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Ataques a pontes cross-chain drenaram US$ 1 bilhão em 2022

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Os ataques evidenciam as falhas sistêmicas de segurança entre os protocolos de pontes.
  • A segurança das empresas DeFi não evoluiu com o crescimento do setor.
  • Analistas acreditam que as pontes se tornarão mais seguras com o amadurecimento do DeFi.
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Os ataques a pontes drenaram mais de US$ 1 bilhão em fundos de protocolos DeFi apenas em 2022 de acordo com pesquisa da empresa de análise de blockchain e compliance Elliptic.

A busca dos investidores cripto por alternativas de rendimentos passivos proporcionou o rápido desenvolvimento e crescimento das finanças descentralizadas (DeFi). A profusão de novos protocolos transformou o espaço cripto em apenas 3 anos, gerando alta liquidez.

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Além de atrair a atenção dos investidores, o DeFi acabou por chamar a atenção dos criminosos à espreita de uma oportunidade.

Por se tratarem de instrumentos financeiros ainda em desenvolvimento, os protocolos de DeFi ainda apresentam muitos desafios em termos de segurança. Em 2022 os ataques a pontes cross-chain foram o alvo preferencial dos ladrões de criptomoedas.

Na busca por ampliar a interoperabilidade, os protocolos desenvolvem pontes cross-chain para poder acessar a liquidez de outras blockchain, permitindo que os ativos sejam movidos entre diferentes protocolos e blockchain.

Insegurança das pontes

O diretor de segurança da informação da Polygon, Mudit Gupta, acredita que a insegurança das pontes é um problema de toda a indústria, pois os protocolos DeFi cresceram rapidamente, mas a infraestrutura de segurança não acompanhou o desenvolvimento.

Harmony, Sky Mavis e Wormhole sofreram ataques que drenaram quantias superiores a US$ 100 milhões este ano, o que não é surpreendente para uma indústria de mais de US$ 900 bilhões com tantas brechas de segurança.

No dia 24 de junho, quando aconteceu o ataque à ponte da Harmony, Gupta publicou um fio em seu Twitter explicando que não havia sido um “blockchain hack” mas sim um “hack tradicional”, e que era “estranhamente similar ao ataque a Ronin”. Ele também alertou:

“Eu tenho implorado aos protocolos que se concentrem na segurança tradicional também ao lado da segurança do blockchain há meses.”

Um analista de alto nível da Elliptic acredita que os hacks de ponte são apenas dores de crescimento que o DeFi acabará superando.

O futuro será multi-chain, mas não cross-chain

A interoperabilidade entre as diversas blockchain ainda é um ponto de discordância, apesar dos esforços de desenvolvimento na busca de soluções cross-chain. Uma das principais vozes da indústria de criptomoedas não acredita no futuro dos aplicativos cross-chain.

O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, fez uma extensa postagem em seu Reddit, em janeiro, colocando os argumentos que o levam a crer que as pontes cross-chain são propensas a violações de segurança e, portanto, os ativos devem ser mantidos no mesmo blockchain.

“Há limites fundamentais para a segurança de pontes que atravessam múltiplas ‘zonas de soberania’. Você não pode simplesmente escolher uma camada de dados separada e uma camada de segurança. Sua camada de dados deve ser sua camada de segurança.”

Falando ao portal Blockworks.co, a chefe de consultoria técnica cripto da Elliptic, Tara Annison, rechaçou a opinião de Vitalik:

“Não vamos viver em um mundo de cadeia única”, disse Annison. Sempre será necessário mover ativos entre blockchains, então “não devemos caracterizar as pontes em geral como ruins apenas porque algumas foram hackeadas”.

Annison acredita que as pontes devem se tornar mais seguras com o amadurecimento tecnológico dos protocolos DeFi e que elas foram apenas “o alvo” do mês, como as stablecoins em maio e os NFTs anteriormente.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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