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Hackers da Coreia do Norte e China estão usando IA para golpes, diz Microsoft

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Atualizado por Thiago Barboza

Um relatório da Microsoft alerta que hackers patrocinados pela Rússia, China, Coreia do Norte e Irã estão usando ferramentas de inteligência artificial (IA) de sua parceira OpenAI para praticar golpes.

Os softwares, especialmente o ChatGPT, permitem que os hackers melhorem suas habilidades e facilitam enganar vítimas em potencial, disse a empresa.

Microsoft de olho em hackers

Conforme o relatório da Microsoft, os grupos hackers estão usando modelos de linguagem grande (LLMs) para cometer crimes, disse a Reuters.

“Independente de se há uma violação da lei ou dos termos de serviço, nós não queremos que estes atores que nós identificamos – e que nós rastreamos e sabemos que são ameaças de vários tipos – nós não queremos que eles tenham acesso a essa tecnologia”, disse o vice-presidente de segurança do cliente da Microsoft, Tom Burt, à Reuters.

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As duas empresas descreveram o uso de IA por hackers como estando “em estágios iniciais” e “incrementais”. “Nós só vimos eles usando a tecnologia como se fossem usuários normais”, acrescenta Burt.

Por outro lado, os atores de países diferentes usam IA de formas diferentes. Os supostos hackers da Rússia teriam pesquisado sobre tecnologias de satélite e radares usados na Ucrânia, segundo a Microsoft.

Já os da Coreia do Norte usaram o ChatGPT para gerar conteúdo que poderia ser usado em campanhas de spear phishing. Por fim, os do Irã teriam se interessado em criar emails convincentes para enganar as vítimas.

A Microsoft não divulgou o volume de atividade ou o número de contas envolvidas em atividades suspeitas.

Ainda de acordo com a agência de notícias, um porta-voz da embaixada da China nos EUA, Liu Pengyu, rebateu as acusações. Elas seriam “acusações e boatos sem base contra a China”. Representantes de outros países não responderam.

A política de uso das ferramentas da OpenAI, aliás, proíbe o uso para golpes e invasões. Claro, isso nem sempre é o suficiente para impedir atores mal-intencionados.

“Esta é uma das primeiras vezes, se não a primeira, em que uma empresa de IA discute publicamente como atores de ameaças cibernéticas usam ferramentas de IA, disse o chefe de inteligência de ameaças digitais da OpenAI, Bot Rotsted.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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