Cerca de US$ 1,4 bilhão foram roubados por hackers em violações de pontes cross-chain este ano, conforme dados apresentados pela empresa de análise de blockchain Chainalysis.
A pesquisa revelou que num espectro mais amplo foram drenados cerca de US$ 1,23 bilhão do ecossistema web3 apenas no primeiro trimestre de 2022. Essa quantia representa quaisquer fundos perdidos como resultado de ataques hackers e atividades fraudulentas.
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Um aumento em torno de 700% em relação às perdas trimestrais de 2021 que somaram US$ 154,6 milhões.

Nem mesmo o fraco desempenho do mercado cripto no início de 2022 afastou os criminosos. No ano já foram contabilizados 175 ataques a projetos de criptomoedas totalizando US$ 1,97 bilhão desviados pelos cibercriminosos.
Hackers incansáveis durante o inverno cripto
Como se já não bastasse o rigoroso inverno deste ano, os investidores cripto estão tendo que redobrar o cuidado com segurança para não terem seus investimentos violados. Além dos habituais golpes de phishing, os hackers e fraudadores encontraram brechas nas pontes cross-chain a serem exploradas para drenar recursos.
O relatório da Chainalysis revela que os hackers roubaram US$ 1,4 bilhão explorando ataques a pontes cross-chain em 2022, representando quase 70% de todos os ataques relacionados a criptomoedas. Uma frequência surpreendente para um conceito tão recente.

O cofundador e cientista-chefe da empresa de análise de blockchain Elliptic, Tom Robinson, disse à CNBC:
“As pontes de blockchain se tornaram o fruto mais fácil para os cibercriminosos, pois possuem bilhões de dólares em criptoativos bloqueados dentro delas.”
Prioridade na segurança
O crescimento de ataques a pontes tem gerado muita dor de cabeça para a indústria pela rapidez que tem aumentado. Foram registrados 52 ataques no primeiro trimestre de 2022 e 96 ataques no segundo trimestre do mesmo ano, um aumento de 85%. No primeiro semestre de 2021 foram registrados apenas 38 incidentes ligados a hackers.
Como já reportado anteriormente pela Be[In]Crypto, o diretor de segurança da informação da Polygon tem alertado os protocolos que os ataques a pontes apresentam a característica de “hack tradicional” e não de “blockchain hack”.
Os desenvolvedores precisarão tornar as pontes de acessos interoperáveis mais seguras para que ativos e dados possam fluir livremente entre as blockchains. Pois à medida que a Web3 e o DeFi continuam crescendo e amadurecendo, a tendência é que o uso aumente o valor bloqueado nessas plataformas e as mantenha no foco dos hackers que se tornam cada vez mais inteligentes e audaciosos.
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