O Facebook perdeu cerca de US$ 500 bilhões em valor de mercado desde que mudou seu nome para Meta, em outubro do ano passado.
A mudança de nome parece não ter sido capaz de afastar os problemas que a agora Meta tem enfrentado nos últimos meses. A companhia liderada por Mark Zuckerberg entrou em uma grande crise institucional após uma ex-funcionária vazar documentos que comprovavam que a empresa encorajava a disseminação de fake news para manter o engajamento dos usuários em suas redes sociais.
O rebranding era visto não somente como uma tentativa de limpar a imagem da empresa, mas também para anunciar sua nova área de atuação: o metaverso. No entanto, ainda há muito desconfiança por parte dos usuários em relação aos planos que Zuckerberg possui para a Meta.
Além disso, as mudanças de privacidade que a Apple e Google passaram a oferecer em seus dispositivos, limitando o rastreamento que pode ser realizado das atividades dos usuários, tem prejudicado o modelo de negócios atual da empresa.
Ao ter mais dificuldade em identificar as movimentações dos seus usuários na internet, a companhia não consegue linkar anúncios que são condizentes às suas preferências e históricos de pesquisa. A Meta também tem enfrentado problemas nesta área com a União Europeia, chegando a cogitar suspender o Facebook e Instagram na região.
US$ 500 bilhões evaporam
Segundo o New York Mag, a Meta perdeu cerca de US$ 500 bilhões em valor de mercado desde outubro, quando passou a adotar seu novo nome. As ações da empresa acumulam uma baixa de 40% somente nos últimos 30 dias.
Com isso, a companhia, que chegou a ser o sexto maior ativo financeiro em capitalização, ocupa atualmente o 13º lugar, com um valor de mercado de US$ 584 bilhões. Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) ocupam a 9º e 33º posição, com uma capitalização de US$ 721 bilhões e US$ 316 bilhões, respectivamente, segundo o InfinityMarketCap.
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Meta pode virar o jogo?
Grandes partes das fichas da Meta sobre o seu futuro estão apostadas na adesão que o metaverso terá nos próximos anos. Neste sentido, um estudo prevê que 25% da população passará pelo menos uma hora conectada em um ambiente de realidade virtual num futuro próximo.
Ainda segundo o JP Morgan, este novo mercado que está surgindo pode movimentar trilhões de dólares nos próximos anos. Caso isso ocorra, a Meta pode, ao tomar a dianteira deste segmente, alcançar lucros maiores do que os prejuízos atuais.
Porém, a empresa irá enfrentar a concorrência de diversas empresas de tecnologia, como a própria Apple e Microsoft. Além disso, tanto a Meta quanto Zuckerberg terão que melhorar suas reputações. Uma pesquisa observou que boa parte do público, apesar de olhar o metaverso com bons olhos, não deseja entrar em um ambiente administrado pela companhia e pelo bilionário.
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