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Exchanges devem ser regulamentadas e falhas recentes não são culpa da blockchain, segundo Goldman Sachs

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O banco acredita na tecnologia blockchain.
  • A regulamentação deve ser aos agentes centralizados e não à tecnologia.
  • O setor ainda tem espaço para florescer.
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O banco de investimentos Goldman Sachs sugeriu em nota de pesquisa que entidades centralizadas da indústria cripto, como exchanges, devem ser reguladas – e não a blockchain, pois falhas recentes não ocorreram por culpa da tecnologia.

O banco publicou uma nota de pesquisa analisando a tecnologia blockchain e o colapso da FTX. Segundo o relatório, o colapso não ocorreu por falhas na blockchain que serviu de base para as negociações de criptomoedas na plataforma da exchange. O maior problema, diz, é a falta de uma ampla regulamentação que inclua as exchanges.

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Os analistas responsáveis pelo relatório, Jeff Currie e Daniel Sharp, argumentaram que a regulamentação é “necessária como ponto de confiança” pois se trata de um ambiente onde “o dinheiro é trocado com a promessa de retorno futuro”, e acrescentaram:

 “É o componente de tempo que cria a oportunidade de fraude.”

Goldman Sachs sugere como regulamentar as criptomoedas
Relatório Cripto do Goldman Sachs | Fonte: Goldman Sachs

Regulamentação evita grandes colapsos

Representantes importantes da indústria de criptomoedas suspeitam que o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), utilizou fundos dos clientes sem permissão para negociar assumindo riscos muito elevados, levando a exchange à falência.

O presidente executivo da MicroStrategy, Michael Saylor, alega que SBF utilizou a FTX como “cofre particular”, cometendo fraude bancária e inúmeras outras atividades ilegais conforme a lei dos EUA.

A falta de regras existentes para novos instrumentos financeiros, como cripto, criou abertura para fraudes generalizadas maiores do que em outros setores, destaca a nota do Goldman Sachs. Como exemplo, foi citada a fraude da bolha pontocom, que foi “relativamente” contida por ocorrer no mercado de ações que é bem regulamentado.

SBF nega que tenha cometido qualquer tipo de infração legal intencionalmente. O ex-CEO da FTX iria depor em duas audiências do Senado dos EUA nesta semana, mas foi preso nesta segunda-feira (12), em uma ação conjunta entre governo dos EUA e a polícia das Bahamas.

Criptomoedas crescerão em um ambiente seguro

O gigante dos investimentos afirmou que as criptomoedas ainda devem florescer, mas apenas se os legisladores escolherem sabiamente quais elementos do setor devem ser regulamentados. 

Para o banco, os instrumentos financeiros baseados em blockchain que prometem rendimentos devem ser regulamentados como outros títulos. Já na área de finanças descentralizadas (DeFi), menos regulamentação é necessária, pois os contratos inteligentes não possuem o risco de contraparte como outros serviços centralizados.

“Isso resolve a questão da confiança, exatamente o objetivo da regulamentação para proteger os investidores”, disse o banco.

O chefe de ativos digitais do Goldman Sachs, Matthew McDermott, disse que o banco tinha a intenção de investir “dezenas de milhões de dólares” na aquisição de empresas de criptomoedas após o colapso da FTX. Mesmo com a fuga de investidores do setor e a perda de valor das empresas de criptomoedas, o banco ainda vê potencial na tecnologia blockchain. 

“Suspeito que vários deles negociaram com FTX, mas não posso dizer isso com certeza absoluta”, disse ele.

Também na semana passada, logo após ser divulgado o interesse do banco em investir em empresas do setor de criptomoedas, o Wall Street Journal publicou um artigo de opinião assinado pelo presidente e CEO do Goldman Sachs, David Salomon, declarando que a tecnologia blockchain é mais relevante que as criptomoedas.

“Usado corretamente, o blockchain pode apoiar a inovação responsável em todo o setor financeiro”, disse Salomon.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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