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Investidor que previu a crise de 2008 faz nova aposta contra os EUA

3 mins
Por Martin Young
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A empresa do renomado investidor Michael Burry, Scion Asset Management, fez uma aposta de US$ 1,6 bilhão contra o mercado de ações dos Estados Unidos.
  • Burry mudou suas apostas, sinalizando uma falta de confiança na recuperação econômica do país.
  • Uma possível recessão nos EUA pode impactar negativamente o mercado cripto, com menos dinheiro disponível para ativos mais arriscados.
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O renomado investidor americano e gerente de fundos hedge Michael Burry fez uma grande aposta contra os mercados de ações dos EUA. O movimento sugere que sua empresa não confia na recuperação econômica do país.

Na segunda-feira (14), a Scion Asset Management, de Michael Burry, investiu US$ 1,6 bilhão em apostas contra o mercado de ações – operações short.

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Michael Burry aposta numa recessão dos EUA

O investidor ficou conhecido pela sua grande aposta contra a bolha imobiliária que gerou a crise mundial de 2008. Sua decisão, considerada loucura na época, foi transformada em um livro e no filme “The Big Short”. Agora, o investidor está fazendo outro movimento ousado, contra o S&P 500 e o Nasdaq 100 no último trimestre.

De acordo com os registros de valores mobiliários divulgados em 14 de agosto, a Scion comprou opções de venda com um valor nocional de US$ 886 milhões contra o SPDR S&P 500 ETF Trust. O fundo acompanha o S&P 500, um amplo índice de mercado que busca capturar o desempenho geral do mercado de ações de grande capitalização dos EUA.

Além disso, ele também comprou US$ 739 milhões em opções de venda de valor contra o Invesco QQQ Trust ETF QQQ. Este fundo acompanha o índice Nasdaq 100 de alta tecnologia.

Opções de venda são contratos de derivativos que dão ao investidor a opção de vender a um determinado preço. Em outras palavras, em lucrar com a queda dos ativos que eles representam.

Os US$ 1,6 bilhão que a Scion gastou apostando contra os mercados representam 93% de todo o portfólio do fundo. No entanto, a Carta de Kobeissi dizia: “Embora não saibamos o preço pago por contrato, o total é MUITO INFERIOR a US$ 1,6 bilhão”. Isso ocorre devido à forma como as opções são relatadas.

Fonte: X/@whalewire

Burry também trocou suas apostas em gigantes do comércio eletrônico chinês e bancos por companhias de navegação, mineração e energia.

No início deste ano, o investidor alertou que os Estados Unidos poderiam entrar em recessão antes do final do ano. Além disso, ele previu uma queda no índice de preços ao consumidor e uma desaceleração nos aumentos das taxas do Federal Reserve.

Perspectivas de mercado

Na semana passada, o diretor de investimentos da CIBC Private Wealth US, David Donabedian, disse à CNN que a economia e os mercados ainda correm risco.

“Nossa visão o tempo todo era de que provavelmente teríamos uma recessão que começaria no segundo semestre deste ano e, na verdade, ainda achamos que isso é provável.”

Uma recessão nos EUA não seria uma boa notícia para o mercado cripto, pois há menos dinheiro para ser gasto em ativos de risco. Os mercados estão em estado de letargia há cinco meses, embora os analistas estejam geralmente otimistas sobre o futuro.

Alguns citaram as aprovações de ETF, o fim dos aumentos de taxas do Fed e uma maior adoção por meio de novos lançamentos, como a stablecoin do PayPal, como possíveis catalisadores de crescimento.

No entanto, houve pouco crescimento nos últimos dias, com a capitalização total da indústria cripto permanecendo em US$ 1,2 trilhão.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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