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Israel congela endereços de carteiras cripto ligadas ao Hamas

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Escrito por
Júlia V. Kurtz

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Editado por
Thiago Barboza

10 outubro 2023 14:00 BRT
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  • A polícia de Israel apreendeu criptomoedas pertencentes ao Hamas após o ataque terrorista de sábado.
  • O grupo teria solicitado doações em criptomoedas de seus apoiadores por meio de redes sociais.
  • Os EUA enviaram equipamento e pessoal militar para perto de Israel para impedir que o Irã, que apoia o Hamas, se envolva na guerra.
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A polícia de Israel sequestrou contas cripto pertencentes ao grupo terrorista Hamas. O grupo teria direcionado o financiamento recebido por meio de redes sociais para carteiras de custódia em uma exchange.

O Lahav 433, o órgão israelense equivalente à Polícia Federal (PF) no Brasil, conduziu a apreensão com a ajuda da Binance. Após a descoberta, a polícia transferiu fundos das carteiras do Hamas para o tesouro do governo israelita.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

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Israel localiza carteiras do Hamas

Segundo a polícia, o Hamas teria solicitado doações em criptomoedas após lançar sua ofensiva contra Israel no sábado. Em seguida, o grupo encaminhou estes fundos para carteiras de custódia em uma exchange.

“Quando a guerra eclodiu, o Hamas lançou uma campanha de angariação de fundos nas redes sociais, pedindo ao público que depositasse criptomoedas na sua conta. A unidade cibernética e de câmbio trabalhou imediatamente para localizar e congelar estas contas, auxiliada pela Binance”, disse um porta-voz da polícia.

As polícias de Israel e do Reino Unido também localizaram uma conta bancária britânica que o Hamas utilizou para solicitar financiamento adicional.

 “A polícia israelita, os militares e outros parceiros continuarão a combater o financiamento do terrorismo e a danificar os ativos financeiros estratégicos das organizações terroristas”, acrescentou o porta-voz.

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O cofundador da Binance, He Yi, disse que a cooperação da Binance com Israel era apolítica e se aplicava apenas ao Hamas e não a toda a região da Palestina. A exchange não pôde recusar o pedido de aplicação da lei, dada a designação do Hamas pelas Nações Unidas como grupo terrorista.

Em 2022, a polícia de Israel apreendeu fundos em contas da Binance que eles acreditavam pertencerem ao Hamas. A Binance rejeitou uma reportagem da Reuters por supostamente deturpar suas medidas de combate ao terrorismo.

Em março, a Commodity Futures Trading Commission (CTFC) dos EUA abriu um processo contra a Binance, sugerindo uma abordagem negligente para detectar atividades criminosas. A agência não apresentou nenhuma acusação criminal contra a exchange até o momento.

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O elo do Irã com o terrorismo

O Hamas lançou, no sábado, o seu primeiro ataque mortal contra Israel desde 1948, matando mais de 1.500 cidadãos e fazendo pelo menos 100 reféns. Os cidadãos apelaram ao governo para lançar uma ofensiva terrestre.

A medida pode levar à instabilidade na Faixa de Gaza, uma região da Palestina a partir da qual o Hamas lançou o seu ataque.

Israel congela endereços de carteiras cripto ligadas ao Hamas
Fonte: Financial Times

Para complicar o conflito, há o apoio do Irã ao Eixo da Resistência, um grupo que inclui o Hamas e cujo único objetivo é exterminar Israel.

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A missão do Irã na ONU afirmou, no entanto, que embora apoie a Palestina, o ataque do Hamas foi levado a cabo “exclusivamente pela própria Palestina”.

Independentemente disso, os EUA decidiram mover um grupo de porta-aviões e aeronaves militares para perto de Israel, em parte, para dissuadir o Irã. Várias potências ocidentais, incluindo os EUA, sancionaram o país devido ao seu programa de enriquecimento de urânio, considerado um precursor do armamento nuclear.

Em 2022, a Reuters sugeriu que a Binance permitiu que o Irã usasse sua plataforma para contornar as sanções dos EUA estabelecidas em 2018. A Binance disse que liquidou todas as contas pertencentes a iranianos no mesmo ano, uma afirmação contestada por alguns usuários do país.

No mesmo ano, a Kraken, outra grande exchange, fez um acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) por supostamente permitir que 1.500 iranianos usassem sua plataforma, apesar das sanções. A empresa pagou ao regulador US$ 360.000 com um complemento de US$ 100.000.

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