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Rússia estuda aceitar Bitcoin como pagamento de gás natural

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O presidente da Comissão de Energia do Congresso russo disse que o governo está aberto a aceitar pagamentos de gás natural, usando Bitcoin.
  • Ontem, Vladimir Putin anunciou que se a Europa quiser continuar fornecendo os seus recursos naturais, só aceitará rublos como forma de pagamento.
  • A Rússia, agora em grande parte isolada do sistema financeiro internacional, encontra em Bitcoin e outros ativos virtuais, uma fuga do cerco financeiro.
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Em declarações dadas na quinta-feira (24), o presidente da Comissão de Energia do Congresso da Rússia, Pavel Zavalny, disse que o governo está aberto a aceitar o Bitcoin como meio de pagamento pelas vendas de gás natural.

Há apenas um dia, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que, se a Europa quiser continuar fornecendo seus recursos naturais (gás e petróleo), só aceitará rublos, a moeda nacional, como forma de pagamento.

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Talvez uma estratégia para forçar os outros países a operarem em rublos e evitarem as operações com o dólar e o euro. O rublo caiu quase 50% no fechamento do mercado acionário russo e no início da guerra com a Ucrânia.

No entanto, este anúncio, embora cheio de lógica, apresenta uma série de obstáculos para a Rússia, tais como: estar isolado do sistema SWIFT. Razão pela qual, não deve ser surpreendente esta declaração do presidente da Comissão de Energia, na qual eles avaliam a possibilidade de usar o Bitcoin como forma de pagamento para a troca de mercadorias.

Este anúncio representaria um verdadeiro dilema para as sanções governamentais e institucionais impostas à Rússia pelo Governo dos Estados Unidos e pela OTAN, que buscam isolar financeiramente o governo de Vladimir Putin, até que a guerra contra a Ucrânia cesse.

Rússia vs Ucrânia: Bitcoin é tecnologia neutra

Ambos os países, desde o início do conflito, provaram, com fatos, pois na indústria cripto costuma-se dizer que o Bitcoin “não é certo ou errado, pode ser usado pelo seu melhor amigo e seu pior inimigo” e este é um produto da neutralidade da tecnologia Bitcoin e da forma como é distribuído ao redor do mundo.

Isso resulta na possibilidade de que qualquer pessoa, empresa, agência, governo ou instituição possa fazer uso desse ativo.

O primeiro caso de uso governamental de criptomoedas, por um país, foi observado na Venezuela na esteira de sanções econômicas (2018). Então, em 2021, El Salvador com a Lei bitcoin se tornaria o primeiro país do mundo a adotar o BTC como uma moeda legal.

Posteriormente, as intenções de cidades como Lugano, na Suíça, tiveram anunciadas a sua conversão em uma “Cidade do Bitcoin” para finalmente optar pelo que alguns analistas internacionais catalogaram como a primeira “guerra cripto”.

E não catalogadas como tal, porque a razão tem sido as criptomoedas, mas pelo fato de que a Ucrânia está recebendo ajuda em Bitcoin para financiar sua defesa, armamentos, alimentos e roupas, e por sua vez a Rússia agora isolada em grande parte do sistema financeiro internacional, encontra em Bitcoin e outros ativos virtuais, uma fuga do cerco financeiro.

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Ana Ojeda Caracas
É advogada venezuelana especialista em ativos blockchain e cripto. CEO da LegalRocks Lawyers, primeiro escritório venezuelano especializado neste setor. Ana tem mais de 5 anos de experiência em: International Regulatory Framework, Fintech, Defi, Blockchain & Crypto Assets. Atualmente trabalha como consultora jurídica e financeira para várias empresas de fintech dentro e fora da Venezuela; entre as quais exchanges de criptoativos e NTFs. Foi palestrante em diversos eventos nacionais e...
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