O Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (FED) elevou a taxa de juros da maior economia do globo em 0,5 % na sétima alta consecutiva. Agora os juros americanos estão no intervalo de 4,25% a 4,50%.
O Comitê de Política monetária do BC americano divulgou logo após o anúncio desta quarta-feira (14) , o documento com os apontamentos sobre os recentes dados da maior economia do mundo.
Segundo a ata do FOMC “os Indicadores recentes apontam crescimento modesto do gasto e da produção. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas.”
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O documento também diz que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está “causando enormes dificuldades humanas e econômicas, o que contribuí para aumentar a pressão inflacionária pesando na atividade econômica global”.”
O Comitê ressaltou que está altamente atento aos riscos de inflação e busca uma taxa de 2% no longo prazo. E frisou que pretende alcançar o máximo de empregos.
Para o Co-CEO iVi Technologies Lendel Lucas o ajuste era esperado a após resultados da inflação dos EUA demonstrar sinais de pico,
“Mesmo diminuindo o aumento da taxa de juros este mês (0,5%), após quatro aumentos seguidos de 0,75 pontos percentuais, o presidente do FED, Jerome Powell, continuou com um tom duro sobre o controle da inflação. Embora tenha sido bom ver a inflação cair nos últimos dois meses, o FED precisará ver mais alguns sinais em um período mais longo de que a inflação está sob controle antes de um pivô completo.
Os mercados operam com um pouco de volatilidade após o anúncio, mas sem nenhuma variação relevante, explica Lendel.
A ATA do FED ressalta que o Comitê “estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance de suas metas” .
O executivo da gestora de investimentos Lendel Lucas explica que com a divulgação dos números da inflação de novembro de 2022, na casa de 7.1% em 12 meses e no mês em 0.1%, ficam ainda mais claros os sinais de que o pico da inflação nos EUA já pode ter sido atingido, o que tem um grande impacto no preço dos ativos de risco, como o Bitcoin.
“Historicamente consideramos que em todos os ciclos de alta da inflação, quando é atingido o ponto máximo, isso corresponde exatamente a um patamar de fundo para os ativos de risco, e esperamos que isso vá acontecer novamente”.
A crise de confiança que assola o ecossistema cripto também pesa na volatilidade dos criptoativos. A recente prisão do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried pode até trazer algum alento as vítimas, mas Lucas acrescenta que os resultados da investigação ao qual ele e a FTX estão sendo submetidos também têm um impacto nas criptomoedas em geral, pois demonstra o rigor que os reguladores terão sobre empresas centralizadas, as quais tem sido a grande causa da desvalorização das criptomoedas em 2022, como foi no caso do colapso da Celsius, Voyager, 3ACe agora a FTX, segunda maior corretora do mundo.
Continuamos com a expectativa de que o fundo do Bitcoin tenha sido em $15 mil, e que o preço deverá começar a sua retomada mais forte no segundo trimestre de 2023, caso nenhum evento inesperado aconteça, finaliza.
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