A NFT.Brasil, exposição internacional de colecionáveis digitais, confirmou edição para 2024. Entre as 500 obras digitais expostas, experiências que incluíam VR, uma sala imersiva com 100 m² e resoluções impecáveis, a experiência do visitante foi elevada a outro nível.
Com conteúdo e palestrantes relevantes em três palcos diferentes e simultâneos, a produção da NFT.Brasil disponibilizou um fone sem fio para ouvir os talks. O que chamou a atenção foi a qualidade do equipamento, já que era possível acompanhar um painel de qualquer lugar do Pavilhão da Bienal e sem qualquer interferência de ruído.
O conceito descentralizado fez sucesso e impressionou. Na prática, o usuário poderia visitar a exposição de artes e escutar o conteúdo ao mesmo tempo. A opinião entre os presentes foi unânime:
“Que sensacional esse fone!”
Entretanto, não foi só o equipamento de última geração que elevou a experiência dentro da NFT.Brasil. Foram as participações de comunidades fora da bolha da Web3. O Indígena Art mostrou como os NFTs podem ajudar na preservação da cultura através da Web3.
Inteligência Artificial, NFTs de Impacto, ReFi, modelos de governança em DAOs, a era da tokenização, plataformas e marketplaces na Web3, esportes, artes, música, educação, literatura, moda, fotografia, segurança, comunidades e games foram apenas alguns dos temas abordados durante os três dias de evento.
Web3 precisa de didática acessível para adoção em massa
Vlad, da ShapeShift DAO, uma das apoiadoras do evento que nasceu no NFT.Rio em 2022, levou conhecimento de forma leve e didática. Muitos palestrantes ressaltaram que a adoção em massa só vai acontecer quando termos técnicos forem deixados apenas para desenvolvedores e o acesso for realmente fácil e intuitivo. Afinal, ninguém precisa entender de mecânica para ter um carro.
E o head do departamento global da ShapeShift DAO, Vlad faz isso com muita maestria.
O skatista profissional consegue transitar em todos os territórios com uma fala muito descontraída, democrática e compreensível. Além da ShapeShift, o atleta carioca também falou da SkateHive sobre como os NFTs estão mudando o futuro dos esportes.
A segurança na Web3 também foi um dos painéis que participou com TheSmith da ShapeShift DAO e Matt Highlander da KeepKey.
Em tempos de crimes cibernéticos e caça às bruxas, carteiras seguras são como uma fonte de água gelada no deserto. A engenharia social avança a passos largos e os hackers também.
Highlander inclusive listou cinco mitos sobre carteiras de hardware durante a NFT.Brasil.
A didática e a educação também estiveram presentes em várias ações
Cerca de 5 mil alunos da rede pública e do EJA passaram pelo Pavilhão da Bienal. Uma parceria da organização da NFT.Brasil com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo garantiu acesso gratuito a todos os estudantes e professores durante os três dias de evento dentro do Parque Ibirapuera.
Ana Clara D’ávila, de 14 anos do Projeto Imprensa Jovem da EMEF M Boi Mirim 2, gostou do que viu:
“Estamos aprendendo muitas coisas que nunca vimos. A experiência dos pássaros (sala imersiva), me trouxe uma paz incrível.”
Todos estavam em busca de novidades e conhecimento. E isso não faltou.
Game Blockchain leva experiência VR
Helo Passos da Trexx, referência mundial em games Blockchain que recentemente fechou uma parceria com a AAG Ventures de Cingapura – gigante do setor no mercado asiático – falou sobre o futuro dos jogos e como explorar um novo mundo descentralizado:
“Imagina que temos vários jogos e pessoas que jogam eles. Então quando você comprar um item – que é um ativo do jogo – imagine poder usar em várias plataformas de games diferentes, poder vender ou alugar seus itens dentro de jogos diferentes?”
Ela também detalhou as vantagens da interoperabilidade cross-chain:
“Com a Blockchain isso é possível. A gente sabe que a garotada muda muito de jogo e sempre está em busca de novas plataformas.”
Com a Brina do Crypto Talk e a Trexx, Passos está desenvolvendo o seu novo game, o Boomboogers que deve ser lançado ainda este mês. Vale lembrar que mercado de games é um dos maiores da indústria de entretenimento e pode ultrapassar os US$ 219 bi até o ano que vem, segundo uma publicação do Insper.
A CMO da Trexx, Carol Fernandes, comemora o sucesso do game durante a exposição no NFT.Brasil:
“O jogo é tão envolvente que conquistou tantos os adultos quanto as crianças no evento. Isso é um sinal de que estamos no caminho certo”.
Setor hoteleiro marca presença com um dos pioneiros no assunto.
O empreendedor que já faz reservas em seu hotel em Porto Seguro (BA) com NFT desde 2022 participou da mesa de discussões sobre “NFTs e os impactos nos ingressos e Tickets Digitais”, junto com Felipe Ribbe de Vasconcellos, Felipe Bravo (NFTICKIT), Larissa Barros (AgendaCrypto) e Marco Afonseca (NFT.Brasil).
O diretor do hotel Solar do Imperador na Bahia, Charbel Tauil, destacou a importância do formato na atualização do seu negócio:
“Porto Seguro é um lugar lindo. Você tem turismo na praia, mergulho, terrestre, ecoturismo e envolvemos parceiros regionais e colocamos um desconto dentro das NFTs e um desconto exclusivo vitalício para o Hotel. E cada NFT era para um período do ano”.
A dificuldade sobre a compreensão dessa nova experiência de compra e a necessidade de um olhar educativo para o cliente foram mencionadas por Charbel.
Artista compartilha visão com uso de IA
A palestra “Como Fazer um Prompt Matador”, I.A. art para criadores, artistas e designers apresentada pelo cripto artista Thiago Yaak, discutiu os fundamentos das redes neurais e algoritmos de treinamento para um público de criadores e artistas não-técnicos.
O especialista em Inteligência Artificial generativa enfatizou a importância de entender os algoritmos e as ferramentas utilizadas na criação, a fim de minimizar o viés e otimizar a eficácia dos prompts.
Além disso, Yaak destacou o papel dos prompts no processo criativo, para além do hype em torno da inteligência artificial. Ele compartilhou estratégias eficazes para trabalhar com prompts, arte e inteligência artificial, explicando o funcionamento das redes neurais por trás dos prompts e como cada camada interage, e como criadores podem ampliar seu potencial criativo.
Para o artista as ferramentas agora estão muito mais acessíveis com a disponibilidade para um público mais amplo. Ele terminou enfatizando a responsabilidade individual dos artistas no uso dessas ferramentas:
“Ao entrelaçar a arte com a inteligência artificial, nós, como criadores, assumimos uma responsabilidade dupla. Não somos apenas construtores de beleza, mas também guardiões éticos das ferramentas que usamos. Nossa tarefa é garantir que o poder da AI seja aplicado com consciência e responsabilidade”
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