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Pesquisa da Bitget revela perfil de candidatos a empregos no mercado cripto

4 mins
Atualizado por Aline Fernandes

Um levantamento feito pela exchange de Seychelles revela que 1/3 das pessoas que se candidatam a uma vaga para trabalhar com criptoativos são ex-colaboradores dos setores bancário e financeiro. 

O impacto das tecnologias descentralizadas nos bancos em 2023, trabalho remoto e a como a digitalização influenciaram o mercado de trabalho financeiro, também estão no estudo da Bitget.

Iniciativas globais descentralizadas de gigantes da indústria fiduciária como JPMorgan Chase, Citi Group, HSBC, Black Rock entre outros ajudaram a impulsionar a adoção da blockchain no mercado bancário tradicional, ressalta o estudo.

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33% dos candidatos a vagas em exchanges cripto são do setor bancário

O destaque ficou com as tendências de recrutamento no setor de blockchain. E o resultado foi a descoberta de que hoje, especialistas e talentos do mercado financeiro estão de olho nas novas oportunidades do ecossistema cripto.

Além das novas tecnologias, esses profissionais acreditam que as inovações irão garantir melhores perspectivas futuras

“O resultado é uma fuga de cérebros dos bancos tradicionais, o que leva a uma reavaliação das abordagens de contratação e das ofertas de pagamentos do setor”, explica o relatório da Bitget.

Conforme os dados, apenas no Reino Unido houve um aumento de 46% nas vagas relacionadas à tecnologia em 2020 – um terço de todos os empregos anunciados no país. Só no Goldman Sachs, 30% dos funcionários são engenheiros de software.

Os bancos estão perdendo a força de trabalho jovem, que está em busca de inovação tecnologia em tempos de Inteligência Artificial (IA) e a era da economia tokenizada.

“A saída foi de certa forma equilibrada pelo setor de alta tecnologia, nenhuma empresa como Coinbase, Amazon, Alphabet, Microsoft e outras contrataram de 20 a 200 funcionários. O mercado criptográfico liderou a onda de contratações: Coinbase atraiu 197 talentos e Amber Group, 250. Essa dinâmica continua, apesar da crise da FTX em 2022, que causou a perda de mais de 2.000 empregos no setor.”

Salários maiores no setor cripto

Após a pandemia e a onda de trabalho remoto e digitalização, muitas instituições financeiras reduziram salários, ao contrário do mercado de criptoativos. O setor tem oportunidades com remuneração maior e ofertas mais competitivas para colaboradores remotos.

Conforme a Bitget, em 2022, 36% das vagas de blockchain eram remotas, o dobro da média mundial estimado de 16%. Quanto aos investimentos, o salário inicial dos engenheiros juniores de startups de criptomoedas em Londres é em média cerca de US$ 125.000 (mais incentivos), em comparação aos US$ 87.810 que os bancos de investimento oferecem para cargas semelhantes. 

“A diferença é expressiva no caso dos bancos, onde o salário médio é de US$ 54.000, enquanto as empresas de criptomoedas oferecem cerca de US$ 115.667.”

Usando utiliza contagens de currículos para evidenciar a movimentação de profissionais no setor bancário, o documento informa que a quantidade anual de currículos vinculados ao setor bancário aumentou de 880 para 1.440 ao longo de dois anos, representando um crescimento de 113% em 2022 e 143% em 2023. O que corresponde a 33% do total de currículos analisados no ano passado.

No que diz respeito ao interesse dos profissionais em fóruns de criptomoedas, houve um aumento significativo de 180%, quase dobrando para 330% ao longo do mesmo período de dois anos.

Investimentos no setor bancário de varejo de blockchain chegarão a US$ 40,4 bilhões até 2031

As projeções apontam que o impacto da blockchain no setor bancário alcançará um marco de US$ 40,4 bilhões até 2031, com uma taxa de crescimento anual composta de 40,4%.

Além disso, estima-se que os gastos bancários em blockchain atinjam aproximadamente US$ 22,5 bilhões no período entre 2025 e 2026.

A redução de 50% nas receitas dos bancos descobertos em mais de 70.000 demissões entre 2020 e 2023;

Com menos investimento na retenção de talentos e corte de verbas em mais de 50% em relação à 2022, é quase impossível frear a migração de especialistas talentosos

“As reorganizações de bancos como Morgan Stanley, BlackRock, Goldman Sachs e outros, por si só, resultaram em mais de 50.000 cortes de funcionários desde 2020. Houve mais 20.000 demissões em cinco grandes bancos em 2023.”, alerta o estudo.


Razões como intensa dedicação, reconhecimento na indústria, perspectivas de desenvolvimento e adaptabilidade são identificadas como os principais impulsionadores da migração de profissionais para o setor criptográfico.

Por outro lado, os bancos estão adotando uma abordagem gradual: 74% dos CFOs entrevistados pela Deloitte indicaram que têm planos de transição para o trabalho remoto para funcionários que originalmente desempenhavam suas funções de forma presencial.

Fatores como altos esforços, prestígio no setor, oportunidades de crescimento e flexibilidade são apontados como os principais motivos para a migração de funcionários para o setor criptográfico. 

“O último relatório da Bitget esclarece a notável transformação que está ocorrendo no mercado de trabalho financeiro, à medida que as criptomoedas ganham impulso e a descentralização transformam o sistema bancário tradicional. Os dados indicam uma mudança significativa, com talentos do setor bancário migrando para a criptomoeda, atraídos pela promessa de inovação mais altos e perspectivas de inovação. Essa mudança pode levar ao aumento de fusões e aquisições em ambos os mercados, impactando a redução de empregos e a transformação do mercado de trabalho. Diante das ameaças do setor criptográfico, continuamos comprometidos em fornecer insights valiosos para capacitar profissionais e participantes do mercado a explorar esse mercado em evolução”, disse a diretora administrativa da Bitget, Gracy Chen.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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