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Investidor gasta US$ 40.000 em game NFT falso apoiado por rapper

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Um investidor afirmou ser uma grande vítima de um projeto NFT fraudulento apoiado pelo rapper Tekashi 6ix9ine.
  • Diversas ações mostram que os criadores do projeto estavam buscando aplicar um golpe de saída.
  • Vítimas criaram uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO) para tentar dar andamento ao projeto.
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Um investidor afirmou ser uma grande vítima de um projeto NFT fraudulento apoiado pelo rapper Tekashi 6ix9ine.

Em entrevista a Rolling Stone, Jacob, investidor londrino de 26 anos que preferiu não compartilhar seu sobrenome, afirmou ter investido cerca de US$ 40 mil na coleção Trollz, após descobrir que o famoso rapper Tekashi 6ix9ine havia entrado para a comunidade do projeto de token não fungível (NFT).

NFTs Trollz

No mercado cripto desde 2017, o londrino afirmou ter conhecido a coleção na internet em outubro deste ano. Além de estar ligado ao artista, o Trollz aparentava ter grande potencial de lucro para seus apoiadores – cada titular de um item da coleção receberia cerca de 5% dos valores vistos nas transações dos ativos.

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Os desenvolvedores do projeto ainda afirmavam estar desenvolvendo um jogo envolvendo estes NFTs. Além do mais, tanto em seu site oficial quanto no servidor do Discord, era prometido que US$ 100 mil seriam destinados a instituições de caridade. Os detentores dos tokens também teriam acesso à questões de governança do projeto, podendo “votar em todas as tomadas de decisão e no que fazer com os fundos”.

Coleção NFT se mostra fraudulenta

Jacob afirma ter criado 82 NFTs Trollz, além de ter comprado outros no mercado secundário. No entanto, ele não recebeu nenhum valor oriundo dos royalties das negociações dos ativos, ou acesso ao jogo, que no final de outubro era prometido para “os próximos dias”.

A última menção do jogo no servidor do Discord foi feita no dia 1º de novembro, e desde então, nenhum comentário, atualização ou ação de filantropia foi realizada pelos responsáveis pelo projeto.

A criação de novos NFTs Trollz também foi paralisada. A equipe responsável afirmava que 9.669 tokens seriam cunhados, número que foi alterado para 6.969 no fim de outubro. Porém, somente 4.979 ativos da coleção foram disponibilizados.

A única justificativa dada para o fim das atividades do Trollz foi um suposto hack, que teria ocorrido poucos minutos antes do seu lançamento oficial. Os hackers teriam conseguido sequestrar o servidor oficial do projeto, criado um site falso e divulgado links de cunhagens falsos através de bots, fazendo com que diversas vítimas enviassem dinheiro sem receber tokens em troca.

Um moderador do Discord chegou a afirmar que o rapper 6ix9ine “resolveria a situação em breve”. No entanto, o rapper, que anunciou a coleção em sua foto de perfil no Instagram, mudou para uma imagem de si mesmo e nunca mais comentou sobre o assunto.

Nenhum dos quatro organizadores do Trollz identificados nem parceiros ligados ao rapper que a Rolling Stone conseguiu contato através do Discord quiseram comentar sobre o assunto.

Uma das vítimas afirmou ao site que a equipe prometeu reembolsar as vítimas que foram enganadas pelos links falsos, apesar de não ser divulgado quantos usuários conseguiram seus fundos de volta.

Além disso, os organizadores decidiram realizar um airdrop dos demais ativos NFT da coleção para alguns usuários. Conforme destacado por Jacob, a ação é suspeita e prejudicial, pois coleções neste formato adquirem valor devido a sua escassez e exclusividade.

Vítimas ainda possuem esperança

Com outras seis vítimas, Jacob criou uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO) para tentar dar andamento ao projeto.

Eles começaram um novo servidor para mais de cem pessoas que faziam parte da comunidade do Trollz. As vítimas comentam que o processo de achar outros usuários que foram prejudicados é difícil, visto que houve um banimento em massa no servidor original do Discord.

“Havia coisas do tipo KGB acontecendo”, diz uma das vítimas sobre o servidor. Além disso, todas as postagens feitas antes do suposto hack foram apagadas, aumentando ainda mais a hipótese de que os criadores da coleção buscavam dar um golpe de saída.

No entanto, a nova DAO criada afirma que ainda há potencial para esses ativos NFT. Eles pretendem pegar as imagens que possuem e refazê-las com novos contratos inteligentes que realmente enviam royalties e façam doações.

As vítimas também esperam que suas histórias sejam usadas de exemplo para uma possível regulamentação deste mercado. Um dos membros diz que diversos golpistas estão saindo impunes ao prejudicar pessoas neste meio:

“Todo mês, alguma celebridade se torna fiadora de algum projeto e as pessoas estão se ferrando – e não há repercussão legal para nada disso. Esse é o maior problema em jogo. ”

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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