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Executivo da Coinbase diz que mercado influenciar eleições nos EUA é positivo

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O country manager da Coinbase, Fábio Plein, falou com o BeInCrypto sobre temas importantes do setor cripto.
  • Ele afirma que aprovação dos ETFs de Ethereum nos EUA deixou o mercado otimista.
  • O tema das criptomoedas está influenciando as eleições presidenciais dos EUA.
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O lançamento de ETFs de Ethereum à vista nos EUA e o aumento do interesse em criptomoedas por candidatos à presidência do país foram assuntos que movimentaram os índices do setor em julho.

Mas, como exatamente essas novidades vão influenciar a indústria no futuro? O BeInCrypto conversou com o country manager da Coinbase no Brasil, Fábio Plein, sobre esses assuntos.

Aprovação de ETFs de Ethereum nos EUA deixa mercado otimista, diz executivo da Coinbase

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou os  ETFs de Ethereum (ETH) à vista no dia 23 de maio. Entretanto, os produtos só começaram a operar dois meses depois, no dia 23 de julho.

Os pedidos pertenciam a empresas como a BlackRock e Fidelity. Muitas delas já estavam no espaço de ETFs de criptomoedas, após a aprovação de pedidos semelhantes de Bitcoin em janeiro de 2024.

Leia mais: ETFs de Ethereum – Entenda o que são e como funcionam

“A aprovação reforça o nós do setor dizemos há anos: o Ethereum não é um título”, afirma Plein. A Coinbase, aliás, será a custodiante das criptomoedas de 8 dos 9 ETFs.

O lançamento dos ETFs deixou a comunidade de criptomoedas e o setor em geral com esperanças. Eles acreditam que o órgão regulador possa se abrir para a possibilidade de produtos semelhantes com outras moedas. E, para especialistas, a grande aposta é em futuros ETFs de Solana (SOL).

Mais que isso, a aprovação da SEC sinaliza uma abertura maior de uma das maiores economias do mundo ao setor cripto. “A provação dá acesso a uma classe de ativos a uma série de veículos tradicionais aprovados e regulados, com os quais os usuários já estão familiarizados. Por ser uma forma eficiente de investimento, faz com que novas pessoas possam ter acesso ao mercado cripto”, reforça o country manager da Coinbase.

O otimismo da indústria, entretanto, não se traduziu em atração de fundos para os ETFs de Ethereum à vista semelhante à que ocorreu no lançamento dos produtos de Bitcoin, em janeiro.

Na quinta-feira (1), por exemplo, os 9 ETFs de Ethereum receberam, juntos, fluxos positivos de US$ 26 milhões. Esse foi o terceiro dia desde o lançamento que os produtos receberam entradas.

Ainda assim, o lançamento dos ETFs de Bitcoin foi igualmente turbulento, com poucos registros de fluxo positivo durante o mesmo período, conforme dados da Coinglass.

Eleições nos EUA e criptomoedas

Outro tema que movimenta a comunidade de criptomoedas em todo o mundo é a eleição presidencial dos EUA. O tema é espinhoso, visto que o país tem – e teve – um órgão regulador que não vê o setor com bons olhos.

Historicamente, nos últimos anos, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) acionou diversas empresas do país – seja judicialmente ou enviando avisos de Wells – devido ao que considera negociações de títulos não negociáveis.

O embate mais famoso, até agora, é o caso Ripple vs. SEC, mas ele não é o único. O cerne desse debate é se a definição de título mobiliário inclui criptomoedas.

Entretanto, com o passar do tempo, a SEC parece estar mais aberta ao diálogo, especialmente após a aprovação dos ETFs de Ethereum.

O assunto chegou ao debate presidencial após a aderência do candidato à reeleição Donald Trump ao projeto do Bitcoin. Trump estuda permitir que os EUA comprem e possuam Bitcoin se eleito, além de dar mais liberdade a empresas e investidores.

Os democratas, por outro lado, chegaram tarde ao debate. A vice-presidente e candidata Kamala Harris quer se aproximar do setor e negocia encontros com personalidades do mercado. Só que seu partido já tem a fama de inimigo das criptomoedas, especialmente devido a ações de políticos como, por exemplo, a senadora Cynthia Lummis.

“O que nós vimos é que uma parte cada vez maior da agenda eleitoral envolve criptomoedas”, afirma o executivo da Coinbase. “Isso nos mostra como a tecnologia evoluiu e, hoje, é importante até para a competitividade de um país”, reforça.

O executivo vê esse pleito como o mais importante para a indústria e capaz de definir seu futuro. E isso ocorre porque, conforme estimativas da Triple A, há mais de 52 milhões de eleitores nos EUA que são investidores de criptomoedas.

“Ser a favor de cripto é uma boa estratégia política. Isso mostra o caminho que a indústria seguiu até aqui e como ela amadureceu ao ponto de influenciar as eleições americanas”, finaliza Plein.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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