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Com maior departamento de Digital Assets da América Latina, Itaú quer novos clientes de criptomoedas. Veja como

4 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • O Itaú quer atrair novos clientes de criptoativos.
  • O banco tem o maior departamento de Digital Assets da América Latina.
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A declaração foi feita pelo head da Digital Assests, Guto Antunes durante o encontro do banco: Criptoeconomia: Tecnologia e a tokenização da economia, com jornalistas na capital paulista.

Com quase um ano de casa e forte experiência nos mercados fiat e cripto, Antunes disse que o banco tem um papel muito importante para trazer novos clientes para o setor de criptoativos. A educação é um dos pilares da área do executivo.

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E com certeza a instituição está no caminho certo, já que segundo a Receita Federal, 3,2 milhões de brasileiros reportaram investimentos em cripto em julho de 2023.

Foco do Digital Assets é educação

Com 55 milhões de clientes, a Itaú Digital Asset é a área do banco que também atua com forte foco em educação, além de ser uma fintech. Atualmente são 66 colaboradores.

A captação estimada de criptoativos no mundo está em US$ 1 trilhão, conforme o Itaú. No Brasil, entre seis e sete milhões de brasileiros investem em cripto.

“Isso é muito relevante. Ao longo dos últimos anos, diversas categorias de provedores de serviço surgiram, criando uma cadeia de valor complexa e completamente nova”, explicou Thiago Mello, Group Digital Assets. Mello, que também trabalha na parte de infraestrutura do DREX lembrou que a usabilidade é uma das chaves para maior adoção.

Casos de Uso

Entre os casos de uso citados, o Agrotoken se destacou. A iniciativa da plataforma argentina em parceria com a Visa e Microsoft, permite tokenizar commodities agrícolas.

Como funciona?

Os tokens são convertidos, pela Agrotoken, como crédito para o produtor transacionar os grãos; ou seja, ele pode pagar suas compras em sacas de soja, milho ou trigo utilizando o cartão Agrotoken Visa como meio de pagamento.

processo de pagamento com tokens acontece de maneira simples, rápida e segura via blockchain. Criptografado pela Algorand em parceria com a Pomelo e demora menos de 4s.

BCs de olho em cripto

Os bancos centrais têm que ficar de olho na nova demanda cripto e nunca houve na história uma tentativa de criar uma cripto-economia, disse Thiago.

Ele também citou o Yuan Digital como case de sucesso da China. Mas totalmente centralizado e muito diferente da CBDC brasileira ou de Bahamas, por exemplo.

“Quando se fala em BC brasileiro, o Brasil saiu na frente. Além da CBDC, tem o pix que é um sucesso de adoção, enquanto o FedNow nunca realizou nenhuma transação instantânea.”

DREX

A agenda começou oficialmente em maio de 2021, quando o BC publicou as primeiras diretrizes sobre Real Digital, batizado de DREX. Em março de 2022 começou o Lift com a apresentação dos cases e desafios.

O Lift Challenge foi específico de CBDC e o Itaú foi um dos selecionados para participar da iniciativa. À época, o banco fez uma simulação com a Colômbia porque o BC queria fazer provas de conceitos e testes. Este ano, o Bacen selecionou 16 participantes do piloto da Drex.

Em julho, o banco instalou o primeiro nó validador da blockchain do real digital e começou os testes de tokenização da moeda. No mês passado, o Itaú fez a primeira emissão de real digital na Rede. Na semana passada, foi realizado um depósito à vista tokenizado com o BTG. Hoje são seis as instituições que já deram a largada,

“A tecnologia tem se mostrado robusta e resiliente. Estamos testando muito segurança, privacidade e resiliência.”

Drex focado em jornadas interbancárias, o piloto do DREX testará transações em três camadas:

  1. Título Público Federal Tokenizado
  2. Real Tokenizado
  3. STR (CBDC)

A ideia são trocas mais eficientes, rápidas e escaláveis.

Com maior departamento de Digital Assets da América Latina, Itaú quer novos clientes de criptomoedas. Veja como
Imagem: Equipe Itaú Digital Assets

Rede multiativos e multichain

A ideia no futuro é uma interoperabilidade multichain regulada, acredita o banco.

“Não tem modelo vencedor. O papel da sociedade com o Bacen será fundamental e isso já está acontecendo.”

O BC já abriu consulta pública para ouvir a opinião dos brasileiros.

A primeira fase de testes do Drex, originalmente planejada para encerrar até março de 2024, agora deve se estender até maio do próximo ano. A lentidão na inclusão de participantes na rede e desafios relacionados à privacidade são as principais razões para esse atraso.

CeFi x DeFi

“Estamos estudando muitos casos de uso. É um desejo. O PVP pode ser bom caminho, mas
as possibilidades estão sendo construídas e ainda tem muita coisa para acontecer”, ressalta Thiago ao ser questionado pela reportagem sobre a interação entre DeFi x CeFi, citada com frequência como desejo pelo próprio Banco Central.

Há muitas coisas para serem discutidas como, por exemplo, KYC quando se fala em CeFi x DeFi. A clareza regulatória também foi citada para que as operações fluam melhor na opinião do executivo.

“Existe um caminho híbrido. É possível centralizar uma parte da operação, mas ainda é um tema que precisa de muitas discussões.”

Aprendizado

Entre os aprendizados citados pelo Itaú sobre a cripto economia um deles é que “ainda estamos no início da jornada e os maiores ganhos percebidos estão mais relacionados a eficiência operacional.”

Os benefícios virão primeiro com instituições financeiras, parcerias do Bacen nessa construção.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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