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Mercado x COVID-19: corte na SELIC e liquidez são suficientes para combater a pandemia?

2 mins
Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Mercado de ações está surfando na onda da liquidez e continua positivo no mundo todo
  • Brasil segue a linha do otimismo internacional, com IBOV em alta
  • Porém, os estímulos são suficientes para combater a realidade da pandemia?
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Mercado x COVID-19: B3 Bovespa segue a linha das Bolsas internacionais e mantém a subida. Corte na SELIC e injeção de liquidez pelo BC auxiliam o mercado de ações. Porém, será que é possível se contrapor à realidade da pandemia do COVID-19 no Brasil?
Atualmente, está ocorrendo um embate de interesses: as Bolsas de Valores estão subindo, devido aos estímulos proporcionados pelo FED e demais Bancos Centrais. Além disso, o otimismo com a reabertura das economias impulsiona o mercado de ações. No Brasil, o provável corte da SELIC também ajuda na valorização da B3 Bovespa. Porém, será que os investidores estão excessivamente otimistas? A pandemia do COVID-19 caminha longe de uma resolução, principalmente no Brasil.

COVID-19 coloca investidores contra a parede

Nasdaq 100 bate recorde intradiário em meio à pandemia
Nasdaq 100 bate recorde intradiário em meio à pandemia
A pandemia provocada pelo novo coronavírus ainda não está completamente resolvida em nenhum lugar do mundo. Assim, mesmo nos países em que a pandemia está controlada, ainda é difícil prever quando será possível voltar à normalidade. Por conta da preocupação das autoridades com a pandemia, é difícil entender o otimismo dos mercados. O exemplo mais marcante vem dos EUA: em meio aos protestos raciais e o COVID-19, a Nasdaq bateu a sua máxima histórica. Porém, como explicar o recorde do mercado de ações em meio a um dos momentos mais problemáticos da história recente? No Brasil, a situação é parecida. O IBOV, índice que mede o desempenho das principais ações da B3 Bovespa, disparou há algumas semanas:
IBOV no intervalo de 30 dias
IBOV no intervalo de 30 dias
No gráfico, é possível observar o comportamento do índice nos últimos 30 dias. Mesmo com o país batendo recordes no número de mortos e infectados com o COVID-19, a Bolsa parece imune ao problema. Porém, vale ressaltar que houve um choque de realidade no dia 10 de junho. Isso aconteceu porque o presidente do Banco Central americano discursou de maneira cautelosa sobre a recuperação da economia norte-americana. Mesmo assim, o IBOV segue subindo. Hoje, o COPOM vai se reunir para decidir sobre a SELIC. É provável que a taxa básica de juros da economia brasileira caia, de 3% para 2,25%.

Mercado não pode negar a realidade para sempre

Parece óbvio, mas não é: o mercado não pode negar a realidade do COVID-19. Num embate “Mercado x COVID-19”, um possível rebote da doença pode trazer consequências graves para a economia do Brasil e dos demais países do mundo. Há que se ressaltar que alguns fatores contribuem para a subida das ações, como:
  • Injeção de liquidez pelo Banco Central
  • SELIC baixa aponta para mais crédito na praça
  • Volta das atividades econômicas
Porém, caso o coronavírus volte com força, é provável que os mercados sofram prejuízos bilionários. Portanto, é necessário ter cautela em relação ao otimismo com a reabertura.
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Nicolas Nogueira
Nicolas se formou em Direito pela Universidade Federal do Paraná e é pós-graduado em Gestão de Negócios Internacionais. Atualmente, cursa Jornalismo na FAPCOM. Escreve sobre economia, política e história há alguns anos. Em 2017, após entrar em contato com a tecnologia blockchain, se entusiasmou com o seu potencial e passou a estudar as aplicações da tecnologia aos diversos setores da economia. Seu foco está em discutir as melhores maneiras de alavancar o desenvolvimento nacional através...
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