Para o FMI, o método de consenso de prova de participação (PoS) pode centralizar o poder de tomada de decisão do mercado de criptomoedas nas exchanges.
Mesmo sendo um mecanismo mais sustentável do que o método de prova de trabalho (PoW), tendo reduzido consideravelmente os gastos de energia do Ethereum (ETH), o Fundo Monetário Internacional parece preocupado com potenciais riscos que o PoS pode trazer.
Em seu último relatório, a instituição afirma que esse método de consenso “poderia criar uma concentração excessiva de poderes de tomada de decisão em exchanges de criptomoedas e provedores de serviços de carteira, o que pode aumentar os riscos de integridade do mercado”. De fato, tem havido receios de uma possível centralização no Ethereum desde a adoção deste método no dia 15 de setembro, após o The Merge.
Apesar disso, o FMI não incentiva o uso do PoW como forma de prevenção, destacando que esse mecanismo pode prejudicar o “objetivo global de fazer a transição para uma economia de baixo carbono”.
Dessa forma, o documento incentiva uma “abordagem neutra em termos de tecnologia”, onde devem ser consideradas as implicações regulatórias e políticas que “certos tipos de mecanismos de consenso que sustentam blockchains podem gerar”.
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FMI de olho no mundo cripto
Assim como diversos órgãos reguladores ao redor do mundo, o FMI parece preocupado com o avanço que a indústria cripto tem tido nos últimos anos. A instituição se mostrou totalmente contra a decisão de El Salvador de adotar o Bitcoin (BTC) como uma moeda de curso legal em seu território.
Além das preocupações em torno de uma centralização causada pelo método PoS, o relatório mais recente da instituição solicita ao Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) a “liderança na coordenação e estabelecimento de padrões globais para apoiar a regulamentação nacional de criptoativos”.
O documento ainda destaca que há um aumento significativo no uso de criptomoedas como ativos financeiros, especialmente durante períodos de incertezas e preocupações econômicas, como o de agora. Segundo o órgão, os “riscos de estabilidade financeira dos criptoativos podem ainda não ser globalmente sistêmicos, mas as crescentes implicações sistêmicas já podem ser vistas em alguns países”.
Para contornar esse possíveis riscos, o Fundo Monetário Internacional aconselha o registro das principais empresas do setor, que devem ser licenciadas e autorizadas por órgãos competentes para pode desempenhar as suas funções. Além disso, os órgãos reguladores e demais autoridades dos países precisam trabalhar em conjunto devido as “dimensões intersetoriais e transfronteiriças dos criptoativos.
Porém, o FMI aconselha as agências locais e não criarem diretrizes que sejam “sufocantes da inovação”, mas que levem em consideração questões como “volatilidade, conscientização do mercado, conhecimento e compreensão do produto e como os ativos cripto são usados.”
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