multibilionária. A economia do lazer, ou seja, a capacidade de monetizar seu tempo de lazer, mudará a forma como os jogadores e usuários interessados em todo o mundo interagem online, e os NFTs serão os motores econômicos por trás de tudo isso”.
O que os NFTs trarão nos próximos 10 anos?
“Cada item de jogo será um NFT, os músicos usarão os NFTs para se monetizarem sem ter que abrir mão da maior parte de seus ganhos para os estúdios, os NFTs representarão ingressos digitais e muito mais. É meio difícil dizer onde estarão os NFTs, já que provavelmente haverá alguns casos de uso revolucionários que ainda não foram descobertos, diz Seletsky.
“É como tentar quantificar o impacto da internet nos anos 90 sem saber o poder que a mídia social vai trazer. Pensar que houve um tempo antes da mídia social é quase difícil de imaginar, especialmente para as gerações mais jovens, e podemos ver um conceito semelhante replicado por meio de NFTs”.
Quanto ao roteiro para uma aceitação mais ampla, o Chefe de Comunicação da NFTrade compartilhou algumas considerações finais.
“Ainda existe uma barreira técnica muito alta para a entrada, o que significa que você precisa ter uma visão bastante aprofundada apenas para poder comprar um NFT”, explica.
“À medida que essas barreiras diminuem por meio de coisas como integração fiat, carteiras mais fáceis de usar e mais acessíveis e adoção em uma variedade de setores, o público começará a ter um melhor entendimento das capacidades presentes dos NFTs”.
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