A era em que a inteligência artificial (IA) rouba o emprego de pessoas pode já ter começado no Google. Reportagens apontam que a gigante de informática já estaria pensando em substituir pessoas pela tecnologia no Google Ads.
Ainda não se sabe quantas pessoas a empresa pretende demitir, apenas que uma eventual reestruturação no setor pode afetar cerca de 30.000 empregados.
“They took our jobs!”
Conforme uma reportagem do The Information, o Google planeja “consolidar a equipe, incluindo possíveis demissões, ao redistribuir empregados em suas unidades de vendas para clientes que supervisionam relações com grandes anunciantes”. O site ouviu fontes da empresa com familiaridade com o assunto.
A equipe do Ads recebeu as mudanças em uma reunião há uma semana. O motivo pelo qual a gigante de buscas decidiu fazer essa reestruturação é porque o trabalho dessas vagas foi completamente automatizado com IA.
Em setembro, o Google anunciou que suas ferramentas de IA poderiam criar campanhas automaticamente. O sistema seria capaz de escanear um website e “gerar keywords relevantes e efetivas, títulos, descrições, imagens e outros ativos”, disse a empresa.
A gigante de buscas também possui uma ferramenta chamada Performance Max (PMax), que recebeu novos recursos com IA. Ele agora é capaz de “criar ativos customizados e escaláveis com poucos cliques”.
A ferramenta pode modificar o anúncio para se adequar ao serviço de exibição – YouTube, Gmail, Search, por exemplo. A única interferência humana é para dar a aprovação final do material, e mesmo isso pode ser removido um dia.
O PMax também pode criar e estar variações de um mesmo anúncio de acordo com seu desempenho, sem a supervisão humana. A ferramenta foi bem recebida por anunciante, o que reduziu a necessidade de material humano especializado em vender anúncios específicos para um serviço.
A reportagem acrescenta que existiam 13.500 empregados do Google específicos para este setor.
Google e IA
O Google sempre foi uma das empresas que mais apostou no estudo de ferramentas de inteligência artificial (IA). A gigante, inclusive, era vista como uma das líderes do setor.
Entretanto, tudo isso mudou no final de 2022, quando o ChatGPT da OpenAI ganhou popularidade. Isso fez com que a empresa precisasse acelerar seu calendário e lançar o Google Bard como potencial concorrente.
A ideia de que IA vai destruir empregos não é nova, mas saber que uma das primeiras empresas afetadas é justamente uma das principais estudiosas da tecnologia tem um leve gostinho irônico.
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