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Dinossauro da publicidade fala sobre trabalho analógico na Web3 durante NFT.Brasil

4 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Marcello Serpa conta na NFT.Brasil como chegou na Web3.
  • O publicitário assina a coleção digital do Surf Junkie Club.
  • O brasileiro diz que a adoção da web 3 acontecerá quando for mais simples.
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Com 35 anos de publicidade, 168 Leões de Cannes para chamar de seu, o brasileiro mais premiado no maior festival de propaganda do mundo, Marcello Serpa falou sobre a simplicidade – na voraz indústria da publicidade – no último dia de NFT.Brasil.

Serpa, que chegou na Web3 assinando a coleção digital mais bombada da temporada, Surf Junkie Club (SJC), explica que

“Tem que ser simples e facilitar para as pessoas” .

O publicitário, sócio presidente e diretor de criação da AlmapBBDO por mais de duas décadas, falou sobre seus processos criativos. Ele disse ser um ‘dinossauro analógico’ e revelou: “Desenhei com bico de pena antes de digitalizar as artes do SJC.

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Com o tema “DINOSSAUROS ANALÓGICOS VERSUS NFTS E ALGORITMOS”, Marcello apresentou ao público suas campanhas icônicas nacionais e globais. De fato, ele é um dinossauro e dos grandes! Em 1993, antes dos 30 anos, recebeu o prêmio máximo da publicidade mundial, o Grand Prix de Cannes, na França.

Ele também ponderou sobre as diferenças entre as peças publicitárias criadas hoje, e as criadas no início dos anos 90:

“As campanhas analógicas viralizavam sem querer ser viral. Criávamos campanhas que tiravam sarro de famosos. Hoje em dia não se faz mais isso. Quem tira sarro do Cristiano Ronaldo fazendo propaganda de xampu anti caspa hoje? Ninguém. A publicidade ficou mais quadrada.”

Serpa, com a simplicidade sendo uma de suas marcas, lembrou que hoje provavelmente seria processado se continuasse na linha do que produziu entre a década de 1990 e início dos anos 2000, e acrescentou:

“Ideias básicas. Quanto mais simples, mais complexo. É complicado fazer o simples.”

Um exemplo é o filme abaixo feito para Volkswagen:

O brasileiro que trabalha de forma analógica até hoje e depois transfere para o digital, preza desde sempre pela simplicidade.

Como chegou ao Surf Junkie Club

Marcello Serpa programou a saída de uma das maiores agências de publicidade brasileira quando estava no auge da carreira com 50 anos:

“Só consegui sair em 2015, aos 53 anos e não sabia como me reinventaria.”

O processo para deixar uma trajetória de sucesso com mais de três décadas de histórias não foi fácil, contou.

Em 2016, ganhou o prêmio máximo em Cannes, encerrando o ciclo com chave de ouro. No mesmo ano vendeu todas as ações da AlmapBBDO. Serpa citou a feliz parceria com o sócio e amigo, José Luiz Madeira.

Ele disse que precisava de uns anos sabáticos pegando ondas. Não apenas um, e sim alguns anos:

“Foi um processo difícil, mas maravilhoso de sair dos holofotes, da vida da fama e cair (surfar) em um marzão sem ser conhecido como o designer famoso. Sou apenas mais um ali no lineup para pegar onda. Tomo caldos como qualquer um”.

Sete anos se passaram.

Pequenas galáxias dentro de universos minúsculos

O também surfista contou que Felipe Baracchini, um dos fundadores do Surf Junkie bateu à porta dele – em pleno período sabático – e apresentou a ideia do projeto que é sucesso absoluto com benefícios inéditos no planeta.

“Participei de uma exposição de artes em Nova York recentemente e na paralela já estava de olho nos NFTs e Web3 em geral”, contou Serpa.

Após seis anos pintando e pegando ondas no Havaí, onde tem casa, entrou para o time do Surf Junkie Club, e segue com seu processo analógico de criação. Marcello falou sobre a graça e peculiaridade dos Surf Junkies:

“São pequenas galáxias dentro de universos minúsculos”.

O publicitário produziu entre 200 e 300 desenhos com bico de pena e depois usou o algoritmo para criar diferentes detalhes de cada junkie. “Ou seja, é um trabalho analógico, que virou web3!”, revelou o publicitário.

Dinossauro da publicidade fala sobre trabalho analógico na Web3 durante NFT.Brasil
Colecionáveis digitais Surf Junkie Club

Web3 tem que ser acessível

Marcello também ressaltou que para a adoção da Web3 acontecer o processo precisa ser simples, e criticou a linguagem utilizada pela comunidade:

“A tecnologia continua na frente do conteúdo, ainda é um impedimento porque é muito complexa. Quando o uso for mais fácil, aí, sim, a adoção vai acontecer. Mint para mim era menta”.

Sobre o lançamento da coleção SJC e o público-alvo, Serpa conta:

“Achar surfista que gosta de cripto é difícil e quando usamos pix para compra de NFT, facilita o acesso. A Web3 está muito presa na tecnologia e, na verdade, a tecnologia é só um meio”.

Dinossauro da publicidade fala sobre trabalho analógico na Web3 durante NFT.Brasil
Holders do SJC com Marcello Serpa (de azul atrás) na NFT.Brasil / crédito Dani : @oxydani

E finalizou destacando que a principal barreira de adoção atualmente é a falta de simplicificação:

Tem que facilitar. Muita gente deixou de comprar por não saber o que é uma carteira. As pessoas compram NFT e ainda não sabem o que fazer com ele. Hoje as coisas são muito efêmeras. Você coloca um vídeo no Tik Tok que dura 1/2 dias.”

Já os colecionáveis digitais são selos com infinitas possibilidades e usabilidade em diversos setores. Do esporte ao setor imobiliário. Uma pesquisa divulgada na semana passada pela Ripio e Dux afirma que o mercado NFT pode ultrapassar US$ 120 bilhões até 2030.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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