No próximo fim de semana, os países do G20 discutirão o desenvolvimento de uma estrutura regulatória global para o mercado de criptomoedas.
A próxima Cúpula das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia está prevista para os dias 9 e 10 de setembro, em Nova Déli. O evento contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como de outros grandes nomes da política internacional.
Entre os assuntos abordados, está o mercado de criptomoedas. Mais especificamente, a busca pela criação de diretrizes internacionais referente à está nova indústria, de acordo com a atual ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman.
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G20 e a regulamentação cripto
Desde que assumiu a presidência do G20, o governo indiano tem se esforçado para colocar em pauta a criação de uma estrutura regulatória global para a indústria cripto. Nesse sentido, o país parece ter tido êxito, visto que Sitharaman confirmou que “discussões ativas estão acontecendo” durante sua participação na Global Fintech Fest na última quarta-feira (5).
A ministra também disse estar em constantes conversas com Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, sobre o tema. O governo indiano também conta com o apoio de instituições como o FMI, o FSB e a OCDE, que prepararam “documentos ricos em conteúdo” para que o tema fosse discutido na próxima reunião do grupo.
Nesse sentido, é preciso ressaltar as preocupações que o Fundo Monetário Internacional já manifestou sobre a expansão do mercado cripto, especialmente quando El Salvador adotou o Bitcoin como moeda legal. Além disso, Yellen é conhecida nos EUA por ser uma crítica ferrenha das criptomoedas.
Com isso, entusiastas do setor temem de que a futura regulamentação global seja nociva. A este respeito, Sitharaman não deu muitos detalhes, se limitando a dizer que a indústria de criptomoedas representa novas oportunidades econômicas, bem como potenciais ameaças. Em sua visão, é necessário a colaboração internacional para a criação de um ecossistema que seja responsável e seguro para os seus participantes.
Brasil pode ter papel determinante sobre o tema?
O Brasil pode ter um papel crucial na criação da regulamentação das criptomoedas global do G20. Isso porque o país irá assumir a presidência rotativa do bloco em 1º de dezembro deste ano. Estando na liderança do grupo até o final de 2024, o governo Lula pode influenciar a visão dos outros membros sobre toda a indústria.
Apesar do mercado de criptomoedas não ser uma das prioridades do presidente atualmente, o Brasil já possui uma estrutura regulatória própria, além de ter na sua administração nomes ligados a grandes empresas do setor, sobretudo a Binance. Além do mais, os órgãos reguladores brasileiros não têm adotado uma postura tão agressiva com o setor, como o visto nos Estados Unidos atualmente.
No entanto, não se deve descartar a hipótese de que uma regulamentação global mais rígida possa mudar as diretrizes adotadas pelo governo Lula. Resta aguardar os rumos que o G20 irá seguir sobre o tema para estipular os possíveis impactos no ecossistema cripto global e brasileiro.
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