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Inflação no Brasil deve piorar e deixar real mais fraco em 2021, mostra pesquisa

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Escrito e editado por
Paulo Alves

18 janeiro 2021 16:21 BRT
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  • Novo levantamento do Banco Central mostra pessimismo do mercado para inflação.
  • Aumento de IPCA e IGP-M em 2021 pode desencadear reajuste da Selic.
  • Além da inflação, o dólar pode ser impactado.
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Mercado aumenta projeção de inflação para 2021 e volta a levantar possibilidade de aumento da taxa de juros, que poderia impactar dólar.

O Brasil deverá seguir com problemas para enfrentar a inflação em 2021. Em novo levantamento do Banco Central, o mercado mostra nova dose de pessimismo para os preços em reais para este ano.

Segundo nova edição do relatório Focus do BC, o mercado voltou a piorar estimativas de inflação para 2021. Na média, os agentes ouvidos consideram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caminha para atingir 3,43%.

Já considerando apenas a opinião de quem foi ouvido nos últimos dias, a inflação esperada salta para 3,47%, revelando, então, uma tendência de alta. A projeção subiu de 3,35% e 3,37%, respectivamente, na pesquisa de um mês atrás.

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Além disso, o relatório também aponta estimativas de alta para o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M). De 4,70% há um mês, o mercado passou a ver o índice em 4,94% no fechamento do ano. O crescimento do índice, dessa forma, indica um possível aumento maior dos alugueis para 2022.

Inflação, juros e dólar

dolar

A nova alta da projeção de inflação acende novamente o alerta do Banco Central para um possível ajuste nos juros. A estimativa se aproxima da meta fiscal do BC e, por isso, poderia levar a uma antecipação no calendário de reajuste da Selic.

O aumento da taxa de juros funciona como uma trava para a economia. Com crédito mais caro no mercado, o consumo tende a cair e, assim, os preços são contidos. Investidores estão de olho em uma eventual subida da Selic, que por sua vez impactaria positivamente no rendimento de aplicações atreladas ao índice.

real inflação

Por outro lado, se a Selic de fato subir, o dólar também deverá reagir. A moeda americana vem de queda após subir a R$ 5,50, mas fechou a semana passada em alta em relação aos primeiros dias do ano, por R$ 530. No radar dos investidores está o tamanho do novo pacote de estímulos nos EUA.

Nesta segunda-feira (18), o dólar opera em baixa a R$ 5,27 em dia de mercado fechado nos EUA pelo feriado do Dia de Martin Luther King Jr.

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