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Israel congela endereços de carteiras cripto ligadas ao Hamas

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • A polícia de Israel apreendeu criptomoedas pertencentes ao Hamas após o ataque terrorista de sábado.
  • O grupo teria solicitado doações em criptomoedas de seus apoiadores por meio de redes sociais.
  • Os EUA enviaram equipamento e pessoal militar para perto de Israel para impedir que o Irã, que apoia o Hamas, se envolva na guerra.
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A polícia de Israel sequestrou contas cripto pertencentes ao grupo terrorista Hamas. O grupo teria direcionado o financiamento recebido por meio de redes sociais para carteiras de custódia em uma exchange.

O Lahav 433, o órgão israelense equivalente à Polícia Federal (PF) no Brasil, conduziu a apreensão com a ajuda da Binance. Após a descoberta, a polícia transferiu fundos das carteiras do Hamas para o tesouro do governo israelita.

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Israel localiza carteiras do Hamas

Segundo a polícia, o Hamas teria solicitado doações em criptomoedas após lançar sua ofensiva contra Israel no sábado. Em seguida, o grupo encaminhou estes fundos para carteiras de custódia em uma exchange.

“Quando a guerra eclodiu, o Hamas lançou uma campanha de angariação de fundos nas redes sociais, pedindo ao público que depositasse criptomoedas na sua conta. A unidade cibernética e de câmbio trabalhou imediatamente para localizar e congelar estas contas, auxiliada pela Binance”, disse um porta-voz da polícia.

As polícias de Israel e do Reino Unido também localizaram uma conta bancária britânica que o Hamas utilizou para solicitar financiamento adicional.

 “A polícia israelita, os militares e outros parceiros continuarão a combater o financiamento do terrorismo e a danificar os ativos financeiros estratégicos das organizações terroristas”, acrescentou o porta-voz.

O cofundador da Binance, He Yi, disse que a cooperação da Binance com Israel era apolítica e se aplicava apenas ao Hamas e não a toda a região da Palestina. A exchange não pôde recusar o pedido de aplicação da lei, dada a designação do Hamas pelas Nações Unidas como grupo terrorista.

Em 2022, a polícia de Israel apreendeu fundos em contas da Binance que eles acreditavam pertencerem ao Hamas. A Binance rejeitou uma reportagem da Reuters por supostamente deturpar suas medidas de combate ao terrorismo.

Em março, a Commodity Futures Trading Commission (CTFC) dos EUA abriu um processo contra a Binance, sugerindo uma abordagem negligente para detectar atividades criminosas. A agência não apresentou nenhuma acusação criminal contra a exchange até o momento.

O elo do Irã com o terrorismo

O Hamas lançou, no sábado, o seu primeiro ataque mortal contra Israel desde 1948, matando mais de 1.500 cidadãos e fazendo pelo menos 100 reféns. Os cidadãos apelaram ao governo para lançar uma ofensiva terrestre.

A medida pode levar à instabilidade na Faixa de Gaza, uma região da Palestina a partir da qual o Hamas lançou o seu ataque.

Israel congela endereços de carteiras cripto ligadas ao Hamas
Fonte: Financial Times

Para complicar o conflito, há o apoio do Irã ao Eixo da Resistência, um grupo que inclui o Hamas e cujo único objetivo é exterminar Israel.

A missão do Irã na ONU afirmou, no entanto, que embora apoie a Palestina, o ataque do Hamas foi levado a cabo “exclusivamente pela própria Palestina”.

Independentemente disso, os EUA decidiram mover um grupo de porta-aviões e aeronaves militares para perto de Israel, em parte, para dissuadir o Irã. Várias potências ocidentais, incluindo os EUA, sancionaram o país devido ao seu programa de enriquecimento de urânio, considerado um precursor do armamento nuclear.

Em 2022, a Reuters sugeriu que a Binance permitiu que o Irã usasse sua plataforma para contornar as sanções dos EUA estabelecidas em 2018. A Binance disse que liquidou todas as contas pertencentes a iranianos no mesmo ano, uma afirmação contestada por alguns usuários do país.

No mesmo ano, a Kraken, outra grande exchange, fez um acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) por supostamente permitir que 1.500 iranianos usassem sua plataforma, apesar das sanções. A empresa pagou ao regulador US$ 360.000 com um complemento de US$ 100.000.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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