O renomado investidor americano e gerente de fundos hedge Michael Burry fez uma grande aposta contra os mercados de ações dos EUA. O movimento sugere que sua empresa não confia na recuperação econômica do país.
Na segunda-feira (14), a Scion Asset Management, de Michael Burry, investiu US$ 1,6 bilhão em apostas contra o mercado de ações – operações short.
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Michael Burry aposta numa recessão dos EUA
O investidor ficou conhecido pela sua grande aposta contra a bolha imobiliária que gerou a crise mundial de 2008. Sua decisão, considerada loucura na época, foi transformada em um livro e no filme “The Big Short”. Agora, o investidor está fazendo outro movimento ousado, contra o S&P 500 e o Nasdaq 100 no último trimestre.
De acordo com os registros de valores mobiliários divulgados em 14 de agosto, a Scion comprou opções de venda com um valor nocional de US$ 886 milhões contra o SPDR S&P 500 ETF Trust. O fundo acompanha o S&P 500, um amplo índice de mercado que busca capturar o desempenho geral do mercado de ações de grande capitalização dos EUA.
Além disso, ele também comprou US$ 739 milhões em opções de venda de valor contra o Invesco QQQ Trust ETF QQQ. Este fundo acompanha o índice Nasdaq 100 de alta tecnologia.
Opções de venda são contratos de derivativos que dão ao investidor a opção de vender a um determinado preço. Em outras palavras, em lucrar com a queda dos ativos que eles representam.
Os US$ 1,6 bilhão que a Scion gastou apostando contra os mercados representam 93% de todo o portfólio do fundo. No entanto, a Carta de Kobeissi dizia: “Embora não saibamos o preço pago por contrato, o total é MUITO INFERIOR a US$ 1,6 bilhão”. Isso ocorre devido à forma como as opções são relatadas.
Burry também trocou suas apostas em gigantes do comércio eletrônico chinês e bancos por companhias de navegação, mineração e energia.
No início deste ano, o investidor alertou que os Estados Unidos poderiam entrar em recessão antes do final do ano. Além disso, ele previu uma queda no índice de preços ao consumidor e uma desaceleração nos aumentos das taxas do Federal Reserve.
Perspectivas de mercado
Na semana passada, o diretor de investimentos da CIBC Private Wealth US, David Donabedian, disse à CNN que a economia e os mercados ainda correm risco.
“Nossa visão o tempo todo era de que provavelmente teríamos uma recessão que começaria no segundo semestre deste ano e, na verdade, ainda achamos que isso é provável.”
Uma recessão nos EUA não seria uma boa notícia para o mercado cripto, pois há menos dinheiro para ser gasto em ativos de risco. Os mercados estão em estado de letargia há cinco meses, embora os analistas estejam geralmente otimistas sobre o futuro.
Alguns citaram as aprovações de ETF, o fim dos aumentos de taxas do Fed e uma maior adoção por meio de novos lançamentos, como a stablecoin do PayPal, como possíveis catalisadores de crescimento.
No entanto, houve pouco crescimento nos últimos dias, com a capitalização total da indústria cripto permanecendo em US$ 1,2 trilhão.
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