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EUA versus China – Quem dominará o futuro das criptomoedas?

3 mins
Por David Thomas
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • As ações de fiscalização da SEC dos EUA diminuíram o entusiasmo das exchanges que operam no país.
  • As novas regulamentações de Hong Kong podem aumentar o entusiasmo por uma migração asiática.
  • Os volumes de negociação por hora na Ásia aumentaram 30% este ano, enquanto os volumes nos EUA caíram.
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Os recentes acontecimentos em Hong Kong aumentaram as probabilidades de uma guerra entre os Estados Unidos e a China pela supremacia no mercado de criptomoedas.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) desferiu um golpe devastador na indústria cripto ao processar a maior exchange do país. Com isso, a China poderia capitalizar para deixar o seu rival para trás.

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Clareza de Hong Kong supera a aplicação da SEC

A SEC provavelmente registrou sua semana mais prolífica de repressões ao mercado de criptomoedas ao processar a Binance e a Coinbase. Apesar dos apelos da indústria por novas regras, a agência se recusou a ceder sua visão de que a maioria das criptomoedas são valores mobiliários.

Por outro lado, os novos regulamentos cripto da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong definem um caminho claro, embora indiscutivelmente oneroso. Isso poderia gerar um fluxo de capital, que migraria dos EUA para o país asiático.

As diretrizes protegem as criptomoedas dos clientes, evitam a lavagem de dinheiro e permitem apenas que as exchanges listem a maioria das criptomoedas. Por outro lado, as exchanges dos EUA só sabem legalmente que estão listando títulos não registrados quando a SEC as processa.

A clareza em Hong Kong já atraiu alguns participantes do mercado de criptomoedas. A exchange asiática OKX planeja solicitar uma licença de provedor de ativos virtuais, enquanto a Bybit deseja administrar seus negócios asiáticos no país.

Crescentes volumes de criptomoedas na Ásia desafiam a supremacia dos EUA

Os clientes cripto também estão migrando para a Ásia. O volume spot por hora do continente cresceu 30% em 2023 em meio as quedas vistas nos EUA, enquanto as empresas nos Estados Unidos também mantêm reservas de Bitcoin mais baixas do que seus rivais do leste.

EUA versus China - Quem dominará o futuro das criptomoedas?
Fonte: CryptoQuant

Ambas as métricas podem aumentar, pois a regulamentação de Hong Kong também abrem o Bitcoin e Ethereum para comerciantes de varejo pela primeira vez. O Bitcoin Trust da Grayscale ajuda a aumentar os volumes nos EUA. No entanto, as reservas da empresa estagnaram enquanto ela luta contra a SEC para converter o GBTC em um fundo negociado em bolsa à vista.

Atualmente, os ETFs à vista não são permitidos em Hong Kong, o que nivelou o campo de jogo entre as duas regiões.

Disputa pelas stablecoins

Ambas as regiões também não têm leis nacionais de stablecoins, mas Hong Kong pode ser a mais prejudicada, pois não permite que as exchanges listem criptomoedas vinculada a moedas fiduciárias. As stablecoins permitem que os traders e investidores comprem e vendam criptomoedas mais rapidamente do que com transferências bancárias.

Já o regulador do estado de Nova York ordenou recentemente que a Paxos parasse de cunhar a stablecoin BUSD, da marca Binance.

Pouco depois, as stablecoins não reguladas pelos EUA, USDT e TrueUSD, viram seus valores de mercado aumentarem, enquanto os valores de mercado das stablecoins norte-americanas USDC e BUSD caíram 35%. As exchanges globais também viram uma queda acentuada nas reservas de stablecoin dos EUA, agora dominadas pelo USDT.

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Fonte: CryptoQuant

Hong Kong planeja lançar novas diretrizes de stablecoins em 2024. Enquanto isso, os comerciantes da região podem comprar cripto com fiat por meio de parceiros bancários regionais.

Estados Unidos ainda domina indústria de mineração

O escrutínio recente do governo desencorajou os mineradores de operar nos EUA. Embora o país ainda domine a mineração com uma participação de hashrate de 38%, até recentemente, os reguladores federais buscavam impor um pesado imposto especial de consumo sobre os mineradores.

No entanto, as leis estaduais aceitam receitas adicionais, com o Texas incentivando a mineração. Ainda assim, o país pode perde hashrate para países com os quais não estão alinhados politicamente se as leis federais corroerem a lucratividade dos mineradores.

Acredita-se que o hashrate da China, embora tenha caído de um pico de quase três quartos da participação global, tenha se recuperado para cerca de 21%, apesar de uma proibição nacional.

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Fonte: CryptoQuant

O Cazaquistão ganhou 4% de taxa de hash após a proibição da China para elevar sua participação na atividade de mineração para 13%.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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