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Exchange sofre tentativa de hack após sair da Rússia; CEO acusa país

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A Currency.com confirmou ter sofrido uma tentativa de hack horas após anunciar a interrupção de suas atividades na Rússia.
  • Call Center da empresa também recebeu inúmeras ligações contendo insultos e ameaças de morte após a decisão.
  • Tentativa de hack foi 10 vezes maior do que outras já vivenciadas pela exchange, segundo seu CEO.
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A exchange Currency.com confirmou ter sofrido uma tentativa de hack horas após anunciar a interrupção de suas atividades para clientes da Rússia.

Desde o início da invasão russa à Ucrânia, no final de fevereiro, a exchange se mostrou solidária ao povo ucraniano e contra as intenções de Vladimir Putin. Isso chamou a atenção, especialmente pelo seu CEO, Viktor Prokopenya, ser originário da Bielorrússia, país historicamente aliado a Moscou.

No entanto, a corretora decidiu ir além de simplesmente repudiar as ações da Rússia, anunciando a sua saída completa do mercado local na semana passada.

Estima-se que a exchange possua mais de meio milhão de russos cadastrados em sua plataforma, que agora estão impossibilitados de realizar operações. A empresa também está proibindo o cadastro de novos clientes originários ou residentes do país.

A decisão foi elogiada publicamente pelo vice-ministro digital da Ucrânia, Alex Bornyakov, que incentivou outras exchanges a fazerem o mesmo. Porém, a forte decisão quase colocou em risco toda a segurança da Currency.com.

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Currency.com sofre violenta tentativa de hack e ameaças

Segundo Prokopenya, somente algumas horas após o anúncio da saído do mercado russo, a Currency.com foi alvo de um ataque de negação de serviço distribuído, popularmente conhecido como DDoS. Neste tipo de ataque, milhares de computadores acabam “bombardeando” um site ou plataforma, enviando diversas solicitações de ordens que acabam travando todo o sistema.

Felizmente para os clientes da exchange, nenhum dado ou ativo cripto foi roubado durante o ataque, graças ao robusto sistema de segurança adotado pela empresa, segundo o seu CEO. Entretanto, Prokopenya disse que sua equipe de call center passou a receber inúmeras ligações contendo insultos e até mesmo ameaças de morte.

Para ele, está claro que o ataque foi uma ação coordenada pela Rússia. “Já fomos atacados antes, como todas as empresas financeiras, mas o tamanho disso foi incrível: dez vezes mais do que já vimos.”

Restrições do mundo cripto

Inicialmente, grandes exchanges como a Binance e Coinbase se mostraram relutantes de paralisar todas as suas atividades para clientes da Rússia, alegando que isso cercearia a liberdade e a chance da população local acessar bens de reserva de valor e proteção em momento de grande instabilidade política e econômica.

Porém, governos dos principais países do Ocidente estão pressionando cada vez mais essas empresas, alegando que o governo russo possa usar o mercado cripto como uma forma de contornar as sanções econômicas impostas.

Apesar de seu CEO dizer que criptomoedas seriam a “salvação” para o povo russo, a Coinbase bloqueou cerca de 25.000 endereços de clientes do país. Nesta semana, outra importante exchange da Europa anunciou a suspensão de seus serviços tanto na Rússia como na Bielorrússia.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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