Um ex-funcionário do governo canadense se declarou culpado das acusações de trabalhar para a NetWalker, grupo cibercriminosos que faturou mais de US$ 50 milhões.
Sebastien Vachon-Desjardins entrou em um acordo com os promotores federais dos EUA para se declarar culpado das acusações de fazer parte de uma prolífica gangue de ransomware. Segundo relatos, a gangue que opera sob o nome NetWalker obteve US$ 46 milhões de vítimas desde 2020.
Em março, Vachon-Desjardins foi extraditado do Canadá para a Flórida após sua prisão por agências de aplicação da lei. Eles confiscaram US$ 28 milhões em Bitcoin (BTC), mas a extensão total de seu envolvimento permanece incerta.
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Hacker canadense pode pegar 40 anos de prisão
O acordo fechado com os promotores ainda está sujeito à aprovação dos tribunais, mas Vachon-Desjardins ainda pode pegar até 40 anos de prisão. Ele inclui uma disposição para cooperar totalmente com os promotores em troca de uma sentença menor.
O invasor trabalhou com o Departamento Canadense de Serviços Públicos e Compras com foco em imóveis.
O grupo NetWalker
De acordo com um relatório da Chainalysis, os NetWalkers estão entre as gangues de ransomware mais prolíficas dos últimos dois anos. O modus operandi da gangue envolvia a segmentação de hospitais dos EUA durante a pandemia de COVID-19, mas também se diversificou para instituições de ensino.
Para ampliar o escopo das operações, o NetWalker supostamente aluga seu malware para gangues menores em troca de uma porcentagem dos lucros, ação conhecida como ransomware como serviço.
Outros membros da gangue estão foragidos, mas o testemunho de Vachon-Desjardins pode ser fundamental para trazê-los a justiça.
Um caso raro
Os grupos de ransomware geralmente operam fora dos EUA, tornando difícil para as agências de segurança do país prender esses criminosos. O caso de Vachon-Desjardins é uma raridade no setor por causa dos obstáculos legais associados às extradições.
O país sofreu com o hack da Colonial Pipeline, que levou ao pagamento de US$ 4,4 milhões como resgate. O Departamento de Justiça recuperou US$ 2,3 milhões do valor, com a DarkSide, sediada na Europa Oriental, sendo responsável pelo ataque.
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