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Mineração de criptomoedas sobrecarrega energia no Cazaquistão

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Proibição chinesa para os criptoativos impulsionou ida de mineradores para o país da Ásia central.
  • Energia barata e regulamentação favorável atrai cada vez mais mineiros para o Cazaquistão.
  • Governo do Cazaquistão já começou a limitar consumo de eletricidade, após rede ficar sobrecarregada com mineração de Bitcoin.
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A rede elétrica do Cazaquistão está sobrecarregada devido ao excesso de mineração de criptomoedas, que aumentou depois da proibição da atividade pela China.

Ainda que a taxa de participação do Cazaquistão na rede Bitcoin permaneça em 18% desde agosto, a taxa de hash do país cresceu 43%, segundo o monitoramento feito pela Universidade de Cambridge.  

Esses ganhos pressionaram por mais mineração de criptomoedas em todo mundo. E, mesmo que as redes sejam descentralizadas e sem fronteiras, é necessário um sistema de energia que suporte a mineração .

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O governo do Cazaquistão já começou a limitar o consumo da eletricidade e comprar energia da Rússia, segundo um relatório do Financial Times. No primeiro semestre deste ano, a antiga república soviética viu sua taxa de hash subir de 8,2% em abril para 18,1% em agosto de acordo com o índice de consumo de eletricidade Bitcoin de Cambridge.

O Cazaquistão se tornou um dos destinos favoritos dos mineradores após a proibição da atividade pela China. Isto tornou a nação da Ásia Central como a segunda maior presença na rede atrás apenas dos Estados Unidos com 35% .

Enquanto isso, a participação da Rússia cresceu para 11%, de 6,8%, no mesmo período. Os pesquisadores do instituto, que faz parte da Cambridge Judge Business School da University of Cambridge, coletam dados sobre os endereços IP de operadoras de mineração de BTC.com, Poolin, ViaBTC e Foundry.

Desde que o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption divulgou pela última vez as estimativas da taxa de hash por país em julho de 2021, a taxa de hash da rede total aumentou 43%. Segundo a medição, o índice caiu um pouco porque muitas fazendas de mineração ficaram fora do ar após a proibição da China, mas antes disso, registrou um  movimento de crescimento de janeiro a abril.  

Segundo a DC Forecast, recentemente, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, propôs uma a construção de uma usina nuclear para sustentar o crescimento da mineração do país e a sugestão foi feita durante uma reunião com os banqueiros após várias propostas que visam aumentar a contribuição do sistema financeiro interno para o desenvolvimento econômico e o bem-estar dos cidadãos. 

Custos de energia e sucesso das criptomoedas

Após a repressão da China à mineração de criptoativos, o Cazaquistão se tornou o local perfeito para os mineiros chineses migrarem e a falta de intervenção governamental, assim como os baixos custos de energia, tornaram o país um destino promissor e muito desejado assim como os Estados Unidos, que têm visto vários políticos apoiando a mineração e o uso dos criptoativos.

Recentemente os prefeitos de Miami e Nova York, além do governador do Texas, anunciaram várias ações para apoiar as criptomoedas que vão desde o recebimento de salários até a implantação do tema em escolas

O caso do Cazaquistão pode acender uma luz vermelha no Brasil com o recente boom das criptomoedas na maior economia da América Latina. Para se ter uma ideia do sucesso do Bitcoin nos últimos anos, o número de endereços com pelo menos 0,001 BTC registrou um aumento de quase 100% desde 2019. Houve um incremento de 100.000 no número de endereços que possuem até 10 BTC em relação a 2019.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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